quarta-feira, 2 de julho de 2025

Orçamento militar dos EUA atinge recorde com foco em dissuasão contra China e modernização de capacidades estratégicas

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O Departamento de Defesa dos Estados Unidos apresentou sua proposta orçamentária para o ano fiscal de 2026, solicitando um valor histórico de US$ 961,6 bilhões. Trata-se do maior orçamento militar da história americana, refletindo uma transformação profunda na estratégia de defesa dos EUA. A mudança é impulsionada, principalmente, pela crescente preocupação com a postura militar da China, pela necessidade de modernizar a base industrial de defesa e pela urgência em preparar as Forças Armadas para enfrentar ameaças emergentes em múltiplos domínios, terra, mar, ar, espaço e ciberespaço.

Entre as prioridades do novo orçamento estão o desenvolvimento de armas hipersônicas, a modernização da tríade nuclear, o reforço da capacidade de alerta antecipado espacial e uma nova abordagem para o poder aéreo tático e estratégico. O orçamento também prevê investimentos expressivos em defesa cibernética, produção de munições e melhorias na infraestrutura de estaleiros navais.

Hipersônicos, dissuasão e o "Golden Dome"

O Pentágono destinará US$ 3,9 bilhões ao desenvolvimento de armas hipersônicas, com foco em projetos como a Arma Hipersônica de Longo Alcance (LRHW) do Exército e os novos veículos planadores hipersônicos da Marinha, integrados aos submarinos da classe Virginia. Por outro lado, a Força Aérea encerrou o problemático programa AGM-183 ARRW após sucessivos fracassos em testes, devendo concentrar recursos em projetos mais promissores dentro do ecossistema NGAD (Next Generation Air Dominance).

Outra grande iniciativa é o Golden Dome for America, um sistema de defesa antimísseis de última geração com orçamento inicial de US$ 25 bilhões. Inspirado em modelos de defesa multicamadas, o programa pretende integrar sensores e interceptadores terrestres, aéreos, navais e espaciais para proteger o território americano contra ameaças como mísseis balísticos, veículos hipersônicos e mísseis de cruzeiro avançados. A meta é atingir capacidade operacional inicial entre 5 e 10 anos.

Em linha com essa nova doutrina de defesa aérea, o Pentágono cancelou o programa E-7 Wedgetail, alegando preocupações com a sobrevivência de aeronaves de alerta antecipado tripuladas em cenários de alta ameaça. Os recursos serão redirecionados para sistemas de vigilância espacial.

Corte de F-35, aposta no F-15EX e avanço do NGAD

O orçamento de 2026 também traz ajustes significativos nas aquisições de aeronaves. O número de caças F-35A Lightning II a ser adquirido pela Força Aérea caiu de 74 para 47 unidades, em parte devido aos altos custos de manutenção e à necessidade de garantir a disponibilidade operacional da frota atual.

Por outro lado, o F-15EX Eagle II, uma versão atualizada de quarta geração do clássico F-15, receberá US$ 3,1 bilhões para a compra de até 24 unidades. O objetivo é reforçar a capacidade de combate a curto prazo com aeronaves de manutenção mais acessível.

Enquanto isso, o programa Next Generation Air Dominance (NGAD), futuro caça de sexta geração da Força Aérea, terá US$ 3,5 bilhões para avançar no desenvolvimento de protótipos. Em contraste, o projeto F/A-XX da Marinha, seu equivalente naval, receberá apenas US$ 74 milhões, limitando-se a trabalhos preliminares de design.

Modernização da tríade nuclear e expansão da frota naval

O Pentágono reservou US$ 60 bilhões para a modernização da tríade nuclear, com destaque para o desenvolvimento do ICBM LGM-35A Sentinel, a produção do bombardeiro furtivo B-21 Raider e a construção de submarinos de mísseis balísticos da classe Columbia.

A Marinha receberá US$ 47,4 bilhões para a construção de 19 novos navios, incluindo submarinos da classe Virginia, destróieres Arleigh Burke e embarcações anfíbias. A maior parte dessas embarcações será financiada por meio de pacotes de reconciliação orçamentária no Congresso, enquanto apenas três navios terão financiamento direto no orçamento base.

O orçamento também prevê US$ 2,5 bilhões para modernizar os quatro principais estaleiros navais públicos dos EUA, cuja idade média ultrapassa os 100 anos. Melhorias na infraestrutura são vistas como fundamentais para reduzir atrasos em manutenções e acelerar a produção de submarinos e outros navios.

Reformas no Exército e investimento em munições

O Exército americano passa por uma transformação estrutural. O orçamento de 2026 encerra diversos programas legados, como o tanque leve M10 Booker, os drones Grey Eagle, os veículos táticos leves JLTV e o programa de motores ITEP. Os recursos liberados, cerca de US$ 6 bilhões, serão redirecionados para o fortalecimento das capacidades de fogo de longo alcance, guerra multidomínio e redes de comunicação.

O Exército também receberá US$ 8,9 bilhões para ampliar suas capacidades de ataque de precisão e para munições inteligentes, além de reforçar cinco equipes de combate de brigada com novas armas e sensores.

Diante do cenário global de conflitos e tensões, o Pentágono também planeja investir US$ 6,5 bilhões para ampliar a produção de munições convencionais e manter os estoques em níveis adequados para um eventual conflito prolongado.

Defesa cibernética e infraestrutura industrial

Com a guerra cibernética ganhando relevância, o orçamento prevê US$ 15,1 bilhões para fortalecer a segurança das redes militares e ampliar as capacidades ofensivas e defensivas no ciberespaço. O plano inclui o uso de inteligência artificial para proteção das redes e a modernização de centros de comando digital.

Além disso, US$ 3,8 bilhões serão investidos na expansão da capacidade industrial de defesa e na resolução de gargalos logísticos, reduzindo a dependência de fornecedores estrangeiros para materiais estratégicos.

Considerações finais

O projeto de orçamento militar para 2026 sinaliza uma mudança de paradigma: os EUA estão deixando de lado programas legados e apostando pesado em tecnologias emergentes para enfrentar a competição estratégica com a China e outras potências. O foco em armas hipersônicas, defesa espacial, modernização nuclear e eficiência logística mostra que o Pentágono está se preparando para um novo tipo de guerra – mais tecnológica, rápida e multidomínio.

Ainda resta a aprovação final do Congresso, que poderá ajustar algumas das propostas. Mas o recado do Departamento de Defesa é claro: os EUA querem manter sua superioridade militar em todas as frentes nos próximos anos.


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Austrália testa lançamento de míssil AIM-9X Sidewinder a partir de veículo Hawkei 4x4 integrado ao NASAMS

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O Ministério da Defesa da Austrália anunciou um marco inédito em suas capacidades de defesa aérea de curto alcance: o teste bem-sucedido de disparo de um míssil AIM-9X Sidewinder a partir de um veículo tático Hawkei 4x4, configurado no modelo picape e integrado ao sistema de defesa aérea NASAMS (Norwegian Advanced Surface to Air Missile System).

Com essa iniciativa, a Austrália se tornou o primeiro país usuário do NASAMS a empregar uma unidade lançadora completamente móvel para o AIM-9X, enquanto outras nações operam o míssil a partir de lançadores rebocados. O veículo Hawkei também é capaz de lançar mísseis AIM-120 AMRAAM, ampliando sua flexibilidade em missões de defesa aérea.

O teste envolveu um lançador de estrutura aberta, desenvolvido para integrar os sensores e o sistema de comando e controle do NASAMS. Segundo o Ministério da Defesa australiano, a escolha do AIM-9X oferece uma resposta altamente eficaz contra ameaças em baixas altitudes e curtas distâncias, devido ao avançado buscador infravermelho (IIR) e à grande capacidade de manobra do míssil. Essa nova capacidade complementa o AIM-120 AMRAAM, que, por ser guiado por radar ativo, é mais indicado para alvos a médias distâncias.

O AIM-9X representa a versão mais moderna da tradicional família de mísseis ar-ar de curto alcance Sidewinder. Entre suas principais melhorias estão o sistema de busca por imagem infravermelha (IIR), que garante maior precisão contra alvos de difícil detecção, e o controle de voo com vetorização de empuxo, que amplia a manobrabilidade. Quando lançado de plataformas terrestres, o míssil pode alcançar distâncias superiores a 10 quilômetros.

A adoção desse conceito por parte da Austrália acompanha uma tendência observada também nos Estados Unidos. O Exército norte-americano está adquirindo o AIM-9X para instalação no sistema Leidos Enduring Shield, que prevê lançadores paletizados capazes de carregar até 18 mísseis para defesa de bases militares. Além disso, discussões estão em andamento sobre o desenvolvimento de um novo míssil de “tamanho AIM-9X e alcance AIM-120”, visando atender futuras demandas operacionais.

O sucesso dos testes com o Hawkei 4x4 reforça a estratégia australiana de investir em soluções móveis, flexíveis e adaptáveis ao seu ambiente operacional, ampliando as camadas de defesa aérea e fortalecendo a proteção de seu espaço aéreo contra ameaças de múltiplos vetores.


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SAS fecha maior encomenda de jatos desde 1996 com aquisição de 45 E195-E2 da Embraer

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A Scandinavian Airlines (SAS) anunciou a compra de 45 jatos Embraer E195-E2, com direitos de aquisição para outras 10 aeronaves adicionais. Este é o maior pedido de aeronaves feito pela companhia diretamente a um fabricante desde 1996, marcando um passo decisivo na estratégia de renovação de frota da SAS, com foco em eficiência operacional, redução de emissões e expansão de sua malha aérea a partir do hub global em Copenhague, na Dinamarca.

As primeiras entregas estão previstas para o final de 2027, com recebimentos escalonados ao longo de quatro anos. O valor estimado da encomenda, sem considerar os direitos de compra, é de aproximadamente US$ 4 bilhões.

O CEO da SAS, Anko van der Werff, destacou que a escolha pelo E195-E2 se deu após uma análise criteriosa das necessidades operacionais da companhia. Segundo ele, o modelo da Embraer reúne desempenho, economia de combustível e conforto, sendo ideal para fortalecer as operações da empresa tanto na Escandinávia quanto em outros mercados europeus. O executivo ressaltou ainda que o investimento representa um voto de confiança no futuro da companhia e no crescimento sustentável.

A aquisição dos E195-E2 permitirá à SAS otimizar suas operações, aumentando frequências de voo e flexibilizando a malha aérea com menores custos por viagem. Além disso, a companhia ampliará a conectividade entre centros regionais e destinos internacionais, impulsionando sua capacidade de resposta à demanda de passageiros.

A sustentabilidade é um dos pilares desta renovação de frota. O E195-E2 é certificado para operar com até 50% de Combustível Sustentável de Aviação (SAF) e já demonstrou capacidade de voar com 100% de SAF em testes. Em comparação com jatos da geração anterior, o modelo consome 29% menos combustível e apresenta uma redução de 62% na emissão de ruído. Equipado com motores Pratt & Whitney PW1900G, o E195-E2 oferece melhorias significativas em eficiência energética e desempenho ambiental.

Para a Embraer, o acordo fortalece a posição da empresa brasileira como referência global no segmento de jatos regionais de até 150 assentos. Arjan Meijer, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial, destacou que o E2 é atualmente o jato de corredor único mais silencioso e eficiente do mundo, sendo uma escolha estratégica para companhias que buscam reduzir custos operacionais e a pegada ambiental.

A operação contou com o apoio da Skyworks Holding e representa um passo importante na transformação da SAS, que segue focada em modernizar sua frota, melhorar a experiência de seus passageiros e fortalecer sua malha aérea global. Recentemente, a companhia foi classificada como a mais pontual do mundo, ocupando o primeiro lugar entre 660 companhias aéreas avaliadas pela Cirium, em maio de 2025.


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Paraguai recebe primeiros A-29 Super Tucano e dá passo histórico na modernização de sua Força Aérea

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A Força Aérea Paraguaia (FAP) recebeu na última segunda-feira (30) suas primeiras quatro aeronaves A-29 Super Tucano, fabricadas pela Embraer, em uma cerimônia realizada na Base Aérea Silvio Pettirossi, nas proximidades da capital, Assunção. O evento contou com a presença de autoridades civis e militares de alto escalão, incluindo o Presidente do Paraguai, Santiago Peña, o Vice-Presidente Pedro Alliana, o Ministro da Defesa Nacional, General de Exército Óscar González, e o Comandante da Força Aérea Paraguaia, General do Ar Júlio Fullaondo.

A aquisição faz parte de um contrato para um total de seis unidades do Super Tucano, considerado um dos aviões de ataque leve e treinamento avançado mais versáteis e eficazes do mundo.

Durante a cerimônia, o General Fullaondo destacou a relevância histórica da chegada das aeronaves: Os A-29 entregues ao Paraguai são os mais modernos do mundo em seu gênero. Representam a aquisição de defesa mais importante dos últimos 38 anos para o nosso país. Eles ampliam nossa capacidade de vigilância do espaço aéreo e de resposta a desafios emergentes. É um investimento estratégico na nossa segurança, soberania e desenvolvimento sustentável, e não apenas uma despesa.”

O Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança, Bosco da Costa Junior, também celebrou a entrega: É uma enorme satisfação entregar as primeiras quatro aeronaves A-29 Super Tucano à Força Aérea Paraguaia. Trata-se de uma aeronave consagrada internacionalmente pela sua flexibilidade, capacidade de ataque leve, treinamento avançado e múltiplas missões. Temos certeza de que ela atenderá plenamente as necessidades presentes e futuras da FAP.”

O A-29 Super Tucano é reconhecido mundialmente por sua capacidade multimissão, sendo ideal para tarefas como treinamento de pilotos, patrulha aérea, apoio aéreo aproximado, interdição, reconhecimento armado e vigilância de fronteiras. A aeronave possui sistemas aviônicos de última geração, sensores de precisão, além de uma estrutura robusta, capaz de operar em ambientes hostis, incluindo pistas não pavimentadas e com infraestrutura mínima.

Outro diferencial é o baixo custo operacional e os requisitos de manutenção reduzidos, que garantem altos níveis de disponibilidade e confiabilidade, fatores importantes para forças aéreas que operam em regiões de difícil acesso, como a do Paraguai.

Recentemente, o Super Tucano alcançou a expressiva marca de 600 mil horas de voo, consolidando sua trajetória de sucesso e comprovada eficiência. Atualmente, a aeronave é utilizada por 22 forças aéreas ao redor do mundo, incluindo os Estados Unidos e diversos países da América Latina, África e Ásia.

A entrega das aeronaves representa um marco na modernização da defesa aérea paraguaia, reforçando a presença da Embraer no cenário internacional e comprovando a liderança brasileira no setor de defesa aeroespacial.


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Comandante do Exército visita o Comando Militar do Norte em preparação para a COP 30

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Em um gesto de liderança e comprometimento com a segurança nacional, o Comandante do Exército Brasileiro, General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, realizou, no último dia 30 de junho, uma visita institucional ao Comando Militar do Norte (CMN), com foco especial nos preparativos para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que acontecerá em novembro, na capital paraense.

Durante a inspeção, o General Tomás teve a oportunidade de conhecer de perto as ações em curso, os meios disponíveis e a estrutura das tropas subordinadas ao CMN, com atenção especial à segurança, logística e ao nível de prontidão das unidades operacionais que terão papel estratégico na proteção do evento, considerado o maior fórum global sobre mudanças climáticas.

A visita incluiu uma formatura com aproximadamente 800 militares da Guarnição de Belém, momento em que o Comandante reforçou o espírito de corpo e destacou o papel central que o CMN desempenhará nos próximos meses.

É uma honra muito grande para o Comandante do Exército ver essa tropa vibrando. É a maior resposta que um Comandante pode ter. Daqui a pouco tempo o Comando Militar do Norte vai ser o centro de gravidade do mundo, com a responsabilidade de garantir parte das ações da COP 30, afirmou o General Tomás.

Além da inspeção em Belém, a comitiva seguiu viagem para outras localidades estratégicas da região Norte, como Tiriós, no município de Oriximiná (PA), Clevelândia do Norte, no Oiapoque (AP), e Vila Brasil (AP). Nessas áreas, o General acompanhou de perto o trabalho das tropas que atuam na vigilância de fronteiras, no combate a ilícitos transfronteiriços, tráfico de drogas, crimes ambientais e garimpo ilegal, além de verificar o apoio logístico às operações de desintrusão de terras indígenas.

A visita reforça o papel fundamental do Exército Brasileiro na defesa da Amazônia, na garantia da lei e da ordem e na preparação logística e operacional para garantir a segurança de um evento de repercussão mundial como a COP 30.


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com Exército Brasileiro

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Silêncio Inoportuno: Omissão diplomática afasta o Brasil de aliados estratégicos

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Em meio à instabilidade no Oriente Médio, onde nações como Israel exercem seu direito legítimo de defesa contra ameaças existenciais, a comunidade internacional espera clareza de seus membros. Países democráticos agem em coordenação para conter a proliferação do terrorismo e garantir a segurança regional, objetivos que refletem valores de sociedades livres no espectro da ordem internacional. Neste cenário, o silêncio estratégico do Brasil não se mostra como neutralidade, mas omissão perigosa que mina sua credibilidade como parceiro global.
O governo brasileiro, ao abster-se de condenar não apenas ações terroristas, mas também o acelerado avanço do programa nuclear iraniano, que viola múltiplas resoluções do Conselho de Segurança da ONU, compromete sua retórica de defesa da paz. A comunidade internacional reconhece que a desnuclearização do Irã não é uma questão política, mas um imperativo de segurança coletiva. Ignorar este risco sistêmico, enquanto Israel e aliados lutam para conter ameaças imediatas, é falhar na compreensão das verdadeiras fontes de instabilidade regional e global.
A insistência do Itamaraty em posicionar-se como "equidistante" entre aliados estratégicos do Ocidente e regimes que desafiam a ordem nuclear internacional revela um grave erro de cálculo ou uma forma de tomar posição de forma silenciosa. Enquanto potências como os EUA e Israel defendem valores compartilhados com o Brasil como liberdade, segurança coletiva e respeito às instituições, a reticência brasileira isola o país de parceiros naturais. Esta falsa neutralidade, além de fragilizar nossa inserção internacional, ignora que em conflitos desta magnitude, não tomar partido pela ordem democrática é, implicitamente, enfraquecê-la.
Ademais, as declarações do assessor internacional Celso Amorim sugerindo risco de uma "Terceira Guerra Mundial" são não apenas desproporcionais, mas geopolítica e historicamente imprecisas. O verdadeiro perigo sistêmico reside na proliferação nuclear por atores não responsáveis, não em conflitos convencionais. Enquanto o Irã avança em seu programa balístico e enriquece urânio em níveis incompatíveis com usos civis, especulações sobre guerras mundiais desviam a atenção da ameaça tangível: um arsenal nuclear nas mãos de um regime que financia grupos terroristas armados e nega o direito à existência de Estados vizinhos.
O Brasil possui tradição diplomática demasiado valiosa para desperdiçá-la em silêncios cúmplices ou alarmismos vazios. Este é o momento de reafirmar nosso alinhamento com parceiros que defendem a ordem democrática internacional, apoiando explicitamente a desnuclearização verificável e a necessidade de ações militares contra o Irã como condição para a segurança global. A credibilidade exige condenar tanto o terrorismo quanto os programas que ameaçam a não-proliferação, principal pilar da paz desde 1945. Neutralidade diante deste duplo desafio não é opção – é abdicação moral.
O caminho para a relevância global não passa pela neutralidade cúmplice ou ilusória, mas pela coragem de nomear ameaças e estar ao lado daqueles que garantem a estabilidade do sistema internacional. A credibilidade do Brasil exige este reposicionamento urgente.
 
Por Márcio Coimbra é CEO da Casa Política e Presidente-Executivo do Instituto Monitor da Democracia. Conselheiro da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais. Cientista Político, mestre em Ação Política pela Universidad Rey Juan Carlos. Ex-Diretor da Apex-Brasil e do Senado Federal.
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BAE Systems fecha contrato de US$ 1,2 bilhão para fornecer satélites de alerta e rastreamento de mísseis à Força Espacial dos EUA

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A BAE Systems firmou um contrato de US$ 1,2 bilhão com o Space Systems Command, órgão da Força Espacial dos Estados Unidos (U.S. Space Force), para o fornecimento de 10 satélites de alerta e rastreamento de mísseis. O projeto integra o programa Resilient Missile Warning & Tracking (RMWT) – Medium Earth Orbit (MEO) Epoch 2, voltado a reforçar as capacidades espaciais de detecção e resposta a ameaças balísticas e hipersônicas.

O cronograma prevê a entrega dos satélites nos próximos quatro anos, além de um período adicional de cinco anos de operações e suporte. A BAE Systems será a contratada principal, responsável não apenas pelo desenvolvimento dos veículos espaciais, mas também pela implementação de um sistema terrestre de comando, controle e gerenciamento da constelação.

De acordo com Thai Sheridan, vice-presidente e gerente-geral de Espaço Militar da divisão Space & Mission Systems da BAE Systems, o projeto consolida a expertise da empresa em programas integrados de defesa espacial.

Esse projeto reforça nossa capacidade de oferecer soluções completas e acessíveis, unindo o desenvolvimento de cargas úteis e plataformas com a gestão de operações terrestres e manutenção”, destacou.

Cada satélite será equipado com sensores eletro-ópticos e infravermelhos de alta performance, além de sistemas de comunicação avançados e crosslinks, que permitirão o intercâmbio de dados entre os satélites em órbita. A operação das cargas será baseada na plataforma Trek, uma evolução da linha Elevation da BAE Systems, projetada para oferecer flexibilidade de integração, melhor controle de atitude e comunicações seguras.

O objetivo central do programa é garantir alerta precoce e rastreamento de ameaças em tempo real, melhorando a integração com os sistemas de defesa antimísseis atualmente em operação. O novo contrato amplia a presença da BAE Systems no portfólio espacial do Departamento de Defesa dos EUA. Em paralelo, a empresa já havia sido escolhida este ano para fornecer um novo sistema de comando e controle de satélites dentro do programa Future Operationally Resilient Ground Evolution (FORGE) da própria Força Espacial.

A iniciativa reforça o papel da BAE Systems como fornecedora estratégica de soluções de vigilância e defesa espacial, contribuindo diretamente para a segurança nacional dos Estados Unidos e para a resiliência das operações espaciais governamentais.


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com And,All

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Embraer fecha contrato de manutenção com CommuteAir e inaugura novas instalações em Fort Worth, Texas

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A brasileira Embraer, líder global na indústria aeroespacial, anunciou hoje a assinatura de um novo contrato de serviços de manutenção, reparo e revisão (MRO) com a companhia aérea norte-americana CommuteAir. O acordo contempla o atendimento das aeronaves Embraer que operam na frota da CommuteAir, por meio das novas instalações dedicadas à aviação comercial inauguradas no Aeroporto Perot Field Alliance, em Fort Worth, Texas.

Segundo Lon Ziegler, Vice-Presidente de Operações Técnicas da CommuteAir, a parceria fortalece a relação entre as duas empresas:

Estamos satisfeitos em ampliar nosso relacionamento com a Embraer, iniciando com a manutenção pesada das fuselagens nas novas instalações em Fort Worth. Trabalhar diretamente com o fabricante das aeronaves é fundamental para garantir a máxima confiabilidade para nossa frota de ERJ145.”

Para a Embraer, o contrato representa um passo importante para ampliar sua atuação no mercado americano. Frank Stevens, Vice-Presidente de Serviços de MRO da Embraer Serviços & Suporte, afirmou:

Este contrato com a CommuteAir é um marco para a Embraer. Estamos comprometidos em fornecer o melhor suporte para a companhia aérea, reduzindo o tempo que suas aeronaves ficam em solo. Temos uma relação duradoura com a CommuteAir e este acordo inaugura um novo capítulo com as operações no Aeroporto Perot Field Alliance.”

A Embraer iniciou suas operações em um hangar existente na última terça-feira, em parceria com a Cidade de Fort Worth e o Estado do Texas. A construção de um segundo hangar já está em andamento e deve ser concluída até 2027. Com essas novas instalações, a capacidade de atendimento da Embraer nos Estados Unidos deve crescer em aproximadamente 53%, reforçando sua presença no maior mercado aeronáutico do mundo.

A CommuteAir, parceira da United Express, opera diariamente mais de 200 voos com 59 jatos Embraer ERJ145, conectando comunidades em todo o mundo para a United Airlines. A empresa também realiza serviços de fretamento com um Embraer E170 sob sua própria marca. Com sede na região metropolitana de Cleveland, a CommuteAir possui operações em importantes hubs, como os aeroportos de Houston Intercontinental e Washington Dulles, além de hangares de manutenção em Houston, Texas, e Albany, Nova York.

Fundada em 1969, a Embraer é uma referência mundial na fabricação de aeronaves comerciais, executivas, de defesa e agrícolas, além de prestar serviços e suporte pós-venda por meio de uma ampla rede global. A empresa já entregou mais de 9.000 aeronaves e tem um jato fabricado decolando a cada 10 segundos, transportando mais de 150 milhões de passageiros por ano.

Líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos, a Embraer é também a principal exportadora brasileira de bens de alto valor agregado, com unidades industriais, escritórios, centros de serviços e distribuição de peças espalhados pelas Américas, África, Ásia e Europa.


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Saab inaugura primeiro Centro Digital de Gerenciamento de Pátio da América Latina no Aeroporto Internacional de Lima

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A Saab, empresa global líder em defesa e segurança, acaba de consolidar mais um marco tecnológico na América Latina com a inauguração do primeiro Centro Digital de Gerenciamento de Pátio da região. O sistema, instalado no Aeroporto Internacional Jorge Chávez, em Lima, no Peru, entrou oficialmente em operação no dia 1º de junho de 2025, sendo operado pela DFS Aviation Services GmbH, com equipamentos e tecnologia fornecidos pela multinacional sueca.

O projeto oferece ao operador aeroportuário Lima Airport Partners (LAP) uma solução de última geração para o monitoramento e o gerenciamento de todas as operações em solo. O novo Centro Digital integra de forma inovadora um conjunto de tecnologias de vigilância e comunicação, como sensores ADS-B para rastreamento de aeronaves na superfície, o sistema Autobahn para gestão de tráfego em solo, o sistema TactiCall para integração de comunicações de voz, além de Torres Digitais equipadas com câmeras de alta definição, que proporcionam uma visualização completa e em tempo real de todas as movimentações no pátio do aeroporto.

Segundo Sergio Martins, Diretor de Gerenciamento de Tráfego Aéreo da Saab para América Latina e Caribe, a implementação em Lima representa um avanço histórico para a região. “Esse é um momento único para o futuro da gestão de operações aeroportuárias na América Latina e Caribe. Com o Centro Digital de Gerenciamento de Pátio implementado em Lima, a região agora conta com o que há de mais avançado em gerenciamento de superfície nos aeroportos”, afirmou.

A relevância da iniciativa é reconhecida também em documentos internacionais. O relatório final da 22ª reunião do GREPECAS (Grupo Regional de Planejamento da Organização da Aviação Civil Internacional - ICAO) aponta a falta de serviços e sistemas adequados de gestão de pátio como um dos principais gargalos operacionais nos aeroportos da América Central, América do Sul e Caribe. O documento recomenda, inclusive, a adoção de soluções específicas de gerenciamento de pátio e vigilância de superfície, como a agora implementada em Lima, como alternativa mais eficiente ao modelo europeu de Airport Collaborative Decision Making (A-CDM).

O primeiro voo operado sob o novo sistema foi o IB121 da Iberia, vindo de Madri, que pousou às 13h06 (horário local) no dia da inauguração. Para Turgay Kircar, diretor de Operações da LAP, a entrada em operação do Centro Digital é um divisor de águas para a infraestrutura aeroportuária peruana. “Esse é um marco significativo para as nossas operações em Lima e, sem dúvida, contribuirá para tornar o aeroporto mais eficiente, em alinhamento aos principais terminais do mundo que já utilizam essa tecnologia de ponta. Buscamos constantemente a colaboração com nossos parceiros e, por meio do trabalho conjunto com a Saab, estamos avançando na consolidação do Aeroporto de Lima na liderança do movimento de modernização, tão necessário no setor de aviação”, destacou.

Além da inovação tecnológica, a implementação também representa uma mudança de paradigma na gestão aeroportuária da região. De acordo com a regulação europeia EASA 2020/1234, a gestão do pátio pode ser realizada pelos operadores aeroportuários, sem interferência no controle de tráfego aéreo ou nas operações das companhias aéreas. Sergio Martins, da Saab, ressaltou que a adoção deste modelo pela LAP demonstra como a região pode avançar com soluções adaptadas à sua realidade operacional. “Pela primeira vez, temos uma solução que integra tecnologia de vigilância, automação e gestão colaborativa, adaptada às necessidades específicas da América Latina. Com essa iniciativa, a Saab inicia uma transformação profunda no mercado de operações em solo nos aeroportos da região”, concluiu.

A Saab reafirma, com essa entrega, seu compromisso com a inovação e o desenvolvimento de soluções que contribuam para a modernização da infraestrutura aeroportuária da América Latina, levando segurança, eficiência e tecnologia de ponta ao setor de aviação civil.


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Exército Brasileiro celebra o Dia das Mídias Sociais com foco em aproximação, transparência e engajamento

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No mundo contemporâneo, a comunicação em tempo real tornou-se uma das principais formas de interação entre instituições e a sociedade. Neste contexto, o Exército Brasileiro celebrou nesta segunda-feira (30) o Dia das Mídias Sociais, uma data que reconhece o impacto transformador das plataformas digitais na construção de pontes com o público.

O Social Media Day, como é conhecido internacionalmente, destaca a importância das redes como canais de diálogo, escuta ativa e prestação de contas, reforçando o princípio da publicidade na administração pública. Mais do que divulgar ações, o Exército utiliza suas mídias sociais como uma ferramenta de transparência e integração, mostrando o trabalho diário dos homens e mulheres que servem ao País com dedicação e profissionalismo.

Presença digital com propósito

A trajetória digital do Exército teve início em 2009, com a abertura de seu canal no YouTube, voltado para conteúdos audiovisuais que permitiam uma visão mais próxima de operações, treinamentos e eventos públicos. A partir de então, a Instituição ampliou sua presença para outras plataformas como Facebook, X (antigo Twitter), Instagram, LinkedIn e WhatsApp, consolidando uma estratégia multicanal para atingir diferentes públicos.

O Instagram, por exemplo, tem sido usado para humanizar a rotina militar, enquanto o LinkedIn se tornou espaço para artigos institucionais e atração de talentos. Já o WhatsApp tem sido ferramenta para campanhas específicas e comunicação direta com a população.

Mais de 14 milhões de seguidores

O sucesso dessa estratégia é refletido nos números: hoje, o Exército Brasileiro conta com uma audiência de mais de 14 milhões de seguidores em suas diversas plataformas digitais. Esse alcance é resultado de um trabalho planejado e contínuo, realizado por equipes especializadas que cuidam da produção de conteúdo, monitoramento e engajamento.

Cada postagem, vídeo ou imagem é pensada para fortalecer os laços com a sociedade, levando informação de qualidade, valores institucionais e histórias que humanizam o serviço militar.

Compromisso com a sociedade

Ao celebrar o Dia das Mídias Sociais, o Exército reafirma seu compromisso com a transparência, a informação responsável e a proximidade com o cidadão brasileiro. Em um ambiente digital dinâmico e em constante evolução, a Instituição continua a adaptar suas estratégias de comunicação para manter o público bem informado sobre suas atividades e missões.

A presença ativa nas redes é mais uma forma de demonstrar que o Exército está atento às transformações sociais e disposto a dialogar com todos os segmentos da população, reforçando sua missão de defender, proteger e servir o Brasil.

"Exército Brasileiro: brasileiro igual a você."


Aproximação com a sociedade e fortalecimento da mentalidade de defesa: pilares para uma estratégia sólida

A atuação do Exército Brasileiro nas mídias sociais vai além da divulgação de ações institucionais. Trata-se de uma ferramenta estratégica para fomentar o interesse da sociedade pelos assuntos de defesa, criando condições para o desenvolvimento de uma mentalidade de defesa nacional.

Ao compartilhar conteúdos que explicam o papel das Forças Armadas, suas missões constitucionais e o cotidiano dos militares, o Exército contribui para que a população compreenda a importância da defesa da soberania, da integridade territorial e da paz social.

Essa conexão direta com os cidadãos, feita de forma transparente e acessível, ajuda a desmistificar a atuação militar e aproxima a sociedade das questões que envolvem a segurança e a defesa do Brasil. Além disso, promove o engajamento cívico e estimula o debate público sobre temas fundamentais para o país.

Em um cenário global onde as ameaças são cada vez mais complexas e multidimensionais, uma população bem informada e consciente da importância de suas Forças Armadas é um ativo estratégico. Essa aproximação fortalece o apoio social às políticas de defesa e dá legitimidade às ações que visam o fortalecimento da capacidade de resposta nacional frente a riscos e ameaças.

Por meio de suas redes sociais, o Exército não apenas informa, mas também forma opinião, contribui para a construção de uma cultura de defesa e reforça os laços de confiança entre a Instituição e a sociedade brasileira, fundamentos essenciais para a sustentação de uma estratégia de defesa sólida e eficaz.


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com Exército Brasileiro

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Exército Brasileiro lidera esforço de planejamento na 1ª fase da Operação Atlas 2025

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O Exército Brasileiro assumiu papel de destaque na abertura da 1ª fase da Operação Atlas 2025, realizada na Escola Superior de Defesa (ESD). O exercício, coordenado pelo Ministério da Defesa, por meio do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, tem como objetivo central planejar, coordenar e executar o deslocamento estratégico das capacidades de defesa para um Teatro de Operações (TO) na Amazônia, com foco na interoperabilidade e na logística militar.

Nesta fase inicial, que segue até o dia 11 de julho, o Exército lidera os trabalhos de planejamento do emprego conjunto das Forças, definindo ações táticas, o emprego de tropas e os meios a serem utilizados. O ambiente operacional amazônico, com seus desafios logísticos e geográficos, exige atenção especial da Força Terrestre, que historicamente possui grande expertise em operações na região.

Exército reforça protagonismo logístico

Durante a cerimônia de abertura, o Chefe de Logística e Mobilização do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, General de Exército Guédon, reforçou o protagonismo do Exército no processo de planejamento estratégico da operação.

Nestas duas semanas, nosso objetivo é planejar o deslocamento de uma concentração estratégica relacionada à Operação Conjunta idealizada. Vamos analisar as reais condições para que, em situação de exercício, seja possível realizar esse deslocamento em todo o território nacional”, enfatizou o General Guédon.

A operação envolve a simulação de cenários complexos, visando testar a capacidade de movimentação de tropas e equipamentos em grande escala. O Exército, com sua estrutura de comando, controle e logística, desempenha papel fundamental na construção desses cenários e na identificação dos gargalos operacionais.

Três fases de preparo e execução

A Operação Atlas 2025 será desenvolvida em três fases:

  • 1ª fase (até 11 de julho): Fase de planejamento conjunto na ESD, com destaque para a definição de estratégias logísticas e operacionais.

  • 2ª fase (27 de setembro a 1º de outubro): Início do deslocamento estratégico das forças para a Amazônia.

  • 3ª fase (2 a 11 de outubro): Realização de operações táticas e atividades práticas em terreno amazônico, com ênfase na atuação conjunta.

O coordenador da Operação Atlas, General de Divisão Alcio Costa, também destacou o papel do Exército na condução do exercício.

Entre as metas está o aperfeiçoamento do planejamento do deslocamento estratégico de forças para o TO Amazônico. A partir desse planejamento, vamos identificar desafios e pontos de melhoria, pois é com base nele que atuaremos em situações reais de necessidade”, explicou.

Integração com as demais Forças

Embora a operação seja conjunta, o Exército tem papel decisivo por sua experiência acumulada em missões de grande mobilização e por sua presença permanente na Amazônia. A expertise da Força Terrestre é fundamental para o desenvolvimento de planos logísticos, emprego de tropas terrestres e para a garantia da interoperabilidade com a Marinha e a Aeronáutica.

A primeira fase conta com equipes multidisciplinares das três Forças, mas sob forte coordenação de oficiais-generais do Exército, dada a complexidade do deslocamento terrestre de grandes contingentes e meios de apoio.

A participação ativa e protagonista do Exército na Operação Atlas 2025 reafirma o compromisso da Força Terrestre com a defesa da soberania nacional e com a prontidão logística e operacional. Em um cenário geográfico como o amazônico, com desafios de mobilidade, infraestrutura limitada e necessidade de resposta rápida, a capacidade de planejamento e execução demonstrada pelo Exército é essencial para o sucesso de qualquer operação militar.

O exercício também evidencia a importância de investimentos contínuos em meios logísticos, capacitação de pessoal e modernização de sistemas de comando e controle, pilares que fazem do Exército Brasileiro uma das instituições mais preparadas para proteger o território nacional em qualquer circunstância.


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com Exército Brasileiro


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Lançadores não letais da CONDOR recebem reconhecimento como Produtos Estratégicos de Defesa

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Representando um passo importante para a consolidação da Base Industrial de Defesa (BID) brasileira, os lançadores de munições não letais da CONDOR Soluções Não Letais foram oficialmente reconhecidos como Produtos Estratégicos de Defesa (PED) pelo Ministério da Defesa. A homologação inclui os modelos com coronha rebatível nos calibres 40 mm e 37/38 mm, consolidando o papel da empresa como um dos principais fornecedores de tecnologias críticas para a segurança e defesa nacional.

A aprovação foi formalizada durante a 45ª Reunião Deliberativa da Comissão Mista da Indústria de Defesa e publicada na Portaria GM-MD nº 2.524, de 6 de junho de 2025, que altera o anexo da Portaria nº 1.345/MD, de 2014. Esse credenciamento reafirma a importância dos produtos da CONDOR não apenas para as Forças Armadas, mas também para os órgãos de segurança pública em todo o território nacional.

Reconhecimento da relevância estratégica

Para Luiz Monteiro, CEO da CONDOR, o reconhecimento oficial é mais do que uma conquista empresarial; é uma demonstração do valor estratégico das soluções desenvolvidas pela companhia ao longo de quatro décadas de atuação.

Este credenciamento representa o reconhecimento da imprescindibilidade desses sistemas para a segurança e defesa nacionais. Ao desenvolver e produzir essas soluções no Brasil, com autonomia e excelência, a CONDOR reafirma sua posição como uma empresa estratégica e inovadora, essencial para o fortalecimento das capacidades operacionais das Forças Armadas e das forças de segurança pública”, destacou Monteiro.

Tradição em inovação e exportação

Fundada em 1985 e sediada no estado do Rio de Janeiro, a CONDOR construiu uma sólida reputação internacional, exportando seus produtos para mais de 85 países e sendo amplamente utilizada em operações de paz da ONU, exercícios militares internacionais e em ações de segurança pública de alta complexidade.

Com uma infraestrutura que ocupa mais de 1 milhão de metros quadrados e contando com 18 laboratórios de pesquisa e seu próprio Instituto de Ciência e Tecnologia, a CONDOR investe de forma consistente em inovação, pesquisa e desenvolvimento, sempre orientada pelo compromisso com o uso proporcional da força e o respeito aos direitos humanos.

Integração a EDGE Group e fortalecimento da BID brasileira

Desde abril de 2024, a CONDOR passou a integrar o EDGE Group, dos Emirados Árabes Unidos, um dos maiores conglomerados de defesa do mundo. Mesmo com a mudança no controle acionário, a empresa mantém sua condição de Empresa Estratégica de Defesa Brasileira, com todas as garantias e responsabilidades associadas ao fornecimento de produtos essenciais à segurança do Estado brasileiro.

Essa integração trouxe à CONDOR acesso a novas tecnologias, mercados e investimentos, sem comprometer sua missão de fortalecer a capacidade operacional das Forças de Segurança brasileiras.

Análise: um avanço para a soberania e a indústria nacional

O reconhecimento dos lançadores não letais da CONDOR como Produtos Estratégicos de Defesa é um sinal claro da importância crescente da autossuficiência tecnológica no setor de defesa. Ao priorizar soluções desenvolvidas e fabricadas no Brasil, o Ministério da Defesa reforça a soberania nacional, a geração de empregos qualificados e a capacidade de resposta autônoma a diferentes tipos de ameaças.

Além disso, o credenciamento fortalece o posicionamento da CONDOR como uma referência mundial em tecnologias não letais, alinhando o Brasil às melhores práticas internacionais no uso proporcional da força, com equipamentos modernos e adequados aos desafios contemporâneos da segurança pública e defesa.

A medida representa, portanto, uma vitória para a BID nacional, para a CONDOR e para todos os brasileiros que dependem de instituições de segurança mais bem preparadas, equipadas e capacitadas para atuar com eficiência e respeito aos direitos humanos.


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com Condor

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Alistamento Militar 2025 ultrapassa 1 milhão de inscritos e marca estreia histórica da participação feminina no Brasil

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O alistamento militar de 2025 alcançou um marco histórico. Segundo balanço divulgado pelo Ministério da Defesa, mais de 1 milhão de jovens se inscreveram para o Serviço Militar Obrigatório, encerrado nesta segunda-feira (30/6). Pela primeira vez na história do país, mulheres puderam se alistar de forma voluntária para integrar as Forças Armadas.

Ao todo, o número de inscritos do sexo masculino chegou a 1.029.323. A 2ª Região Militar, correspondente ao estado de São Paulo, liderou o número de alistamentos, com 271.589 jovens. Já entre as mulheres, foram registradas 33.721 inscrições. O estado do Rio de Janeiro concentrou a maior parte das candidatas, com 8.102 voluntárias.

As mulheres disputarão 1.465 vagas disponíveis nas Forças Armadas, distribuídas entre a Marinha (155 vagas), o Exército (1.010 vagas) e a Aeronáutica (300 vagas). As selecionadas iniciarão a prestação do serviço militar no primeiro ou no segundo semestre de 2026, com datas previstas entre os dias 2 a 6 de março ou de 3 a 7 de agosto. Durante esse período, ocuparão a graduação de soldado ou, no caso da Marinha, marinheiro-recruta. Até o momento da incorporação, as candidatas ainda poderão optar por desistir.

As oportunidades estão distribuídas em unidades militares de 28 municípios, localizados em 13 estados e no Distrito Federal. Entre as cidades que receberão os novos recrutas estão Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Salvador (BA), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Fortaleza (CE) e Manaus (AM), entre outras.

O ingresso de mulheres nas fileiras das Forças Armadas segue as diretrizes estabelecidas pelo Decreto nº 12.154, de 27 de agosto de 2024, que regulamentou a participação feminina no Serviço Militar Inicial de forma voluntária.

Para os homens que perderam o prazo de alistamento, a recomendação é procurar a Junta de Serviço Militar mais próxima para regularizar a situação. O atraso implica pagamento de multa e impede o acesso a serviços como emissão de passaporte, matrícula em instituições de ensino e posse em cargos públicos.

Com essa edição, o Brasil dá um passo importante no processo de modernização das Forças Armadas, ampliando a inclusão e reforçando o compromisso com a defesa nacional.


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com Ministério da Defesa

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XI Congresso Brasileiro de Guardas Municipais e Segurança Pública reúne mais de 2,1 mil participantes em Vinhedo (SP)

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O município de Vinhedo, no interior de São Paulo, foi palco de um dos maiores encontros do setor de segurança pública municipal do Brasil. O XI Congresso Brasileiro de Guardas Municipais e Segurança Pública, encerrado nesta quinta-feira (26), superou expectativas e consolidou-se como um dos principais fóruns de debate e capacitação para os profissionais da área.

Durante os dois dias de atividades intensas, o evento reuniu mais de 2,1 mil inscritos, representando mais de 400 municípios de diferentes regiões do país. Além da expressiva presença física, o congresso também contou com mais de 20 horas de transmissões ao vivo, permitindo que milhares de profissionais acompanhassem as palestras e debates em tempo real pela internet.

A programação foi marcada por uma ampla variedade de painéis temáticos e palestras, que abordaram desde legislação e novas tecnologias até processos de qualificação das Guardas Municipais. Profissionais com experiências internacionais também compartilharam conhecimentos, trazendo uma visão global sobre os desafios e as inovações na segurança pública.

Durante a cerimônia de encerramento, autoridades de diferentes esferas destacaram a importância estratégica das Guardas Municipais no cenário nacional. O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, ressaltou o protagonismo das instituições municipais e lembrou que as Guardas foram recentemente contempladas na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública como peças fundamentais do sistema de segurança. "O ministro da Justiça fez essa escolha por reconhecer o papel essencial das Guardas Municipais no enfrentamento da criminalidade e na proteção da população", afirmou Sarrubbo. Ele também reforçou a necessidade de aprovação da PEC no Congresso Nacional para consolidar esse avanço institucional.

O prefeito de Vinhedo, Dario Pacheco, anfitrião do evento, destacou o alto nível tecnológico apresentado pelas Guardas durante o congresso. "Estou encantado com o que vi aqui. Equipamentos de ponta, demonstrações de robótica, além de um conteúdo de palestras extremamente relevante. O Comandante Braga e toda a equipe organizadora estão de parabéns", afirmou.

O prefeito de Poços de Caldas (MG), Paulo Ney, também elogiou a iniciativa e destacou o papel crescente dos municípios na segurança pública. "Antes, essa responsabilidade recaía apenas sobre os Estados e a União. Hoje, percebemos que nós, gestores municipais, também temos um papel fundamental junto às Guardas", pontuou.

O encerramento das atividades foi seguido pela tradicional carreata do 9º Encontro de ROMUs e Viaturas Táticas, que percorreu as ruas de Vinhedo, reunindo dezenas de viaturas e equipes especializadas.

O Comandante Carlos Alexandre Braga, responsável pela organização do congresso, agradeceu o apoio da Prefeitura de Vinhedo e a participação de todos os envolvidos. "Foi um momento ímpar para mostrar ao Brasil o potencial das nossas Guardas Municipais. O evento foi um verdadeiro sucesso, tanto pelo público presente quanto pela qualidade dos debates e das apresentações", concluiu.

Com o sucesso desta edição, o Congresso reafirma seu papel como espaço essencial de diálogo, troca de experiências e fortalecimento institucional das Guardas Municipais no Brasil.


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com Rossi Comunicação

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segunda-feira, 30 de junho de 2025

“Vem pra Marinha”: Nova Estratégia de Comunicação Atrai Jovens e Impulsiona Inscrições em Concursos Navais

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A Marinha do Brasil deu um passo ousado ao reformular totalmente sua comunicação para atrair os jovens: nasceu a campanha “Vem pra Marinha”. Longe do tom institucional engessado do antigo “Ingresso na Marinha”, a nova estratégia privilegia uma linguagem clara, direta e próxima do cotidiano juvenil, e os resultados falam por si. No Instagram, por exemplo, o perfil oficial viu sua base de seguidores crescer mais de 135%, reflexo de conteúdos dinâmicos que vão de vídeos curtos a carrosséis informativos, sempre prontos para esclarecer dúvidas, apresentar oportunidades e desmistificar o dia a dia naval.

Esse esforço digital se traduz em números concretos nos principais certames da Força. Entre 2024 e 2025, o concurso para Soldado Fuzileiro Naval passou de 19.422 para 21.580 inscritos (+11,1%), a Escola Naval saltou de 5.311 para 5.825 (+9,7%) e o Colégio Naval, de 14.693 para 14.773 (+0,5%). Na área de saúde, a procura disparou: médicos foram de 230 para 544 inscritos (+136,5%) e cirurgiões-dentistas de 830 para 1.200 (+44,6%). Até o inédito concurso de Capelães Navais registrou um salto impressionante, de apenas 11 para 83 candidatos (+654,5%).

Mais do que números, “Vem pra Marinha” conta histórias. Nas redes sociais, militares de várias patentes compartilham depoimentos pessoais, revelando rotinas de estudo, desafios superados e dicas práticas para chegar lá. Uma live no YouTube, transmitida diretamente da Escola Naval, a mais antiga instituição de ensino superior do país, aproximou aspirantes e futuros candidatos, permitindo que dúvidas sobre provas e preparação fossem respondidas ao vivo.

Para conectar-se também presencialmente, a Marinha intensificou suas palestras em escolas de ensino fundamental e médio por todo o Brasil. Nesses encontros, oficiais e praças falam não só das vagas, mas da importância da cultura oceânica e do papel estratégico do mar na construção da soberania nacional. Mensagens sobre liderança, espírito de corpo e serviço à Pátria ajudam a inspirar estudantes a considerar a carreira naval como um caminho de propósito e crescimento.

Complementando as redes sociais e as visitas a escolas, a MB lançou em dezembro de 2024 um portal exclusivo de concursos (www.concursos.marinha.mil.br), onde cronogramas, editais e orientações estão organizados de forma acessível. Em pouco mais de seis meses, o site já atraiu mais de 1,1 milhão de visitantes. Paralelamente, uma editoria fixa na Agência Marinha de Notícias passou a produzir reportagens especiais sobre ingresso na Força, oito das dez matérias mais lidas no portal hoje são relacionadas ao “Vem pra Marinha”, com destaque para a que lista todos os concursos previstos para 2025, que ultrapassou 300 mil acessos.

Para o Contra-Almirante Alexandre Taumaturgo Pavoni, Diretor do Centro de Comunicação Estratégica, essa virada não se resume a um nome diferente: “O ‘Vem pra Marinha’ significou uma nova forma de dialogar com os jovens, apresentando com mais clareza as oportunidades da carreira naval e reafirmando nosso compromisso com uma comunicação moderna e acessível.” Assim, a Marinha não apenas se atualiza diante das transformações tecnológicas e sociais, mas garante que sua mensagem chegue com autenticidade a quem sonha em navegar por águas de serviço e dedicação.


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com Marinha do Brasil

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