A tensão entre a Ucrânia e a Rússia atingiu um novo patamar com a mais recente alegação de ataque bem-sucedido à Frota Russa do Mar Negro (RBNF). Em 26 de março, autoridades ucranianas anunciaram que o navio de desembarque Konstantin Olshansky foi atingido por um míssil Neptune.
Falando a imprensa, o porta-voz da Marinha Ucraniana, Dmytro Pletenchuk, informou que os danos ao navio ainda estavam sendo avaliados. Este ataque marca mais um capítulo na escalada de conflitos que tem assolado a região.
O Konstantin Olshansky, construído em 1985 e transferido para a Marinha Ucraniana em 1996, tornou-se um símbolo do conflito entre Ucrânia e Rússia desde sua captura pelas forças russas durante a anexação da Crimeia em 2014. Segundo Pletenchuk, a decisão de atacar o navio com um míssil Neptune foi motivada pelo fato de que ele deveria ser utilizado pela Ucrânia.
Este último ataque ocorreu em 23 de março, no mesmo dia em que dois outros navios de desembarque russos da classe Ropucha, Yamal e Azov, além do navio russo de coleta de inteligência (SIGINT) Ivan Khurs, foram atingidos e não seriam capazes de realizar missões de combate num futuro próximo, conforme relatado pelo porta-voz ucraniano. Além dos navios, infraestruturas da Frota do Mar Negro na Crimeia e um centro de comunicação militar russo também foram alvos do ataque.
As forças ucranianas têm intensificado seus ataques contra alvos da Frota Russa do Mar Negro na Crimeia ocupada, forçando as tropas russas a redistribuírem-se para águas consideradas mais seguras. O Centro de Comunicações Estratégicas das Forças Armadas da Ucrânia divulgou recentemente que 33% dos navios de guerra da frota russa foram desativados, sinalizando um impacto significativo nas capacidades navais russas na região.
Este mais recente confronto destaca a persistente instabilidade na região do Mar Negro, com a Ucrânia buscando minar as capacidades navais russas enquanto o conflito entre os dois países persiste. Os esforços ucranianos para neutralizar os navios de desembarque russos, que servem como principal via de abastecimento de equipamentos e munições às tropas russas na região, demonstram a determinação do país em enfrentar a presença militar russa em suas fronteiras.
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