quinta-feira, 24 de março de 2011

Novo avião de 'guerra eletrônica', o EA-18G Growler é usado na Líbia


Os Estados Unidos utilizam na ação militar na Líbia a aeronave de "guerra eletrônica" EA-18G Growler, que tem a capacidade de embaralhar as comunicações do inimigo. Serve, por exemplo, para evitar que as defesas antiaéreas da Líbia localizem e derrubem os caças da coalizão composta por EUA, França, Reino Unido e outros países.

Segundo reportagem do site da revista "Aviation Week", especializada em aviação, a operação na Líbia "marca a estreia em combate do EA-18G", que foi recém-incorporado à frota da Marinha dos EUA, em substituição aos EA-6B, em serviço desde 1971.

A fabricante do equipamento, a norte-americana Boeing, informa em seu site que os EA-18G começaram a ser entregues à Marinha dos EUA em 2007 e foram usados pela primeira vez numa missão há pouco mais de um mês, em 17 de fevereiro.

O avião é uma das apostas dos EUA para evitar perdas de aeronaves em combate. Desde o início dos ataques na Líbia, no sábado (19), apenas um avião da coalizão caiu. Foi um caça F-15, na madrugada desta terça (22) - segundo o governo americano, por problemas mecânicos.

Um porta-voz do Pentágono disse, em entrevista no domingo (20), que os EA-18G foram usados no fim de semana para apoiar um ataque de 15 aviões da coalizão contra forças de Kadhafi que estavam a cerca de 15 km de Benghazi, a principal cidade rebelde. Segundo o porta-voz, esse ataque parou a marcha das tropas de Kadhafi em direção a Benghazi.



A função da aeronave é realizar interferência eletrônica de dispositivos e sistemas eletrônicos – ou "enganar" os radares inimigos. Ela consegue também atrapalhar ataques antiaéreos inimigos. Segundo reportagem da revista Wired, uma futura geração do EA-18G será capaz de introduzir vírus em redes de computador dos países atacados.

Em setembro do ano passado, a Boeing fechou um contrato de US$ 5,2 bilhões por três anos para fornecer aviões à Marinha americana. Entre eles, 58 unidades do EA-18G Growler.

Apesar de não conhecer as características específicas do EA-18G Growler, o professor de telecomunicações da Poli-USP Luiz Baccalá explica como funcionam as assim chamadas “contramedidas eletrônicas”. Ele afirma que se trata de uma tecnologia de “processamento de sinais”.

“Qualquer radar de defesa manda pulsos, que batem em um alvo qualquer e, a partir disso, é possível deduzir algumas informações sobre esse alvo, como distância e velocidade”, explica. Uma interferência pode fazer com que as informações sejam entendidas de maneira diferente. “Acaba havendo uma indução do inimigo de entender aquele sinal como se estivesse em uma velocidade diferente, por exemplo”, completa.

Fonte: Portal G1
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