O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Em um gesto diplomático que pode gerar reações em Nova Délhi, almoçará nesta quarta-feira (18) com o chefe das Forças Armadas do Paquistão, general Asim Munir, na Casa Branca. O encontro ocorre semanas após os piores confrontos em décadas entre Índia e Paquistão, dois rivais históricos e potências nucleares no sul da Ásia.
O almoço será fechado à imprensa e o governo norte-americano não revelou a pauta oficial da reunião. O encontro individual entre um presidente dos EUA e o comandante militar paquistanês é considerado um movimento diplomático raro.
A reunião acontece em um contexto de tensão diplomática. No mês passado, Trump afirmou que Washington teve papel decisivo ao mediar um cessar-fogo entre Índia e Paquistão, após uma escalada militar que preocupou a comunidade internacional.
Contudo, o governo indiano rapidamente contestou a versão americana. O primeiro-ministro Narendra Modi assegurou que o cessar-fogo foi resultado de negociações diretas entre os dois exércitos, sem intervenção dos Estados Unidos. A informação foi reforçada por diplomatas de alto escalão da Índia.
Já o Paquistão agradeceu publicamente a Washington por seus esforços de mediação, reforçando sua disposição de manter laços estratégicos com os EUA.
Papel central dos militares paquistaneses
A escolha de Trump por um encontro direto com o general Asim Munir também chama atenção pela influência que os militares exercem na política paquistanesa. Desde a independência em 1947, o Exército paquistanês governou o país por pelo menos três décadas e mantém forte ascendência mesmo sobre os governos civis.
Embora o conteúdo das discussões não tenha sido divulgado, fontes diplomáticas sugerem que temas como segurança regional, contraterrorismo, comércio de defesa e o futuro das relações bilaterais podem ter espaço na conversa.
O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão e a ala de comunicação das Forças Armadas paquistanesas não comentaram oficialmente sobre o encontro até o momento.
Analistas internacionais apontam que o gesto de Trump pode ser uma tentativa de reafirmar a influência dos EUA no sul da Ásia, especialmente após as recentes tensões entre Nova Délhi e Islamabad. O encontro também pode reforçar os canais de comunicação entre Washington e o comando militar paquistanês em um momento de instabilidade regional.
Resta saber como a Índia vai reagir ao gesto de aproximação entre os EUA e o alto comando militar de seu principal rival histórico.
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com Reuters
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