Nesta sábado (23), uma nova escalada de tensões ocorreu no Mar da China Meridional, quando navios de abastecimento das Filipinas foram confrontados pela guarda costeira chinesa durante uma tentativa de reabastecer tropas filipinas em um posto avançado na região. O incidente, que ocorreu próximo ao navio encalhado intencionalmente "Sierra Madre", resultou em danos a uma embarcação filipina após ser alvo de um canhão de água utilizado pelas autoridades chinesas.
Segundo relatos das autoridades filipinas, um navio da guarda costeira chinesa, acompanhado por dois navios da milícia marítima chinesa, "cercou" e "impediu" um dos navios filipinos, enquanto este tentava realizar a operação de abastecimento. Essas ações foram descritas como "irresponsáveis" e "provocativas" pelas autoridades filipinas, que também afirmaram que tais manobras desrespeitaram as normas internacionais de navegação.
Não é a primeira vez que incidentes desse tipo ocorrem na região. Em um episódio anterior, marinheiros filipinos ficaram feridos e embarcações foram danificadas durante um confronto similar. Desta vez, felizmente, não houve relatos de feridos. Os Estados Unidos e o Japão prontamente expressaram apoio às Filipinas e condenaram as ações da China, destacando a importância de manter a estabilidade e a segurança na região.
Por sua vez, a China defendeu suas ações, afirmando que os navios filipinos invadiram suas águas territoriais, ignorando os avisos repetidos. A disputa no Mar da China Meridional é um dos pontos de tensão geopolítica mais significativos na região, com vários países competindo pelo domínio e recursos. A construção de ilhas artificiais pela China na área, além de outras atividades militares, tem sido motivo de preocupação e controvérsia.
A decisão de 2016 do Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia, que negou as reivindicações abrangentes da China sobre as águas disputadas, destaca a complexidade e a sensibilidade das disputas territoriais na região. Enquanto as Filipinas buscam manter suas reivindicações territoriais, a presença e as ações da China continuam a desafiar a estabilidade regional.
GBN Defense - A informação começa aqui
Com AFP, Reuters e DW
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