terça-feira, 22 de maio de 2018

Modernização para os T-27 "Tucano" da FAB

Recentemente foi lançada pela Força Aérea Brasileira, uma licitação com objetivo de modernizar cerca de 50 aeronaves Embraer T-27 "Tucano" do inventário brasileiro, o qual possui hoje cerca de 60 aeronaves do tipo remanescentes. As aeronaves modernizadas deverão ser operadas principalmente pela AFA (Academia da Força Aérea), sendo o principal vetor responsável pela formação dos futuros aviadores da FAB. 

Aviônica do T-27
Os "Tucanos" possuem uma longa vida operacional na FAB, tendo formado centenas de pilotos ao longo de mais de três décadas de operações, mas a idade do projeto original começa a pesar e se faz necessária uma modernização nestas aeronaves, onde deverá ser alvo deste programa a atualização de sua aviônica, atualmente analógica, por uma suíte digital, do tipo "Glass Cockpit" que se adeque não apenas aos novos parâmetros da aviação, mas principalmente a prover aos cadetes um vetor capaz de familiarizá-los e prepará-los para operar as modernas aeronaves que compõe hoje os esquadrões da FAB, embora os mesmos sejam compostos por veteranas aeronaves F-5M e AMX A-1M, que apesar da idade, possuem uma moderna aviônica digital que não deixa muito a dever em termos de aviônica se comparados a aeronaves mais modernas em operação no mundo hoje, sem mencionar a nossas aeronaves C-105 "Amazonas" e o futuro KC-390, além do tão aguardado caça de nova geração F-39 Gripen BR.

O Embraer EMB-312 "Tucano", foi denominado T-27 na FAB, tendo voado pela primeira vez em agosto de 1980, iniciando sua entrada em operação no Brasil em 1983, quando foram entregues os primeiros exemplares operacionais, tendo sido concebido como uma aeronave de treinamento e ataque leve, a aeronave surpreendeu pela sua simplicidade e capacidade, tendo sido exportada para diversos países, com mais de 600 exemplares produzidos até 1996, tendo a FAB recebido um total de 151 destas aeronaves.

Aviônica digital do T-27 colombiano modernizado
O programa que tem sido nomeado de "Projeto T-27M", tem como alvo atrair a indústria de defesa nacional para este programa, mas não descarta a possibilidade de empresas estrangeiras tomarem parte no programa através de parcerias com empresas brasileiras. O projeto prevê que as 50 aeronaves T-27 que passarão pelo programa de modernização venham a ter integrados uma nova aviônica digital, que deverá exibir as informações de voo e parâmetros da aeronave através de uma ou duas MFD (Multi-Funtion Display), além de um tela dedicada a monitorar o funcionamento do motor e outra redundante para navegação em caso de pane, esta possuindo fonte própria de energia, sendo capaz de operar independente do sistema elétrico da aeronave.

Aviônica digital do A-29
Apesar de tamanha alteração na suíte aviônica do "Tucano", o programa explicita que o mesmo não deverá sofrer qualquer intervenção em sua estrutura, limitando ainda a nova aviônica a capacidade de energia já instalada originalmente na aeronave, ou seja, o "Tucano" não sofrerá qualquer modificação ou refinamento em seu projeto estrutural ou sistema elétrico.

Espera-se que o programa leve aproximadamente 2 anos para ser executado, onde serão utilizadas duas aeronaves para certificação da nova suíte aviônica e outras 48 células passarão pelo processo de modernização, o que deverá estender a vida operacional destas aeronaves em 15 anos, garantindo uma plataforma moderna e confiável para formação dos futuros aviadores brasileiros.


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