domingo, 31 de agosto de 2025

SisGAAz e Inovação Tecnológica Marítima em Evidência no Exercício “SAREX Brasil 2025”

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Nos dias 26 e 27 de agosto, a Marinha do Brasil (MB) promoveu o Exercício de Busca e Salvamento “SAREX Brasil 2025”, voltado ao teste de tecnologias de ponta e ao fortalecimento da articulação entre setores estratégicos. Coordenadas pelo Comando de Operações Marítimas e Proteção da Amazônia Azul (COMPAAz), que atua como SALVAMAR Brasil, estrutura central do Sistema de Busca e Salvamento Marítimo (SAR), as atividades reuniram Organizações Militares, instituições acadêmicas e empresas privadas em torno de operações simuladas de resgate em águas sob jurisdição brasileira.

O exercício contou com a participação do Comando da Força Aeronaval (ComForAerNav), Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), Centro de Análises de Sistemas Navais (CASNAV), Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão (CAAML) e Diretoria de Gestão de Programas da Marinha (DGePM). Além disso, integraram a operação representantes da Força Aérea Brasileira (FAB), da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e das empresas CLS, OceanPact e DefenSea.

Durante a atividade, as equipes acompanharam as simulações no Centro de Controle do Tráfego Marítimo (CCTRAM), garantindo monitoramento contínuo e análise de dados em tempo real. O Comandante do COMPAAz, Contra-Almirante Alexandre Itiro Villela Assano, ressaltou que a integração entre setores público, privado e acadêmico é essencial para ampliar horizontes e gerar soluções inovadoras, não apenas na esfera militar, mas em áreas críticas para a sociedade.

“O êxito do exercício ‘SAREX Brasil 2025’, que reuniu empresas e universidades em torno de um propósito comum, evidencia como a interação entre diferentes setores amplia horizontes e multiplica possibilidades. A convergência entre capacidades operativas, conhecimento acadêmico e inovação tecnológica mostrou-se capaz de gerar soluções além do campo estritamente militar, apontando para benefícios concretos à sociedade em áreas críticas" ,afirmou o Contra-Almirante Assano, destacando o papel estratégico do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz).

O SisGAAz se posiciona como plataforma central na coordenação das operações, integrando sensores, processando grandes volumes de dados e difundindo informações em tempo real. Seu emprego fortalece a segurança da navegação, aumenta a eficácia das operações SAR e contribui para a salvaguarda da vida humana no mar. Além disso, a plataforma projeta-se como instrumento estratégico em monitoramento ambiental, proteção da biodiversidade, pesca sustentável e prospecção de recursos estratégicos, como petróleo, gás, minerais críticos e alimentos.

O exercício utilizou boias de deriva iSLDMB fornecidas pela empresa canadense DefenSea, lançadas pela aeronave SH-16 “Seahawk”. Esses dispositivos simulam o deslocamento de pessoas à deriva, transmitindo suas posições via satélite para o sistema de monitoramento. Foram integrados também dados meteoceanográficos do CHM e informações do radar de alta frequência CODAR, operado pela OceanPact, permitindo medir ondas, correntes e detectar embarcações na área de cobertura.

O SAREX avaliou ainda a alimentação do Sistema de Planejamento e Apoio à Decisão em Operações SAR (SPADSAR) com informações das boias e do radar CODAR, otimizando modelos de predição de deriva em tempo real. Uma prova de conceito do sistema CRONOS (OceanPact), originalmente voltado à deriva de óleo, demonstrou potencial para aplicação em Busca e Salvamento. O SPADSAR, desenvolvido pela CLS e integrado ao Sistema de Consciência Situacional Unificado por Aquisição de Informações Marítimas (SCUA), fornece áreas de busca sugeridas com base em dados oceanográficos.

O exercício reforçou o treinamento do Sistema SALVAMAR em todos os Distritos Navais e evidenciou o emprego dual do SisGAAz. O grande volume de dados gerados pelos sensores amplia aplicações de interesse público, incluindo detecção, monitoramento e previsão de manchas de óleo, além de apoiar pesquisas conduzidas por universidades e institutos científicos.

Os resultados consolidados do SAREX Brasil 2025 serão apresentados a órgãos civis e militares com o apoio da Secretaria da Coordenação Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM), reforçando a importância do SisGAAz como catalisador de pesquisa, inovação e desenvolvimento nacional.

Vinculado às vertentes de Monitoramento e Proteção do SisGAAz, o COMPAAz consolida a consciência situacional marítima e contribui para o aprestamento e emprego das Forças Navais, Aeronavais e de Fuzileiros Navais subordinadas ao Comandante de Operações Navais, fortalecendo a presença e a segurança do Brasil na Amazônia Azul.


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sábado, 30 de agosto de 2025

Reino Unido aposta no míssil Nightfall para os MLRS M270 como alternativa ao PrSM americano

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O Ministério da Defesa do Reino Unido anunciou o desenvolvimento do míssil balístico Nightfall, que será integrado aos lançadores múltiplos MLRS M270 já em operação. A proposta é criar uma solução nacional de baixo custo que possa cumprir o mesmo papel do PrSM (Precision Strike Missile), sistema norte-americano que está em fase de introdução e que representa hoje a referência no segmento de mísseis de curto alcance de precisão.

De acordo com o aviso publicado pelo MoD, o Nightfall deverá ter alcance superior a 600 km, o que o enquadra na categoria de mísseis balísticos de curto alcance (SRBM), embora o governo britânico o descreva como “tático”. A arma será capaz de transportar uma ogiva de aproximadamente 300 kg, valor próximo ao do ATACMS, antecessor do PrSM, mas com maior poder de destruição. O sistema será compatível com os MLRS M270 já existentes, permitindo o carregamento de até quatro mísseis por veículo.

Outro ponto essencial é a precisão. O MoD estabeleceu como requisito que 50% dos disparos tenham erro circular provável (CEP) inferior a 5 metros, mesmo em cenários de negação ou degradação de sinais GNSS, o que exigirá sistemas de guiagem avançados e resistentes a interferências eletrônicas. O míssil também deverá ter baixa assinatura, elevada mobilidade com processos rápidos de pré e pós-lançamento, além de manter a capacidade de transporte múltiplo nos veículos lançadores.

O maior desafio, entretanto, será equilibrar todas essas exigências com o custo de produção. O programa estipula que cada míssil Nightfall deve custar menos de US$ 675 mil por unidade (sem contar a ogiva), além de estabelecer uma cadência mínima de 10 unidades por mês para produção em série. Considerando o alcance desejado, a necessidade de sistemas de guiagem resistentes a bloqueio de sinais e a precisão exigida, especialistas avaliam que esse teto orçamentário é ambicioso e poderá forçar ajustes no projeto. A solução para manter a compatibilidade com os lançadores, por exemplo, pode estar no uso de aletas dobráveis, mas isso também adiciona complexidade e custos.

O cronograma também impressiona pela agressividade: o Ministério da Defesa espera que o desenvolvimento inicial seja concluído em 9 a 12 meses, com ao menos cinco protótipos de teste prontos até o fim desse prazo. Isso representa uma aceleração significativa em comparação com programas tradicionais de mísseis, e indica o nível de prioridade que o Reino Unido está atribuindo ao projeto.

Mais do que apenas um programa de armamento, o Nightfall reflete a busca do Reino Unido por autonomia estratégica e pela redução da dependência de sistemas norte-americanos, em um momento em que a competição global por capacidades de ataque de precisão se intensifica. Caso os objetivos sejam alcançados, os MLRS M270 britânicos ganharão um míssil com alcance ampliado, maior letalidade e custos inferiores ao PrSM, reforçando a capacidade de dissuasão do país no cenário europeu e além.


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Projeto P-75I: Índia investe US$ 8,4 bi em seis submarinos Tipo 214 contra avanço chinês

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A Índia confirmou a aquisição de seis submarinos de propulsão independente do tipo 214, de projeto alemão, dentro do Programa P-75I, estimado em US$ 8,4 bilhões. O objetivo é equilibrar suas capacidades estratégicas frente à crescente presença da Marinha chinesa no Oceano Índico e modernizar uma frota que sofre com o envelhecimento de seus atuais meios.

O Comitê de Segurança do Gabinete indiano aprovou a decisão em 24 de agosto, abrindo caminho para as negociações contratuais. Os submarinos serão construídos localmente pela Mazagon Dock Shipbuilders Limited (MDL), em Mumbai, com apoio da alemã ThyssenKrupp Marine Systems (TKMS), reforçando a transferência de tecnologia e a integração industrial nacional.

Características técnicas e operacionais

O Tipo 214 é um submarino diesel-elétrico de 84 metros de comprimento e 1.700 toneladas de deslocamento, equipado com sistema de propulsão independente de ar (AIP) baseado em célula de combustível de hidrogênio. Essa tecnologia comprovada permite que a embarcação permaneça submersa por mais de 20 dias, um diferencial importante para patrulhas discretas no Índico.

Com autonomia de até 8.000 milhas náuticas, o submarino é adequado tanto para operações costeiras quanto para missões em pontos estratégicos de estrangulamento marítimo. A plataforma possui oito tubos de proa capazes de lançar torpedos pesados e mísseis antinavio Harpoon, além de sistemas modernos de sonar e gerenciamento de combate, que ampliam sua percepção situacional e eficiência operacional.

Experiência internacional com o Tipo 214

A escolha indiana reflete a confiança global no projeto. A Grécia foi a primeira nação da OTAN a adotar o Tipo 214, embora tenha enfrentado atrasos iniciais devido a ajustes de assinatura acústica no submarino Papanikolis. A Turquia incorporou seis unidades do modelo, batizadas de classe Reis, com forte nacionalização, incluindo sensores, sistemas de combate e torpedos próprios. Já a Coreia do Sul opera o Tipo 214 localmente sob a designação classe Son Won-il, consolidando o uso do projeto em diferentes marinhas.

A decisão de Nova Déli também representa uma preferência pela maturidade tecnológica em detrimento da inovação ainda instável. O concorrente espanhol S-80 enfrentou problemas de flutuabilidade e distribuição de peso, o que fez do projeto alemão uma aposta mais segura para atender às necessidades urgentes da Índia.

Rivalidade estratégica no Indo-Pacífico

A aquisição ocorre em um contexto de intensificação da rivalidade com a China. A Marinha do Exército de Libertação Popular (ELP) expandiu suas operações no Oceano Índico, deslocando tanto submarinos nucleares quanto convencionais e apoiando-se em bases avançadas na região.

A Índia, por sua vez, aposta em uma estratégia mista: enquanto desenvolve submarinos nucleares de mísseis balísticos (SSBN) e planeja submarinos de ataque nuclear (SSN) para patrulhas de dissuasão de longo alcance, vê no Tipo 214 uma solução complementar. As embarcações convencionais, mais furtivas e de custo relativamente baixo, serão cruciais para a defesa costeira e para a vigilância de áreas sensíveis do Índico.

Impacto industrial e próximos passos

Fontes ligadas à defesa afirmam que o contrato com a TKMS não apenas preenche uma lacuna crítica de capacidade, diante da obsolescência das classes Kilo e Tipo 209 em serviço na Índia, mas também reforça os laços estratégicos com a Europa.

As entregas estão previstas para começar no início da década de 2030, condicionadas ao sucesso da transferência de tecnologia e da construção local pela MDL. Se bem-sucedido, o P-75I não só renovará a frota indiana, mas também consolidará sua posição como uma das principais forças submarinas do Indo-Pacífico.



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França moderniza canhão da Segunda Guerra para enfrentar drones: Conheça o PROTEUS Standard 1

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O Exército francês revelou o PROTEUS Standard 1, um sistema antiaéreo que moderniza o histórico canhão automático AA53, desenvolvido na Segunda Guerra Mundial, para enfrentar uma das maiores ameaças do campo de batalha atual, os drones e as munições guiadas remotamente.

Originalmente projetado para destruir veículos leves e oferecer defesa aérea de curto alcance, o AA53 dispara projéteis calibre 20×139 mm a uma cadência de até 720 tiros por minuto. Essa combinação de poder de fogo e simplicidade garantiu sua sobrevivência ao longo das décadas, mesmo com o surgimento de armas mais sofisticadas. Agora, a França decidiu atualizar essa plataforma clássica, transformando-a em uma solução moderna contra ataques aéreos de baixo custo e difícil interceptação.

No âmbito do programa PROTEUS, o canhão recebeu uma série de melhorias que o adaptam aos novos desafios. Entre elas estão a instalação de uma câmera infravermelha, um visor estabilizado, uma calculadora balística digital e um sistema de navegação inercial, recursos que aumentam a precisão, facilitam o rastreamento de alvos em movimento e reduzem os custos de operação quando comparados ao uso de mísseis interceptadores.

A lógica por trás do PROTEUS é clara, enquanto sistemas antimísseis podem ser saturados ou se tornarem economicamente inviáveis diante de ataques massivos, os projéteis de 20 mm oferecem uma resposta prática e reutilizável contra enxames de drones, que têm se mostrado capazes de sobrecarregar até mesmo defesas aéreas avançadas. Esse tipo de abordagem aproxima a França de outras nações que também vêm revisitando armas de gerações passadas para adaptá-las às exigências do combate moderno. A Ucrânia, por exemplo, tem reutilizado canhões da era soviética para montar defesas móveis contra drones, enquanto Israel reativou seus M61 Vulcan após duas décadas de inatividade, justamente para lidar com veículos aéreos não tripulados.

Outro ponto que chama a atenção é a velocidade do desenvolvimento. O PROTEUS foi concebido em apenas quatro meses, um prazo extremamente curto para projetos militares, evidenciando a urgência com que a França busca fortalecer suas defesas diante de novas ameaças. As primeiras unidades já foram entregues ao 35º Regimento de Artilharia Paraquedista, responsável por avaliar sua eficácia em cenários reais de operação. A expectativa é que o feedback obtido com esse emprego inicial ajude a moldar futuras versões e a ampliar a adoção do sistema em outras unidades do Exército.

Com o PROTEUS Standard 1, a França demonstra que soluções eficazes contra drones não precisam necessariamente nascer de tecnologias avançadas. Muitas vezes, a resposta está em revisitar plataformas consagradas, aplicar inovação digital e oferecer às tropas um equilíbrio entre baixo custo, confiabilidade e eficiência no campo de batalha.


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Índia testa sistema integrado de defesa aérea com mísseis e laser de energia dirigida

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A Organização de Pesquisa e Desenvolvimento de Defesa da Índia (DRDO) realizou com sucesso o primeiro teste de voo do Sistema Integrado de Armas de Defesa Aérea (IADWS), um escudo nacional que combina mísseis terra-ar de diferentes alcances e um laser de energia direcionada, oferecendo uma nova camada de proteção contra ameaças aéreas. O sistema integra mísseis de reação rápida, interceptadores de curtíssimo alcance e um laser de alta energia, capaz de neutralizar alvos de pequeno porte, velozes e em baixa altitude com grande precisão.

Na estreia do IADWS, realizada na costa de Odisha, no leste do país, o sistema rastreou e destruiu simultaneamente dois veículos aéreos não tripulados (VANTs) e um drone multicopter, todos operando em diferentes altitudes. O feito foi considerado um marco pela defesa indiana. “Este teste de voo exclusivo estabeleceu a capacidade de defesa aérea multicamadas do nosso país e fortalecerá a proteção de instalações estratégicas contra ameaças inimigas”, declarou o Ministro da Defesa, Rajnath Singh.

O IADWS passa a integrar a rede de defesa aérea indiana, que já conta com sistemas como o Akash, projetado para interceptar caças e mísseis balísticos, com capacidade de rastrear até 64 alvos e engajar 12 simultaneamente. Outro recurso importante é o Barak-8, empregado tanto pela Marinha quanto pelo Exército, equipado com radar multimissão e mísseis interceptadores de alcance de até 70 quilômetros. Paralelamente, a DRDO vem acelerando o desenvolvimento de sua plataforma de defesa contra mísseis balísticos, projetada para interceptar ameaças a até 2.000 quilômetros de distância, em um contexto de tensões crescentes com o Paquistão.

A introdução do laser de energia dirigida no IADWS representa um avanço tecnológico significativo para a Índia, permitindo engajamentos rápidos e de baixo custo contra drones e aeronaves de pequeno porte, ameaças cada vez mais comuns no campo de batalha moderno. Com esse teste bem-sucedido, a Índia dá mais um passo em sua estratégia de modernização militar e fortalece a capacidade de proteger seu espaço aéreo diante de cenários de conflito cada vez mais complexos.


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Elbit Systems desenvolve versão aérea do Iron Beam para a Força Aérea de Israel

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A Elbit Systems está ampliando os horizontes do Iron Beam, sistema de defesa a laser originalmente concebido pela Rafael, ao desenvolver uma versão aerotransportada da arma para a Força Aérea Israelense. A iniciativa promete levar a tecnologia muito além das defesas fixas baseadas em solo, abrindo caminho para uma nova camada de proteção contra ameaças aéreas.

A versão terrestre do Iron Beam, já testada em combate, dispara um laser de estado sólido entre 100 e 150 quilowatts a partir de caminhões, sendo capaz de neutralizar drones, foguetes e até mísseis de cruzeiro a um custo extremamente reduzido. Enquanto cada interceptação com o míssil Tamir, utilizado pelo Domo de Ferro, custa cerca de US$ 50 mil, o disparo do Iron Beam sai por apenas US$ 3,50.

Agora, a Elbit trabalha na adaptação do sistema para plataformas aéreas, com possíveis integrações em caças como o F-35 e o F-15, que poderiam ganhar uma proteção adicional “silenciosa”, ou ainda em helicópteros de ataque, reforçando o poder ofensivo dessas aeronaves.

Estamos desenvolvendo uma solução aerotransportada de alta potência para a Força Aérea Israelense e há muito interesse por essa solução por parte de outros clientes”, afirmou o diretor executivo da Elbit Systems, Bezhalel Machlis.

O Iron Beam já provou sua eficácia em cenários reais de combate, tendo sido utilizado contra forças iranianas e demonstrado publicamente em 2022, quando neutralizou drones, estilhaços e mísseis antitanque em condições complexas.

Apesar de seu potencial revolucionário, o sistema enfrenta desafios técnicos. O Ministério da Defesa de Israel admite que a arma depende fortemente da visibilidade do alvo, o que compromete sua performance em situações de neblina, chuva ou fumaça.

“Só podemos abater com um laser o que podemos ver”, destacou Yaniv Rotem, chefe da Administração de Infraestrutura de Tecnologia e Desenvolvimento de Armas do Ministério da Defesa.

O futuro da guerra com lasers

A evolução do Iron Beam para os céus reforça a aposta israelense no uso de armas de energia dirigida como uma forma economicamente viável e taticamente versátil de defesa. Caso seja bem-sucedida, a versão aérea poderá não apenas ampliar a cobertura do sistema em combate, mas também transformar a forma como as forças aéreas do futuro encaram a proteção contra ameaças assimétricas.


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sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Parceria entre CONDOR e 4iG vai impulsionar soluções não letais na Hungria

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A CONDOR, líder brasileira em tecnologias não letais e integrante do grupo EDGE, dos Emirados Árabes Unidos, assinou um Memorando de Entendimento (MoU) com a 4iG Space and Defence Technologies (S&D), importante grupo de telecomunicações, TI e defesa da Hungria e dos Bálcãs Ocidentais, para explorar o estabelecimento de um hub regional de soluções não letais avançadas no país europeu. O acordo prevê cooperação em áreas estratégicas, como produção local, possíveis transferências de tecnologia, treinamento, capacitação e iniciativas conjuntas de pesquisa e desenvolvimento, visando ampliar as capacidades das forças policiais e de segurança da Europa Central.

Segundo Frederico Aguiar, CEO da CONDOR, a parceria representa um marco para o setor: “Com o forte apoio da EDGE, nossa parceria com a 4iG S&D representa um passo estratégico para o avanço da indústria de defesa da Hungria e para o fortalecimento do ecossistema europeu de segurança. Este MoU reflete nosso compromisso conjunto em oferecer soluções não letais soberanas e localizadas, que ampliam as capacidades das forças policiais e de segurança da Europa Central. Ao fomentar parcerias duradouras em toda a Europa, buscamos catalisar a inovação, fortalecer a colaboração industrial e contribuir para o desenvolvimento de tecnologias de próxima geração que protejam nossas sociedades.”

O CEO da 4iG SDT, István Sárhegyi, destacou que o acordo cria as bases para um centro regional de soluções de defesa de impacto limitado, reforçando o caráter transcontinental da iniciativa. “O acordo de cooperação agora assinado com a CONDOR cria a oportunidade de lançar as bases para um centro regional no campo das soluções de defesa de impacto limitado, por meio de desenvolvimentos conjuntos, transferência de conhecimento e sinergias industriais. Este acordo pode servir como excelente exemplo e também marca o início de uma cooperação transcontinental.”

Este é o mais recente desdobramento da parceria estratégica entre a EDGE e a 4iG S&D. Em julho deste ano, as empresas assinaram três outros MoUs para ampliar a cooperação industrial entre os Emirados Árabes Unidos e a Hungria, envolvendo o desenvolvimento e produção conjunta do sistema de defesa antiaérea SKYKNIGHT, das munições vagantes SHADOW 25 e SHADOW 50, e das soluções não tripuladas de controle de tráfego aéreo VEGA e ORION. Esses acordos reforçam o compromisso contínuo da EDGE em estreitar laços com ecossistemas-chave de defesa europeus, entregando soluções conjuntas prontas para exportação e alinhadas às crescentes demandas de modernização dos países da OTAN.

Fundada em 1985 e sediada no Rio de Janeiro, a CONDOR é referência global em tecnologias não letais e uma das maiores exportadoras brasileiras de soluções de defesa e segurança, com presença em mais de 85 países. Já a 4iG S&D, sediada em Budapeste, é parte do grupo 4iG, especializado em pesquisa, desenvolvimento e integração de tecnologias espaciais e de defesa, desempenhando papel fundamental no ecossistema de inovação da Hungria e atuando como ponte entre a indústria nacional e o mercado global, sempre com foco em soluções compatíveis com os requisitos da OTAN.


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Guerra Eletrônica e Defesa Cibernética: dominando o campo invisível da batalha moderna

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No cenário militar do século XXI, a superioridade já não se mede apenas pelo número de tanques, aviões ou navios. Hoje, quem consegue controlar informações, proteger redes e neutralizar sistemas inimigos pode decidir o resultado de uma operação antes mesmo que um disparo seja feito. É nesse terreno invisível que atuam a Guerra Eletrônica e a Defesa Cibernética, elementos estratégicos que transformaram profundamente a forma como os conflitos modernos são planejados e conduzidos.

Enquanto muitos imaginam que a guerra ainda depende apenas do confronto físico, a realidade mostra que o domínio do espectro eletromagnético e do espaço digital tornou-se tão decisivo quanto controlar o mar, o ar ou a terra. A Guerra Eletrônica, ou EW (Electronic Warfare), envolve o uso do espectro eletromagnético (rádios, micro-ondas, radares e sinais digitais) para interferir, enganar ou proteger sistemas militares. Diferente das armas convencionais, ela não destrói fisicamente o inimigo, mas altera sua percepção, compromete sua comunicação e reduz drasticamente sua capacidade de reação, muitas vezes com resultados tão decisivos quanto uma ofensiva convencional.

Entre suas principais frentes estão o ataque eletrônico, que visa interferir ou bloquear sensores e comunicações inimigas; a proteção eletrônica, responsável por garantir a operação segura das próprias forças mesmo em ambientes saturados de sinais adversários; e a guerra eletrônica de apoio, que coleta e analisa informações estratégicas sobre os sistemas inimigos, como radares, mísseis guiados e centros de comando, permitindo planejamento seguro e eficaz das operações. Quando combinada com a defesa cibernética, essa capacidade se amplia, permitindo desativar redes de comando, comunicações críticas e até infraestrutura logística do adversário, antes mesmo do confronto direto.

A Defesa Cibernética, por sua vez, se tornou tão importante quanto a guerra eletrônica. Ela protege redes, sistemas de comando e controle e toda a comunicação militar contra ataques digitais. Isso envolve desde a segurança das comunicações das unidades em operação até o monitoramento constante de tentativas de invasão, protocolos de resposta rápida e integração com operações de EW. No contexto brasileiro, sua importância é ainda maior: ataques digitais bem-sucedidos a sistemas de energia, telecomunicações, transporte ou finanças poderiam paralisar tanto operações militares quanto civis, tornando essa proteção estratégica indispensável.

Na prática, a Guerra Eletrônica é empregada de forma integrada em diferentes frentes. Um exemplo clássico é a neutralização de radares e sistemas de defesa aérea, onde jammers ou técnicas de spoofing fazem com que sensores inimigos detectem aeronaves em posições falsas ou deixem de detectá-las por completo. Aeronaves stealth modernas combinam assinatura reduzida com EW ativa para penetrar defesas avançadas sem disparar um único míssil. Outro uso essencial é a proteção contra drones e mísseis guiados, que dependem de sinais GPS ou de comunicação. Sistemas modernos detectam, rastreiam e neutralizam essas ameaças em tempo real, usando desde redes de interceptação eletrônica até canhões de micro-ondas direcionais. Além disso, ataques cibernéticos coordenados podem paralisar centros de comando, redes logísticas e sistemas de comunicação do inimigo, reduzindo sua capacidade operacional sem que haja um confronto físico direto.

Essa capacidade de integração entre múltiplos domínios (terra, mar, ar e espaço) representa um avanço estratégico. Satélites podem fornecer inteligência em tempo real sobre sinais inimigos, drones podem atuar como relés de interferência, e unidades terrestres podem explorar falhas nos sistemas de defesa adversários, criando um efeito multiplicador sobre a operação. Ao longo da história recente, vemos exemplos concretos de sua eficácia. Na Guerra das Malvinas, em 1982, a interferência eletrônica britânica permitiu proteger navios e aeronaves contra mísseis argentinos. Durante a Guerra do Golfo, em 1991, jammers e ataques eletrônicos desativaram sistemas de radar iraquianos, garantindo superioridade aérea em questão de horas. Mais recentemente, em operações no Oriente Médio, a combinação de drones e EW permitiu neutralizar sistemas antiaéreos sofisticados sem disparar armas convencionais.

Para o Brasil, a aplicação dessas tecnologias é particularmente relevante. Com uma costa extensa, fronteiras continentais e a Amazônia atuando como barreira natural e estratégica, o país enfrenta desafios únicos de vigilância e defesa. A Marinha vem buscando sistemas de Guerra Eletrônica para proteger navios e submarinos, monitorar aproximações e manter superioridade em áreas estratégicas, como campos de petróleo e portos. O Exército emprega tecnologias eletrônicas para patrulhar fronteiras e regiões remotas, garantindo comunicação segura e proteção de instalações críticas. Já a Força Aérea integra radares, sensores e sistemas de defesa aérea para controlar o espaço aéreo e proteger aeronaves e bases estratégicas. Além disso, ataques cibernéticos a infraestruturas críticas, como energia, transporte e telecomunicações, podem gerar impactos semelhantes aos de uma ofensiva convencional, tornando a defesa preventiva essencial.

O futuro da guerra será cada vez mais definido por informação, dados e controle do espectro eletromagnético. Drones autônomos e sistemas de inteligência artificial permitirão realizar ataques e defesas eletrônicas de forma coordenada e em larga escala. A integração em tempo real de unidades no solo, no mar, no ar e no espaço permitirá decisões rápidas e precisas. Ataques cibernéticos ofensivos poderão detectar vulnerabilidades do inimigo e desativar sistemas críticos antes mesmo do confronto físico. Simulações avançadas e exercícios de treinamento permitirão antecipar ameaças e testar respostas sem risco direto, tornando a preparação estratégica cada vez mais eficiente.

Como resumiu um especialista em ciberdefesa: “Na guerra eletrônica, quem controla a informação controla o campo de batalha. Hoje, o invisível é tão decisivo quanto o tangível.” Para o Brasil, investir em tecnologia, capacitação de pessoal e integração entre forças significa garantir que soberania, segurança e superioridade estratégica caminhem juntas, em um cenário global cada vez mais complexo e competitivo.


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quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Marinha do Brasil assume comando da Força-Tarefa Combinada 151 pela quarta vez

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A Marinha do Brasil (MB) assumiu, na terça-feira (27), pela quarta vez, o comando da Força-Tarefa Combinada 151 (CTF-151), coalizão multinacional dedicada à repressão da pirataria fora das águas territoriais dos estados costeiros. A cerimônia de assunção ocorreu na Base Naval dos Estados Unidos, no Bahrein, e contou com a presença do Vice-Almirante Antonio Carlos Cambra, representando o Comandante de Operações Navais, Almirante de Esquadra Cláudio Henrique Mello de Almeida.

O comando ficará sob a liderança do Contra-Almirante Marcelo Lancellotti pelos próximos seis meses, sucedendo o Contra-Almirante Sohail Azmie, da Marinha do Paquistão. O Estado-Maior da Força-Tarefa é formado por 12 brasileiros e 14 oficiais estrangeiros, representando países como Arábia Saudita, Bahrein, Coreia do Sul, Espanha, Itália, Japão, Jordânia, Omã, Paquistão, Singapura, Tailândia e Turquia.

A CTF-151 é uma das cinco forças-tarefa das Combined Maritime Forces (CMF), coalizão naval internacional sediada no Bahrein desde 2002. Composta atualmente por 46 países, a CMF tem como missão prover estabilidade regional e segurança marítima em uma área de cerca de 8 milhões de km², incluindo rotas estratégicas como o Mar Vermelho, o Golfo de Aden, o Mar Arábico e o Golfo de Omã. A força atua também em três pontos de estrangulamento vitais para a economia global: Canal de Suez, Estreito de Bab al-Mandeb e Estreito de Ormuz.

Entre as atividades da CTF-151 estão a coleta e análise de informações de inteligência, patrulhamento das rotas marítimas, engajamento com líderes regionais e compartilhamento de dados para construção de um ambiente cooperativo e seguro no mar. Os navios participantes podem exercer legítima defesa e proteger embarcações conforme o Direito Internacional.

Em seu discurso, o Contra-Almirante Lancellotti ressaltou que a quarta assunção ao comando é um reconhecimento internacional da capacidade da Marinha do Brasil em liderar uma missão sensível e de alta visibilidade política. “Essa trajetória não é episódica: ela se traduz em entrega operacional, disciplina de comando e aderência doutrinária em ciclos de seis meses, nos quais transparência, coordenação com centros de informação marítima e respeito a procedimentos operativos comuns são requisitos inegociáveis”, afirmou.

O Contra-Almirante destacou que os principais focos da gestão brasileira serão a presença dissuasória, o monitoramento de rotas de risco e a coordenação com parceiros regionais, incluindo a Força Naval europeia EUNAVFOR, que mantém desde 2008 a Operação Atalanta na costa da Somália. “Quanto mais seguras são as rotas e mais aderentes às medidas de autoproteção estão as tripulações, menor a probabilidade de um ataque bem-sucedido e maior a eficácia do patrulhamento naval”, explicou.

Além de reforçar a segurança das rotas marítimas, a experiência adquirida pelo Brasil em forças-tarefa como a CTF-151 fortalece a projeção internacional do País, amplia a interoperabilidade da Marinha com outras marinhas e protege fluxos mercantis estratégicos, como o transporte de petróleo, derivados e gás natural liquefeito pelo Estreito de Ormuz, bem como o comércio com países da Ásia.

O comando brasileiro da CTF-151 se estenderá até 23 de fevereiro de 2026, garantindo a presença da Marinha do Brasil em uma das forças-tarefa mais relevantes das CMF e promovendo segurança, cooperação internacional e estabilidade em uma das regiões mais estratégicas do planeta.


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Exército conclui revitalização de viaturas Marruá e reforça prontidão logística

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O Batalhão Central de Manutenção e Suprimento (BCMS), subordinado à Base de Apoio Logístico (Ba Ap Log), concluiu em 15 de agosto a inspeção final de um lote de 10 Viaturas de Transporte Não Especializadas (VTNE) Operacionais Marruá, após três meses de manutenção intensiva.

As viaturas Agrale Marruá, incorporadas ao Exército em maior escala a partir de 2011, são reconhecidas por sua versatilidade e capacidade de operar em qualquer tipo de terreno, transportando tropas e materiais militares. Devido ao uso intenso, essas viaturas demandam manutenções complexas para prolongar seu ciclo de vida e garantir a confiabilidade operacional.

O BCMS realizou a manutenção estratégica das Marruás em uma linha de produção estruturada, envolvendo cinco etapas: recepção e inspeção inicial; desmontagem e distribuição nas seções de apoio; trabalhos de mecânica e elétrica; lanternagem, pintura e remontagem; e revisão final com inspeção de qualidade. O objetivo foi maximizar a disponibilidade e a confiabilidade desses meios, alinhado ao princípio da Prontidão Logística do Comando Logístico.

Em 20 de agosto, durante a formatura do Corpo de Cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em Resende/RJ, nove viaturas Marruá revitalizadas foram oficialmente entregues pelo General de Brigada Vinícius Gonçalves Souza, Comandante da Base de Apoio Logístico, e pelo Tenente-Coronel Jonathas da Costa Jardim, Comandante do BCMS, ao General de Brigada Marcus Vinicius Gomes Bonifacio, comandante da AMAN.

O cumprimento desta missão permitirá à Academia um aumento significativo na disponibilidade de veículos para instrução, melhorando a qualidade do treinamento dos futuros oficiais combatentes da Força Terrestre. A décima viatura Marruá será entregue posteriormente ao 4º Grupo de Artilharia de Campanha Leve (4º GAC L Mth), em Juiz de Fora/MG.

Com essa ação, o Exército reforça a eficiência de sua logística, garantindo que os meios de transporte essenciais estejam sempre prontos para atender às demandas operacionais e de instrução.


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com  Exército Brasileiro

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BAE Systems entrega primeiro veículo de combate CV9030 MkIV ao Exército Tcheco

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O Exército da República Tcheca deu um passo importante em sua modernização nesta quinta-feira, com a apresentação oficial do primeiro veículo de combate de infantaria CV9030 MkIV. A cerimônia de lançamento ocorreu na BAE Systems Hägglunds, na Suécia, e contou com a presença do Ministro da Defesa sueco, Pål Jonson, e da Ministra da Defesa tcheca, Jana Černochová.

O evento marca o início da implementação de um programa estratégico que prevê a entrega de 246 veículos CV90, dos quais 39 serão produzidos na Suécia e 207 na República Tcheca, com conclusão prevista para 2030. O fornecimento gradual permitirá a integração eficiente da nova plataforma nas brigadas mecanizadas, treinamento das equipes e manutenção da prontidão operacional.

“O CV90 oferece uma combinação incomparável de mobilidade, poder de fogo e proteção, fortalecendo significativamente as capacidades do Exército Tcheco”, destacou Tommy Gustafsson-Rask, diretor administrativo da BAE Systems Hägglunds. Ele enfatizou ainda que, ao se unir ao Clube de Usuários do CV90, a República Tcheca terá acesso a uma rede de operadores europeus experientes, possibilitando treinamentos conjuntos e troca de conhecimentos operacionais.

A Ministra Černochová reforçou a importância do projeto para a segurança nacional. “Hoje é a prova de que não estamos apenas falando sobre a modernização do Exército, mas transformando-a em realidade. Este projeto representa meses de negociações, centenas de pessoas e milhares de horas de trabalho. Nossos soldados receberão o melhor que a indústria de defesa tem a oferecer.”

O CV90 MkIV é a mais nova geração da família CV90, comprovada em combate, projetada para oferecer vantagens decisivas no campo de batalha moderno. Equipado com canhão automático Bushmaster II de 30 mm, avançados sistemas de controle de tiro, sensores de última geração e pacotes de blindagem modular, o veículo combina proteção, mobilidade e poder de fogo. Seu motor potente e suspensão adaptativa garantem desempenho superior em terrenos desafiadores, enquanto sistemas de proteção ativa aumentam a sobrevivência contra ameaças cinéticas e explosivas.

O contrato, avaliado em 22 bilhões de coroas suecas (cerca de US$ 2,2 bilhões), prevê participação significativa da indústria tcheca, que ficará responsável por 40% da produção. A cooperação inclui desenvolvimento, integração de sistemas e fornecimento de componentes, fortalecendo o setor de defesa local e ampliando sua competitividade internacional.

O Ministro da Defesa sueco, Pål Jonson, destacou a relevância do veículo para a OTAN e sua eficácia comprovada em conflitos recentes, como na Ucrânia. “O CV90 é um pilar fundamental das forças armadas de diversos países e agora proporcionará à República Tcheca um veículo de combate testado, eficiente e confiável”, afirmou.

Combinando tecnologia de ponta, cooperação internacional e participação industrial nacional, o programa CV9030 MkIV garante que o Exército Tcheco disponha de veículos de combate de infantaria de última geração, prontos para enfrentar os desafios do campo de batalha nas próximas décadas e reforçando sua posição estratégica dentro da OTAN.


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com AND, ALL – Agência de comunicação da BAE Systems no Brasil

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Air America: A Companhia Secreta da CIA que Desafiou a Morte nos Céus do Sudeste Asiático

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No coração da Guerra Fria, quando o mundo se dividia entre blocos ideológicos e as tensões se espalhavam para todos os cantos do planeta, uma companhia aérea operava nas sombras, desafiando as convenções da guerra tradicional. A Air America, uma empresa civil de fachada sob controle direto da CIA, não era apenas um meio de transporte: era uma extensão estratégica da política secreta dos Estados Unidos no Sudeste Asiático.

Entre os vales montanhosos do Laos, as selvas densas do Vietnã e os caminhos ocultos do Camboja, seus pilotos e equipes de apoio atuavam em um território onde cada voo podia significar a diferença entre a vida e a morte. O lema da companhia, "Qualquer coisa, a qualquer hora, em qualquer lugar, profissionalmente", não era apenas um slogan; era uma filosofia que guiava cada operação, cada decisão arriscada e cada missão improvisada diante de obstáculos inimagináveis.

Os aviões e helicópteros da Air America transportavam tropas, armas e suprimentos vitais para aliados locais, evacuavam civis em perigo e resgatavam pilotos abatidos atrás das linhas inimigas, muitas vezes em áreas sem qualquer infraestrutura de pouso. Em um ambiente marcado pelo segredo e pelo perigo constante, os pilotos civis eram obrigados a combinar habilidade técnica com coragem absoluta, enfrentando tempestades, fogo inimigo e a incerteza de cada missão.

Mais do que uma companhia aérea, a Air America tornou-se um símbolo da audácia e da engenhosidade da guerra secreta americana: seus voos não eram apenas logísticos, eram operações que moldavam o curso do conflito, salvando milhares de vidas e oferecendo um suporte invisível mas crucial para a estratégia dos EUA na região.

Origens e Ascensão: De CAT a Air America

A história da Air America remonta a 1946, quando foi fundada como Civil Air Transport (CAT) por veteranos da Segunda Guerra Mundial, incluindo o renomado general Claire Lee Chennault, célebre por liderar os "Tigres Voadores", unidade de combate que apoiou a China contra o Japão. Inicialmente, a CAT tinha um propósito aparentemente humanitário: fornecer ajuda e transporte de suprimentos na China pós-guerra, auxiliando populações civis e apoiando esforços de reconstrução em meio ao caos político e social que se seguiu à derrota japonesa.

Entretanto, o cenário global mudava rapidamente. Com a crescente tensão entre Estados Unidos e União Soviética, o início da Guerra Fria transformou a CAT em um instrumento estratégico. Em 1950, a CIA adquiriu a companhia, integrando-a a uma rede de operações secretas voltadas para conter a expansão comunista na Ásia. De aeronaves de transporte de carga a pequenos aviões de observação, cada recurso da CAT passou a ser utilizado em missões clandestinas, muitas vezes em territórios sensíveis como China, Laos, Vietnã e Camboja, longe dos olhos do público e mesmo do Congresso americano.

Em 1959, a CAT passou por uma mudança de identidade e foi oficialmente renomeada Air America, consolidando seu papel como uma companhia civil, mas operando com funções militares e estratégicas. Essa mudança não foi apenas simbólica: refletiu a necessidade de mascarar o envolvimento direto da CIA em operações aéreas secretas, enquanto expandia a presença americana em regiões onde a guerra convencional não podia atuar abertamente.

A partir de então, a Air America tornou-se um pilar crítico para os EUA no Sudeste Asiático. No Laos, fornecia suporte logístico a aliados locais em guerra contra forças comunistas. No Vietnã do Sul, transportava tropas, equipamentos e realizava evacuações de emergência. No Camboja, operava discretamente, conduzindo missões de reconhecimento e coleta de inteligência. Cada voo não era apenas uma operação de transporte, mas uma missão estratégica que influenciava diretamente os desdobramentos militares e políticos na região.

A transição da CAT para a Air America marcou também a profissionalização de suas operações: o recrutamento de pilotos experientes, a implementação de centros de informações de voo (FIC) e a criação de protocolos de segurança em zonas de conflito transformaram a companhia em um modelo de aviação clandestina militarizada, capaz de operar em condições extremas, sem infraestrutura adequada, sob fogo inimigo e em total sigilo.

Operações no Laos: A Guerra Secreta

Oficialmente neutro, o Laos tornou-se um campo de batalha oculto no coração da Guerra Fria. O país, geograficamente estratégico, estava cercado por forças comunistas apoiadas pelo Vietnã do Norte e pela China, e pela sua posição no Triângulo de Ouro, tornou-se palco de uma guerra secreta conduzida pela CIA, sem qualquer reconhecimento oficial do governo americano. Nesse cenário, a Air America emergiu como uma peça essencial, atuando em missões que combinavam logística militar, inteligência e resgate humanitário.

Suas aeronaves, incluindo o robusto Curtiss C-46 Commando, capaz de transportar grandes cargas de suprimentos e tropas; o ágil de Havilland Canada DHC-4 Caribou, projetado para decolagens e pousos em pistas curtas; e o versátil Sikorsky UH-34D, helicóptero fundamental para evacuações e operações de infiltração, sobrevoavam incessantemente a densa selva e as montanhas acidentadas do país. Cada missão envolvia riscos extraordinários: os pilotos precisavam navegar por terrenos traiçoeiros, enfrentar tempestades tropicais repentinas, lidar com incêndios de artilharia inimiga e operar em pistas improvisadas que muitas vezes eram nada mais do que clareiras na selva ou trilhas de terra batida.

Uma das operações mais emblemáticas ocorreu durante a queda de Luang Prabang, em 1968. Pilotos da Air America realizaram uma série de voos arriscados para resgatar civis, funcionários americanos e aliados locais, transportando milhares de pessoas em condições extremas. Eles precisavam manobrar com precisão sobre pistas mínimas, desviando-se de obstáculos naturais e artifícios inimigos. Relatos de veteranos descrevem missões em que aeronaves foram atingidas por fogo de artilharia, mas os pilotos, guiados por treinamento, coragem e improvisação, conseguiram completar a evacuação com sucesso.

Além das evacuações, a Air America desempenhava funções logísticas críticas, transportando armas, munições, alimentos e médicos, garantindo que aliados locais pudessem resistir à ofensiva comunista. Missões de reconhecimento e infiltração também eram rotina: aviadores civis voavam em território hostil para coletar inteligência ou inserir agentes da CIA e tropas mercenárias, muitas vezes sem qualquer proteção ou armamento significativo, dependendo apenas de suas habilidades e do planejamento estratégico.

O trabalho da Air America no Laos não se limitava a transporte: era um sistema complexo de apoio à guerra clandestina, que exigia sincronização constante entre pilotos, mecânicos, planejadores e informantes no solo. O uso de centros de informações de voo (FIC) permitia que cada piloto recebesse dados atualizados sobre rotas seguras, posições inimigas e condições meteorológicas, aumentando suas chances de sucesso em um ambiente mortalmente imprevisível.

Essas operações transformaram a Air America em uma força invisível, porém decisiva, capaz de moldar o curso do conflito, salvar vidas e manter a presença estratégica americana em um país que oficialmente não estava em guerra. A coragem de seus pilotos, a inovação tática e a adaptabilidade em condições extremas consolidaram a reputação da Air America como uma entidade única na história da aviação e das operações secretas militares.

Resgates e Missões de Combate: Heróis nos Céus

Além de suas funções logísticas essenciais, a Air America desempenhou um papel crucial em operações de resgate, muitas vezes atuando como a única linha de vida para aviadores americanos abatidos sobre territórios hostis. Diferentemente das unidades militares convencionais, cujas operações exigiam aprovação hierárquica formal e enfrentavam restrições burocráticas, os pilotos civis da Air America agiam rapidamente, muitas vezes com total autonomia, assumindo riscos extremos para salvar vidas.

Quando um aviador era derrubado atrás das linhas inimigas, o relógio se tornava inimigo. O terreno hostil, a densa vegetação, a presença inimiga e a ausência de apoio imediato exigiam decisões instantâneas e precisão absoluta no voo. Pilotos e mecânicos enfrentavam fogo de artilharia, metralhadoras leves e condições meteorológicas adversas, muitas vezes decolando de pistas improvisadas ou clareiras na selva. A coragem desses civis, sem treinamento formal para combate, transformou a Air America em um componente essencial da estratégia americana no Vietnã e no Laos.

Um dos episódios mais notáveis ocorreu em 1968, quando uma tripulação de helicóptero da Air America interceptou uma formação de Antonov An-2 “Colt”, biplanos de ataque soviéticos usados pelo Vietnã do Norte. Usando um Bell 205 (versão civil do UH-1D), o piloto da Air America voou lado a lado com os biplanos inimigos enquanto seu mecânico disparava um fuzil de assalto pela porta aberta. Um dos Antonov foi derrubado, forçando os outros a recuarem. Esta foi a única ocasião registrada em que um helicóptero abateu uma aeronave de asa fixa na Guerra do Vietnã, destacando a versatilidade e audácia incomparáveis da companhia.

Além de confrontos diretos, resgates delicados e operações de extração de emergência eram rotina. Pilotos da Air America frequentemente baixavam seus helicópteros em áreas limitadas, onde cada movimento errado podia resultar em colisão com árvores, penhascos ou estruturas improvisadas. Civis e militares eram embarcados rapidamente, muitas vezes excedendo a capacidade máxima das aeronaves, exigindo manobras arriscadas para manter a estabilidade e a segurança de todos a bordo.

A excelência operacional da Air America não residia apenas na habilidade técnica de seus pilotos, mas também em sua capacidade de improvisação. Cada missão demandava análise rápida de risco, comunicação precisa com o solo e entre aeronaves, e a coragem de enfrentar o desconhecido. Muitos relatos de veteranos descrevem missões em que aviadores civis se lançaram a áreas cercadas por inimigos sem qualquer equipamento militar pesado, confiando unicamente em sua experiência, julgamento e na ética do chamado “Vínculo do Aviador”, a obrigação tácita de ajudar outros aviadores em perigo.

Os heróis da Air America não vestiam uniformes militares; eram civis que, por coragem e dever, se tornaram protagonistas de uma guerra invisível. Suas ações salvaram milhares de vidas, permitiram operações militares estratégicas e escreveram um capítulo singular na história da aviação e das operações secretas, mostrando que, mesmo sob as circunstâncias mais perigosas, habilidade, coragem e dedicação podiam fazer a diferença entre a vida e a morte.

A Queda de Saigon: O Último Voo

O clímax da trajetória da Air America ocorreu em abril de 1975, durante a ofensiva final das forças norte-vietnamitas sobre Saigon, a capital do Vietnã do Sul. À medida que o cerco se intensificava, a situação tornou-se crítica, civis, diplomatas, agentes da CIA e militares aliados estavam presos em áreas urbanas cercadas pelo inimigo. A evacuação tornou-se uma prioridade urgente, e a Air America foi chamada a executar missões complexas de extração em tempo recorde.

O contexto era caótico, ruas bloqueadas, edifícios em ruínas, cidadãos desesperados tentando fugir e artilharia inimiga caindo sobre a cidade. As aeronaves da Air America, principalmente os helicópteros UH-34D e Bell 205, tornaram-se a única alternativa viável para retirar pessoas de locais inacessíveis a veículos terrestres. Pilotos civis, veteranos de inúmeras missões perigosas, precisavam combinar precisão de voo, tomada de decisão rápida e coragem absoluta para salvar vidas sob fogo inimigo.

Em uma das operações mais dramáticas e icônicas, helicópteros da Air America pousaram em telhados de prédios, muitas vezes frágeis e improvisados como helipontos, para embarcar civis e militares. Cada voo exigia uma habilidade quase sobre-humana: aterrissar em espaços limitados, equilibrar o peso excessivo de passageiros amontoados e decolar rapidamente antes que os atiradores inimigos conseguissem atingir a aeronave. Muitas vezes, pilotos tinham que realizar múltiplas idas e vindas, enfrentando vento forte, chuva e visibilidade reduzida, enquanto mantinham a calma diante do pânico a bordo.

As missões de Saigon não eram apenas resgates individuais, mas operações coordenadas, envolvendo pontos de coleta estratégicos, comunicação constante com unidades militares em terra e planejamento meticuloso para evitar áreas com maior presença inimiga. Cada evacuação bem-sucedida salvava dezenas de vidas, mas também era uma corrida contra o tempo: a cidade poderia ser tomada a qualquer momento, e qualquer atraso podia significar tragédia.

O fotógrafo holandês Hubert Van Es capturou uma das imagens mais emblemáticas desses momentos: um helicóptero da Air America empoleirado no topo de um prédio, carregando evacuados desesperados. A fotografia se tornou símbolo da coragem, eficiência e humanismo das equipes da Air America em meio ao colapso de um regime e ao caos urbano da guerra.

Mesmo diante de recursos limitados, combustível escasso e tripulações exaustas, os pilotos da Air America continuaram a voar sem interrupção, demonstrando uma combinação rara de habilidade técnica, coragem e compromisso humanitário. Estima-se que milhares de civis americanos, agentes da CIA e aliados sul-vietnamitas foram retirados de zonas de conflito, graças a esses esforços.

A queda de Saigon marcou não apenas o fim do Vietnã do Sul, mas também o último grande ato da Air America. Suas aeronaves e tripulações representaram a diferença entre vida e morte para muitos, encerrando sua trajetória de serviço secreto, heroísmo e eficiência operacional, que permanecerá como um dos capítulos mais extraordinários da aviação militar e da história da Guerra do Vietnã.

Legado e Encerramento: O Fim de uma Era

Após a retirada das forças militares dos Estados Unidos do Sudeste Asiático, a Air America continuou a operar em ritmo reduzido, mantendo voos essenciais de transporte, evacuação e suporte logístico até 1976, quando foi oficialmente desativada. O fechamento da companhia marcou o fim de uma era única na aviação militar e clandestina, mas o impacto de suas operações permanece vivo na memória histórica e nos estudos estratégicos sobre guerras secretas.

Durante seus mais de 30 anos de existência, contando desde a fundação da Civil Air Transport (CAT) em 1946, a Air America realizou missões de risco extremo, enfrentando fogo inimigo, condições meteorológicas severas e ambientes desconhecidos, muitas vezes sem qualquer apoio militar direto. Estima-se que dezenas de milhares de pessoas, incluindo civis americanos, agentes da CIA e aliados locais, foram resgatadas de zonas de conflito graças à coragem de seus pilotos e tripulações. Operações como as evacuações de Luang Prabang e Saigon exemplificam como a companhia foi vital para salvar vidas em situações de caos e desespero absoluto.

O legado da Air America vai além do heroísmo individual. Suas operações demonstraram a capacidade de integração entre aviação civil e objetivos estratégicos militares, servindo como um modelo de eficiência operacional em ambientes hostis e com infraestrutura limitada. A implementação de centros de informações de voo (FIC), a coordenação detalhada entre pilotos e equipes em terra, e a habilidade de improvisação em tempo real são estudadas até hoje em cursos de aviação militar e operações especiais.

Além disso, a Air America consolidou o conceito de “aviadores invisíveis”, civis dispostos a arriscar suas vidas para apoiar missões estratégicas sem reconhecimento público. Essa ética, conhecida como o “Vínculo do Aviador”, tornou-se um exemplo emblemático de profissionalismo, coragem e dedicação, inspirando gerações de pilotos e profissionais de operações especiais.

O fechamento da companhia em 30 de junho de 1976 encerrou oficialmente suas atividades, mas sua história continua a ser referência obrigatória em análises de operações secretas, guerra de guerrilha e aviação de apoio em zonas de conflito. Documentos desclassificados, relatos de veteranos e fotografias icônicas, como as registradas durante a evacuação de Saigon, preservam a memória de um grupo que operou nas sombras, salvou vidas e executou missões que pareciam impossíveis.

Hoje, a Air America é reconhecida não apenas como uma companhia aérea secreta da CIA, mas como uma instituição histórica que mostrou a importância estratégica da aviação na guerra moderna. Suas ações comprovam que, mesmo em missões clandestinas e em territórios hostis, a combinação de habilidade, coragem e compromisso humanitário pode ter impacto decisivo sobre os rumos de conflitos e sobre o destino de milhares de vidas humanas.


por Angelo Nicolaci


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Exército apoia transporte de gerador para Centro de Saúde Indígena Yanomami em Surucucu

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O Comando Operacional Conjunto Catrimani II realizou, em 26 de agosto, o transporte de um gerador de 830 quilos que integrará o sistema de energia elétrica do novo Centro de Referência de Saúde Indígena em Surucucu, na Terra Indígena Yanomami (TIY), em Roraima. A construção da unidade faz parte do esforço do Governo Federal, por meio da Casa de Governo em Roraima, para ampliar a assistência médica aos povos indígenas da região.

A operação logística foi dividida em duas etapas. Inicialmente, o gerador seguiu por via terrestre de Boa Vista até Alto Alegre, em um percurso de 112 quilômetros. A partir dali, o equipamento foi içado e transportado por um helicóptero Black Hawk H-60 da Força Aérea Brasileira, em manobra conduzida com o apoio de uma equipe do Exército Brasileiro especializada em transporte de carga externa, percorrendo 224 quilômetros até Surucucu.

Para o engenheiro eletricista Ângelo Brito, do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami, o suporte das Forças Armadas foi indispensável. “O sistema tem duas formas de energia, a fotovoltaica e o gerador. Isso dá mais robustez ao sistema. O acesso aqui é complexo. Não temos capacidade de transportar esse equipamento em nossos voos. Esse apoio é primordial para a execução desse trabalho”, destacou.

Os profissionais de saúde que já atuam no atendimento provisório ressaltam que o gerador garantirá maior segurança nas operações, especialmente para estabilizar pacientes em estado grave durante resgates aeromédicos. “Não podemos ficar à mercê se faltar energia, porque isso pode prejudicar os aparelhos. O sentimento é de gratidão por todo mundo envolvido nesse projeto, porque sabemos da importância de cada setor estar integrado em prol de um único objetivo: proporcionar saúde para esse povo”, afirmou Flávia Thays de Moura Silva, gestora do polo do DSEI em Surucucu.

O transporte do gerador evidencia os desafios logísticos da região, marcada pela ausência de estradas, pistas de pouso limitadas e rios que não permitem a passagem de embarcações de grande porte. Nesse cenário, os meios empregados pelas Forças Armadas são essenciais tanto para apoiar ações de saúde quanto para reforçar a repressão ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.

A entrega do gerador integra a Operação Catrimani II, ação conjunta das Forças Armadas, órgãos de Segurança Pública e agências governamentais, coordenada pela Casa de Governo em Roraima. Prevista pela Portaria GM-MD nº 5.831, de 20 de dezembro de 2024, a operação atua de forma preventiva e repressiva contra o garimpo ilegal e outros ilícitos na região, ao mesmo tempo em que apoia a assistência às comunidades indígenas.


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com Exército Brasileiro



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Novo míssil Nimbrix da Saab mira ameaça de drones

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A Saab revelou oficialmente o Nimbrix, seu primeiro míssil dedicado ao combate de Sistemas Aéreos Não Tripulados (C-UAS). A novidade chega em um momento em que os drones se consolidam como uma das principais ameaças no cenário de guerra moderno, tanto em operações de reconhecimento quanto em ataques coordenados em enxame.

Projetado como um míssil do tipo “dispare e esqueça”, o Nimbrix foi desenvolvido para oferecer uma resposta ágil e de baixo custo contra aeronaves não tripuladas de pequeno porte. Com alcance de até 5 quilômetros, o sistema conta com buscador ativo para rastrear o alvo, ogiva de destruição rápida e modo de rajada aérea, capaz de neutralizar múltiplos drones em uma mesma ação. Segundo a fabricante, a prioridade foi combinar eficiência operacional e economia, fatores essenciais diante da crescente proliferação de UAS nos conflitos atuais.

“O Nimbrix é a nossa resposta às ameaças aéreas não tripuladas que aumentaram nos últimos anos. É econômico, o que é crucial dada a proliferação de UAS no campo de batalha. O Nimbrix se beneficia da nossa longa experiência em defesa aérea, juntamente com uma forma ágil de responder a novas necessidades”, afirmou Stefan Öberg, chefe da unidade de negócios de Sistemas de Mísseis da Saab.

Versátil em sua aplicação, o míssil pode ser utilizado como sistema terrestre independente ou integrado a arquiteturas maiores de defesa aérea. A Saab destaca ainda que o Nimbrix possui opções de montagem flexíveis, permitindo sua instalação em diferentes tipos de veículos ou em plataformas fixas, ampliando as possibilidades de adaptação a cenários variados de combate. Essa flexibilidade, combinada ao baixo custo, possibilita a implantação de um número maior de unidades, aumentando a cobertura contra ameaças aéreas.

As primeiras entregas do Nimbrix estão previstas para 2026, e as conversas com potenciais clientes já estão em andamento. A estreia oficial para o público internacional ocorrerá durante a DSEI 2025, em Londres, entre os dias 9 e 12 de setembro, no estande da Saab (N9-105).

Com o lançamento do Nimbrix, a Saab reforça sua posição no mercado de soluções contra drones, um segmento que cresce em ritmo acelerado diante da urgência em lidar com a presença cada vez mais dominante dessas plataformas no campo de batalha contemporâneo.


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com SAAB

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