quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Passado e presente da Guerra por Nagorno Karabakh

Embora muitos estejam surpresos com o uso maciço de drones pelo Azerbaijão no atual conflito com a Armênia pela região de NK (Nagorno Karabakh), não há nada de realmente novo no conflito.

Um T-72 armênio destruído por um 'drone kamikaze' Harop. O Azerbaijão está 'usando e abusando' dos drones, muitos deles de origem israelense ou turca, nesta rodada dos conflitos, e a Armênia, pelo visto, ainda não adaptou suas táticas - esse T-72 estava numa posição fixa, o que o deixou vulnerável a ataques aéreos.

 

Vamos falar, brevemente, sobre o histórico do conflito, como ele está se desenrolando, e o que deve acontecer nos próximos dias.

Sugerimos, primeiramente, a leitura do nosso artigo A Segunda Guerra por Nagorno-Karabakh, duas semanas adentro. [1]

 

O PASSADO

As fontes [1] e [2] tem um ótimo apanhado histórico do conflito.

Armênia e Azerbaijão eram dois dos muitos países que compunham a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Tais "repúblicas", na prática, eram pouco mais que províncias russas, com autonomia bastante limitada em vários aspectos. Esse é o principal motivo pelo qual ambos os países usem, até hoje, muitos sistemas 'sovéticos' em suas FFAA (Forças Armadas).

O fato de os armênios serem, em sua maioria, da Igreja Apostólica Armênia (a Armênia foi o primeiro país a adotar o cristianismo como religião oficial) e os azeris serem, majoritariamente, muçulmanos xiitas, fez com que as relações entre os grupos fossem relativamente tensas. O fato de as origens étnicas também serem diferentes complicou ainda mais essas tensões.

A região de NK é pequena (menor que o Distrito Federal) e pouco populosa (cerca de 140 mil habitantes), de maioria étnica de armênios, há milhares de anos. Durante a permanência junto à URSS, foi colocada como parte do Azerbaijão, o que agravou ainda mais os conflitos étnicos e religiosos.

Com o colapso da URSS no final dos anos 1980 e início dos anos 1990, houve uma série de revoluções e guerras separatistas. Uma delas foi justamente por Nagorno Karabakh, quando da independência da Armênia e do Azerbaijão. Como era de se esperar, a Armênia apoiou o movimento separatista em NK.

No final do sangrento conflito, que durou entre 1988 e 1994 e causou dezenas de milhares de mortos além de mais de um milhão de refugiados, a "vitoriosa" Armênia garantiu não apenas a 'independência' de NK (que passou a se auto denominar República de Artsakh, embora não haja reconhecimento internacional), mas também o domínio de muitas áreas do Azerbaijão, criando uma 'ponte terrestre', já que a região de NK não é contígua à Armênia.

Legenda:

 
Como se pode ver no mapa, as áreas reclamadas pelo Azerbaijão são consideráveis, mesmo sem incluir NK. Os dois países se envolveram em vários conflitos menores desde então.

 

O PRESENTE

Uma coisa ficou evidente para o Azerbaijão no conflito - a região de NK, por ser bastante montanhosa, é muito mais fácil de ser defendida do que atacada, especialmente por tropas terrestres.

Pouco depois do conflito, e graças às vastas reservas petrolíferas, o Azerbaijão reconstruiu suas FFAA, dando bastante enfoque em drones (VANT, UAV), especialmente os 'drones armados' (UCAV) e 'drones suicidas' (munições  de voo persistente), principalmente de Turquia e Israel, além de outras armas de precisão israelenses, como os TBM (mísseis balísticos táticos) LORA e MLRS (lançadores múltiplos de foguetes) EXTRA, Lynx e ACCULAR.

Além da economia mais robusta, que lhe permite investir em Defesa cerca de cinco vezes mais que a Armênia, o Azerbaijão tem também uma população cerca de três vezes maior que a Armênia, o que lhe permite uma quantidade maior de pessoal.

Outro aspecto importante é que, graças à economia e população maiores que as da Armênia, o Azerbaijão está muito melhor preparado para uma guerra de atrito, ou seja, desgastar aos poucos as FFAA armênias até que essas não tenham mais capacidade de resistir às incursões azeris. Entretanto, o Azerbaijão também tem um território bem maior que da Armênia, além de ter um litoral junto ao Mar Cáspio, o que significa que boa parte dos seus recursos estão mais espalhados pelo país, além de atender às necessidades de sua Marinha. A Armênia, por não ter um litoral, também não tem Marinha.

Ambos os lados tem alianças e rivalidades com países da região - a proximidade cultural e religiosa faz com que a Rússia penda para a Armênia (mas sem se envolver diretamente), e a Turquia atue diretamente em favor do Azerbaijão. 

Ademais, a Turquia é grande consumidora do petróleo e gás do Azerbaijão, e tem rixas históricas com a Armênia, o que reforça ainda mais seu apoio, que inclui mercenários sírios.

O Irã, embora também seja um país majoritariamente muçulmano xiita, tem disputas fronteiriças com o Azerbaijão, o que o leva a pender para o lado da Armênia, embora não esteja diretamente envolvido no conflito atual.

Israel, embora seja um importante fornecedor de armas, principalmente drones (dos mais variados tipos), TBM e MLRS, também não se envolve diretamente no conflito.

Com todos os fatores acima em consideração, e sem se esquecer que, no presente, a Armênia (juntamente com NK) luta uma guerra defensiva e o Azerbaijão lute uma guerra ofensiva, vamos analisar o embate entre as duas forças.


O CAMPO DE BATALHA

Em julho de 2020, os dois países se envolveram numa das escaramuças mais graves dos últimos anos [3], então não houve surpresas quando o Azerbaijão mobilizou seus reservistas em 21/09/2020 [4], alegadamente para apenas mais um treinamento.

Entretanto, em 27/09/2020, o Azerbaijão lançou múltiplos ataques contra posições de NK [5], com uso maciço de drones, e espalhou amplamente as gravações de tais drones, alimentando a guerra de narrativas, que tem sido tão ou mais aguerrida que as batalhas reais.

Entretanto, e como explorado com mais detalhes no nosso artigo A Segunda Guerra por Nagorno-Karabakh, duas semanas adentro [1], a situação no terreno mudou muito pouco. Como nenhum dos lados conseguiu mudar a realidade no terreno, os ataques aumentaram de intensidade, com ambos os lados usando TBM e MLRS, além de artilharia convencional, contra alvos civis.

Ao que parece, o Azerbaijão estava preparado para a possibilidade, nada remota, de não conseguir avançar muito pelo terreno, e prossegue na guerra de atrito que, apesar de não mudar a situação no terreno, certamente enfraquece as forças armênias.

A seguir, as perdas da Armênia (incluem NK) e Azerbaijão, até o dia 22/10/2020.

Legenda:

  • MBT - tanque (carro de combate)
  • APC - transporte blindado de tropas
  • IFV - veículo de combate de infantaria
  • ATGM - míssil guiado antitanque
  • SP - autopropulsado
  • MP - portátil
  • MLRS - lançador múltiplo de foguetes
  • TBM - míssil balístico tático
  • SPAAG - artilharia antiaérea SP (autopropulsada)
  • SAM - míssil superfície-ar
  • ECM - sistemas de contramedidas eletrônicas
  • Alvos estratégicos - locais como depósitos de munições e bases militares

Algumas observações sobre os números acima:

  • Foram compilados a partir da referência [5], que está atualizando as informações diariamente
  • Tratam-se apenas de perdas com confirmação visual, ou seja, com fotos / vídeos que confirmem, com alto grau de certeza, que o sistema foi realmente destruído / capturado
  • Os números reais provavelmente são maiores, especialmente as perdas do Azerbaijão
  • Não é possível confiar nos dados de nenhum dos lados, pois ambos já foram pegos mentindo descaradamente em relação às perdas, tanto próprias quanto dos inimigos
As perdas mais altas da Armênia na tabela acima não significam, necessariamente, que o Azerbaijão está 'dando uma surra' - significa apenas que, principalmente graças aos drones, o Azerbaijão está documentando e divulgando melhor seus sucessos. Os números reais quase que certamente são maiores, especialmente em relação a perdas do Azerbaijão, mas não há evidência de foto / vídeo que lhes comprove.


A GUERRA AÉREA

Não é surpresa o pequeno número de aeronaves tripuladas perdidas (1 de cada lado), nem a quantidade de drones abatidos.

A Armênia praticamente não tem meios aéreos. Sua Força Aérea recebeu 4 unidades do Sukhoi Su-30SM em dezembro de 2019, mas estes provavelmente ainda não estão operacionais. Eles dispõem de 13 Sukhoi Su-25, uma excelente aeronave de ataque ao solo, mas são modelos relativamente antigos. Há uma previsão de modernização dos Su-25, mas ainda não foi realizada. Em relação a drones, a Armênia opera apenas um punhado de drones nacionais, que nem de longe se comparam aos avançados drones israelenses ou turcos do Azerbaijão. Dispõe também de aproximadamente 15 helicópteros de ataque Mil Mi-24 (parecidos com os nossos AH-2 Sabre), mas aparentemente foram pouco usados nos combates, bem como os Su-25.

Já o Azerbaijão, embora tenha uma força aérea numericamente superior, em termos qualitativos ela não está muito à frente da Armênia. Os números de Su-25 e Mi-24 são praticamente os mesmos, e os caças azeris - 5 Mig-21 e 12 Mig-29 - são bastante ultrapassados, e aparentemente não foram usados em combate, até pelo fato de a Armênia também quase não usar aeronaves em combates. Há suspeitas de que a Turquia enviou alguns de seus F-16 no conflito, mas ainda não está claro se eles realmente estiveram lá, e quais funções cumpriram, caso positivo.

Há dois motivos principais pelos quais as aeronaves tripuladas serem pouco usadas no conflito. O primeiro, já destacado acima, é o fato de as aeronaves serem antigas, com muitas limitações em termos de capacidades.

Mas o motivo principal é que ambos os lados, na melhor tradição soviética, disporem de vários meios A2AD (anti acesso / negação de área), principalmente SAM de médio e longo alcance, tanto oa mais modernos como os S-300 e Buk, como os mais antigos como o Pechora, além de SPAAG como o ZSU-23-4 Shilka.

Embora os meios A2AD de ambos os lados sejam relativamente antigos, estão presentes em grandes quantidades, o que faz com que seja perigoso tentar atacar com aeronaves tripuladas.


O ATAQUE DOS DRONES

Algo que chamou bastante a atenção, principalmente da mídia não especializada, foi o uso maciço de drones pelo Azerbaijão. Mas para quem acompanha o assunto mais de perto, esse uso foi, na verdade, o esperado - como dito antes, o Azerbaijão é um grande cliente dos avançados drones israelenses e turcos, e a alta densidade de meios A2AD armênias dificulta bastante a operação de aeronaves tripuladas.

Os armênios certamente não esperavam a onda de ataques aéreos azeris, o que pode ser claramente percebido pelo fato de muitos dos seus meios estarem entrincheirados em posições fixas. Tais posições são bastante eficientes contra inimigos em terra, especialmente em uma região montanhosa como NK, mas são extremamente vulneráveis a ataques aéreos.

Outra coisa que ficou bem evidente é que os meios A2AD armênios são muito pouco eficientes contra os drones azeris. O alto número de drones azeris abatidos se explica, em boa parte, pela característica dos drones abatidos.

8 dos drones eram 'drones suicidas' (7 Harop e 1 Orbiter), e outros 8 eram velhas aeronaves Antonov An-2 convertidas em 'drones suicidas'; apenas 1 drone armado (UCAV) Bayraktar foi abatido. [5] As forças armênias, num primeiro momento, abatiam praticamente qualquer drone ou aeronave que fosse detectada, aparentemente sem saber que se tratavam de 'drones suicidas', projetados exatamente para detectar lançamentos e transmitir as coordenadas dos SAM ou, alternativamente, mergulhar sobre os SAM e destruí-los caso eles não conseguissem destruir os drones. Isso explica também o porque de a Armênia ter perdido tantos SAM, inclusive algumas de S-300.

Cabe aqui um lembrete - o fato de os SAM armênios não conseguirem destruir os UCAV azeris não é, propriamente, um demérito aos operadores armênios ou aos seus SAM, mas uma constatação de que tais alvos são difíceis até mesmo para SAM modernos, quanto mais para os antigos que estão sendo usados nos combates.

De modo geral, os drones são pequenos, tanto fisicamente quanto em termos de 'assinatura' radar e 'de calor' (infravermelha), o faz com que seja bastante desafiador detectá-los, sejam quais forem os sensores usados.

Ademais, pelo menos um sistema ECM Repellent armênio foi destruído, o que indica que os modernos drones israelenses e turcos são bastante resistentes à interferência eletrônica, mais uma prova de que são realmente avançados.

Finalmente, pelo menos duas 'iscas' de SAM foram destruídas, indicando tanto que a Armênia sabe utilizar bem esses meios quanto a dificuldade em distinguir uma 'isca' bem feita de um sistema real, mesmo nos dias de hoje.

A Armênia dispõe de poucos drones de fabricação própria, que são consideravelmente menos avançados que os azeris, e não conseguiu muita coisa com eles.

Ou seja, o Azerbaijão 'deitou e rolou' no ar.


A GUERRA TERRESTRE

Ao contrário da guerra aérea, a Armênia sabe explorar muito bem seus meios terrestres na guerra contra os meios terrestres do Azerbaijão. O fato de a região de NK ser bastante montanhosa aumenta ainda mais a vantagem armênia.

Como é típico de regiões montanhosas, é muito difícil deslocar as forças terrestres, as poucas estradas e passagens existentes são altamente vulneráveis a ataques, e aquele que domina o terreno elevado tem grande vantagem.

Os armênios dominaram e reforçaram os pontos estratégicos da região a muito tempo, e os azeris não conseguiram desalojá-los, apesar dos sucessivos ataques de drones. Isso é um lembrete de que aeronaves são máquinas essenciais numa guerra e podem fazer muitas coisas, mas dominar o terreno não é uma delas. Somente tropas em terra podem dominar o terreno.

Desta forma, não foi muito surpreendente o fato que a Armênia conseguiu segurar praticamente todos os pontos estratégicos, perdendo apenas alguns no Sul, que é uma região menos montanhosa, portanto mais difícil de se defender. [1]

Alguns analistas, inclusive especializados, voltaram a questionar a validade dos tanques no campo de batalha. Conforme explicado no nosso artigo Pequenas e letais - a revolução das 'mini PGM' [6], as PGM ('armas inteligentes') usadas por UCAV são, de modo geral, menores e menos potentes do que as usadas por aeronaves tripuladas como o próprio Su-25 disponível a ambos os países. Isso significa que, em vários casos, as mini-PGM não foram suficientes para destruir totalmente os tanques, mas apenas danificá-los, sem matar os tripulantes.

Ou seja, como esperado, os tanques seguem sendo essenciais no campo de batalha, e sua combinação de mobilidade, proteção blindada e poder de fogo ainda não tem um substituto à altura [1].

Mas outra coisa que ficou bem clara é que a Armênia não treinou suas tropas adequadamente para enfrentar ataques aéreos. Em vários dos vídeos de ataques dos drones é possível perceber que os armênios se reuniam em grupos, a céu aberto, e com pouca ou nenhuma camuflagem contra ataques aéreos. Isso levou a que, em muitos casos, o cálculo de custo-benefício - lançar ou não uma mini-PGM que pode custar dezenas ou até centenas de milhares de dólares - era justificado pelo número de baixas que seriam causadas entre os armênios.

Cabe aqui ressaltar outro ponto - desde a Primeira Guerra Mundial, pelo menos, a maioria das baixas entre os inimigos é causada pela artilharia, de tubo ou de foguete, inclusive os morteiros. É de se esperar que neste conflito a situação seja a mesma neste sentido, mas ao contrário dos ataques de drones, muitas vezes é difícil documentar os resultados de ataques de artilharia.

Ambos os lados dispõem de grande número de sistemas de artilharia, e há vários vídeos e relatos que documentam que essas armas poderosas estão sendo essenciais no conflito.


TBM, ARMAS CLUSTER E ATAQUES CONTRA CIVIS

A guerra é sempre terrível, e a população civil raramente escapa de seus efeitos. Não é diferente neste conflito.

As armas cluster, também conhecidas como munições de dispersão, consistem em armas que atacam os alvos através da liberação de uma grande quantidade de submunições. Embora o poder destrutivo contra alvos fortificados seja menor do que uma carga unitária de peso equivalente, as armas cluster cobrem uma área muito maior, e seus efeitos antipessoais são consideravelmente maiores.

O grande número de vítimas civis em guerras, mais o desenvolvimento das PGM, levou a que fosse assinada, em 2008, a Convenção sobre Munições de Dispersão [7], que visa à erradicação de tais armas. Entretanto, o número de países que aderiram à convenção é relativamente baixo, com apenas 109 países já tendo implementado suas regras. Os países mais diretamente envolvidos no conflito - Armênia, Azerbaijão, Irã, Israel, Rússia e Turquia - não estão entre os signatários, o que significa que, apesar de seus efeitos terríveis, o uso de tais armas no conflito não é ilegal.

O que é ilegal, e que foi feito pelos dois lados, é atacar, deliberadamente, alvos civis. Além dos ataques usando MLRS (muitos dos quais empregando munições cluster), alvos civis também foram atacados por TBM.

Os TBM estão entre as armas mais poderosas no campo de batalha, unindo grande alcance, pesadas cargas e dificuldade em seu abate. Armênia e Azerbaijão são países relativamente pequenos, com a Armênia sendo menor que o Alagoas e o Azerbaijão menor que Santa Catarina, e os TBM de um têm alcance mais que suficiente para cobrir todo o território do outro.

Alguns TBM foram também usados nos ataques contra civis. Estima-se que metade dos habitantes de NK já são refugiados desta guerra. [8]


O FUTURO E CONCLUSÃO

Infelizmente, é pouco provável que haja uma solução diplomática para este conflito.

Embora tenham ocorrido tentativas de solucionar a guerra por meios diplomáticos, e também de cessar-fogo, não há sinais de que a guerra vá acabar tão cedo. A guerra de informações prossegue a todo vapor, embora a situação no terreno tenha mudado muito pouco.

Fica aqui nossa torcida para que o conflito seja encerrado o mais breve possível, pois a população civil, como sempre, está sofrendo terrivelmente com a guerra.


REFERÊNCIAS

[1] http://www.gbnnews.com.br/2020/10/a-segunda-guerra-por-nagorno-karabakh.html

[2] https://thepoliticalroom.com/equilibrio-de-poder-e-historia-entre-armenia-y-azebaiyan/

[3] https://carnegieendowment.org/2020/07/22/behind-flare-up-along-armenia-azerbaijan-border-pub-82345

[4] https://menafn.com/1100829783/Reservists-in-Azerbaijan-are-called-for-military-training

[5] https://www.oryxspioenkop.com/2020/09/the-fight-for-nagorno-karabakh.html

[6] http://www.gbnnews.com.br/2020/07/pequenas-e-letais-revolucao-das-mini-pgm.html

[7] https://www.icrc.org/en/document/2008-convention-cluster-munitions

[8] https://www.bbc.com/news/world-europe-54488386


 Renato Henrique Marçal de Oliveira é químico e trabalha na Embrapa com pesquisas sobre gases de efeito estufa. Entusiasta e estudioso de assuntos militares desde os 10 anos de idade, escreve principalmente sobre armas leves, aviação militar e as IDF (Forças de Defesa de Israel).

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1 comentários:

 

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