sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Negociações Avançam para Venda da Avibras a Empresa Saudita em Meio à Crise Financeira

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A Avibras, uma das maiores indústrias de defesa do Brasil, enfrenta uma grave crise financeira que inclui salários atrasados e uma greve prolongada de seus funcionários. No entanto, a empresa anunciou nesta sexta-feira (31), que está em negociações avançadas com a Black Storm Military Industries, uma empresa saudita, para uma possível venda. A negociação, que busca retomar as operações da Avibras o mais rápido possível, é vista como uma tentativa de salvar uma empresa estratégica de defesa e preservar empregos e tecnologias.

De acordo com um comunicado oficial da Avibras, o objetivo dessa parceria é manter as instalações de fabricação da empresa no Brasil, ao mesmo tempo em que se cumpre as obrigações financeiras com o governo brasileiro, clientes, credores e colaboradores. A empresa também destacou que tanto a Avibras quanto a Black Storm Military Industries estão empenhadas em concluir os detalhes do investimento, prometendo manter o mercado informado sobre os próximos passos.

No entanto, essa possível venda ocorre em um cenário de crise. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, que representa os trabalhadores da Avibras, afirmou que a intenção de venda já foi assinada, mas o processo ainda deve passar por um prazo de 45 dias para ser finalizado. A entidade tem se preocupado com a situação dos funcionários, que estão em greve há mais de dois anos devido aos atrasos salariais. Muitos deles não recebem seus salários há quase 22 meses, o que gerou um ambiente de insegurança e tensão no local de trabalho.

Essa crise financeira na Avibras não é recente. Em 2022, a empresa pediu recuperação judicial devido a uma dívida de R$ 600 milhões. Desde então, a companhia tem tentado reestruturar suas finanças e encontrar um comprador. Diversas propostas de compra foram apresentadas, mas todas falharam até agora, incluindo uma proposta de um investidor brasileiro em dezembro de 2024.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos declarou que está em constante luta pela defesa dos empregos e salários dos trabalhadores e que, apesar da possível venda da empresa, a situação dramática vivida pelos funcionários precisa ser resolvida de forma urgente. Para garantir os direitos dos colaboradores, o Sindicato convocará uma assembleia para definir os próximos passos.

A Avibras, fundada em 1961 e com sede em Jacareí, São Paulo, tem sido um ícone no setor de defesa brasileiro. A empresa é conhecida pelo desenvolvimento de tecnologia aeroespacial e pela fabricação de equipamentos para as Forças Armadas, incluindo motores de foguetes e sistemas de defesa. A venda para a Black Storm Military Industries representa uma mudança importante para a indústria de defesa do Brasil, que pode gerar impactos tanto no cenário nacional quanto internacional.

Essa transação poderá reconfigurar o panorama da indústria de defesa brasileira, especialmente considerando que a Avibras é uma das principais fornecedoras do Brasil no setor aeroespacial e de defesa. Contudo, o futuro da companhia e seus colaboradores ainda está incerto, e a conclusão do negócio dependerá da resolução das condições financeiras e das exigências dos funcionários. 

Com a chegada de novos investidores, a Avibras poderá reverter sua situação financeira e continuar a contribuir com o desenvolvimento de tecnologias de defesa essenciais para o Brasil. Porém, o desfecho deste processo de venda será fundamental para o futuro da empresa e de seus colaboradores, além de impactar o setor de defesa nacional.


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Homenagem ao Almirante Álvaro Alberto: Pioneiro da Energia Nuclear Brasileira

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Neste dia 31 de janeiro, o GBN Defense presta uma homenagem com respeito e gratidão ao Almirante Álvaro Alberto da Mota e Silva, um dos maiores nomes da história militar e científica do Brasil. Seu legado é um farol que ilumina o caminho das gerações presentes e futuras, destacando-se especialmente em sua luta pela soberania tecnológica do Brasil.

Álvaro Alberto não foi apenas um brilhante oficial da Marinha do Brasil; ele foi um visionário e pioneiro que antecipou a importância estratégica da energia nuclear para o futuro do Brasil. Desde os primeiros anos de sua carreira, o Almirante dedicou-se incansavelmente para garantir que o Brasil tivesse domínio sobre sua própria tecnologia, especialmente em um campo tão sensível e crucial quanto o nuclear.

Ele soube articular a necessidade de uma política científica nacional e teve papel fundamental na fundação do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq) em 1951. Sua liderança no CNPq ajudou a criar as condições para o avanço da pesquisa científica no país, o que culminou na criação de instituições voltadas para o desenvolvimento do conhecimento em diversas áreas, com ênfase na tecnologia nuclear. Essa política de incentivo à ciência e tecnologia foi um passo vital para que o Brasil começasse a se destacar no cenário internacional.

Uma de suas principais conquistas foi a negociação e compra do primeiro reator nuclear do Brasil, que foi instalado em Angra dos Reis em 1958, através do Instituto de Engenharia Nuclear da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Essa aquisição não só colocou o Brasil entre os países que dominam o ciclo do combustível nuclear, mas também proporcionou a autonomia energética que o Almirante tanto almejava para o Brasil, de modo que o país pudesse ter um controle mais seguro e independente sobre seus recursos.

Além disso, Álvaro Alberto teve uma atuação de destaque no cenário internacional, especialmente na Comissão de Energia Atômica da ONU, onde representou o Brasil em uma época de intensas tensões globais. Sua defesa pelo uso pacífico da energia nuclear e pelo reconhecimento do Brasil como um agente ativo e soberano nesse campo foi crucial para colocar o país no mapa das nações que dominam a tecnologia nuclear. Embora tenha enfrentado resistência em vários momentos, sua firmeza e fé na autossuficiência científica e tecnológica brasileira nunca vacilaram.

Um dos legados mais concretos de sua visão é o desenvolvimento do Programa de Submarinos Nucleares do Brasil. Em 1979, durante o governo do Presidente João Figueiredo, o Brasil iniciou um ambicioso projeto para desenvolver um submarino nuclear nacional. O Almirante Álvaro Alberto, com sua visão estratégica, foi fundamental na idealização e apoio a este projeto, reconhecendo a necessidade do Brasil possuir uma capacidade de defesa naval autossuficiente e moderna.

O primeiro submarino nuclear da Marinha do Brasil, será batizado SN-10 "Álvaro Alberto", em uma justa homenagem, simbolizando o culminar de anos de trabalho e dedicação à defesa nacional. O desenvolvimento desse submarino é um marco na história do Brasil, sendo parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), uma parceria entre o Brasil e a França, que vem possibilitando ao Brasil desenvolver a tecnologia necessária para a construção de seu primeiro submarino com propulsão nuclear.

O PROSUB também envolveu a construção do estaleiro e uma moderna base de submarinos em Itaguaí, no Rio de Janeiro, estabelecendo as condições para a construção de submarinos de alta tecnologia no Brasil. O SN-10 é um símbolo da luta do Almirante Álvaro Alberto por uma Marinha com real poder dissuasório, e uma Defesa Nacional moderna e autossuficiente, com capacidades de projeção de poder e dissuasão estratégica. A ideia de termos submarinos nucleares brasileiros com tecnologia própria reflete a visão do Almirante de que o Brasil deveria ter total controle sobre as tecnologias que impactam sua soberania, seja em energia ou na defesa nacional.

Além disso, a contribuição do Almirante Álvaro Alberto ao fortalecimento da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) em Angra dos Reis e ao Instituto de Engenharia Nuclear permanece como um marco importante. Ele acreditava firmemente que o conhecimento técnico e científico não deveria ser um privilégio de poucos, mas um bem comum, acessível para todos os brasileiros. Sua visão levou à criação de um ambiente propício para a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias fundamentais para o futuro do Brasil.


Ao refletirmos sobre o legado que ele deixou, não podemos deixar de lembrar não apenas da coragem de um grande militar, mas também do patriotismo de um visionário, um patriota que dedicou sua vida a fortalecer as bases para um Brasil mais independente e tecnologicamente avançado. Sua atuação como cientista e líder na defesa de uma política científica nacional fez com que o Brasil se tornasse um país mais soberano, com maior capacidade de inovação e autossuficiência em áreas estratégicas.

Almirante Álvaro Alberto da Mota e Silva, sua memória segue como um marco do compromisso com o progresso, a ciência e a soberania nacional. O Brasil lhe deve muito, e seu legado continuará a inspirar gerações de cientistas, militares e cidadãos comprometidos com o futuro da nossa nação.


Por Angelo Nicolaci 


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Realizada Passagem de Direção do Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial

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O Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial (MNMSGM), localizado no Rio de Janeiro, é um dos principais símbolos da memória militar e do heroísmo brasileiro, preservando o legado dos combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB) que lutaram contra o nazifascismo na Europa durante a Segunda Guerra Mundial. Nesta sexta-feira (31), o espaço foi palco da cerimônia solene da passagem de direção, na qual o Coronel de Infantaria Luciano Allevato Magalhães, transmitiu o cargo ao Coronel de Infantaria Nemuel de Almeida Ramos. O evento reafirmou o compromisso com a preservação e a valorização da história dos pracinhas e o papel do Exército Brasileiro.  

Inaugurado em 1960, o monumento foi construído para homenagear os mais de 450 soldados brasileiros que perderam suas vidas nos campos de batalha da Itália. Além de ser um marco de respeito e reconhecimento, o MNMSGM desempenha um importante papel educativo, promovendo exposições, palestras e eventos que mantêm viva a memória da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Sua gestão, conduzida pelo Exército Brasileiro, assegura que as novas gerações compreendam o sacrifício e a bravura dos heróis brasileiros da FEB.  

A cerimônia de transmissão de cargo foi presidida pelo General Jorge Augusto Ribeiro Cacho, Diretor do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército, e contou com a presença do General de Exército Júlio Cesar de Arruda, ex-Comandante do Exército, além de autoridades militares, civis e familiares. Como parte das homenagens, o retrato do Coronel Luciano Allevato Magalhães foi incluído na Galeria dos Antigos Diretores, reconhecendo sua dedicação à preservação do monumento. O oficial também recebeu o Distintivo de Comando Dourado, honraria concedida pelo Exército a militares que exercem funções de comando com excelência.  

Ao assumir a direção do MNMSGM, o Coronel Nemuel de Almeida Ramos destacou a importância da continuidade dos trabalhos de preservação histórica e ampliação do alcance do monumento junto à sociedade. Entre suas prioridades, estão o fortalecimento das atividades educativas, com novas palestras e exposições, e a ampliação do acesso ao público, incentivando visitas de estudantes e pesquisadores interessados na história militar brasileira. O novo diretor também reforçou a necessidade de parcerias com instituições de ensino e pesquisa, garantindo que o legado da FEB continue sendo estudado e divulgado.  

A preservação do Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial representa um compromisso com a história e a identidade do Brasil. A troca de comando reforça a dedicação do Exército Brasileiro em manter viva a memória dos heróis da FEB, garantindo que seus feitos sejam lembrados e respeitados pelas futuras gerações.


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Com Exército Brasileiro 


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USAF Utiliza Foguetes Guiados APKWS II para Engajamento Ar-Ar Contra Drones Houthis

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A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) está empregando os foguetes guiados a laser AGR-20 APKWS II em missões ar-ar contra drones utilizados pelos insurgentes Houthis. A iniciativa visa reduzir os custos operacionais e aumentar a capacidade de engajamento dos caças F-16, que agora contam com essa opção como parte de sua estratégia de defesa contra sistemas aéreos não tripulados (C-UAS).  

Fontes da USAF confirmaram ao portal The War Zone que os APKWS II vêm sendo utilizados para este fim desde 2024, mas sem divulgar detalhes específicos sobre os resultados dos engajamentos. O conceito, porém, não é novo: em 2019, a USAF já havia testado o uso desses foguetes como arma antimísseis, combinando-os com o pod de mira SNIPER para interceptação de mísseis de cruzeiro.  

Uma Alternativa de Baixo Custo e Alta Efetividade 

O APKWS II é uma adaptação dos foguetes Hydra 70 mm, tradicionalmente usados por helicópteros, equipados com um kit de orientação a laser. Essa solução oferece uma opção de ataque significativamente mais barata em comparação com mísseis como o AIM-120 AMRAAM e o AIM-9X Sidewinder, permitindo que a USAF adquira dezenas desses foguetes pelo custo de uma única unidade de um míssil mais complexo.  

Além da economia financeira, o uso dos APKWS II proporciona outra vantagem tática: os caças F-16 podem transportar os foguetes em pods que comportam até sete unidades, garantindo um maior número de engajamentos por surtida. Isso se mostra especialmente eficaz no combate aos drones kamikazes baratos lançados pelos Houthis, aumentando a capacidade de resposta sem comprometer os estoques de armamento mais sofisticado.  

A reintrodução dos APKWS II no cenário ar-ar reflete a adaptação contínua das forças aéreas para lidar com ameaças assimétricas, onde o custo-benefício das soluções empregadas pode ser decisivo para a eficiência operacional no campo de batalha.


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Com USAF

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Dassault Apresenta Primeiro Rafale F4 Destinado aos Emirados Árabes Unidos

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A Dassault Aviation revelou oficialmente a primeira aeronave Rafale F4 destinada à Força Aérea dos Emirados Árabes Unidos (EAU) em uma cerimônia realizada em 29 de janeiro na unidade de produção da empresa na França. O evento contou com a presença de autoridades da defesa da França e dos Emirados, destacando a importância estratégica do contrato.  

A aeronave permanecerá na França pelos próximos anos para testes e certificação antes de ser entregue aos EAU. De acordo com o cronograma, as entregas começarão em 2027 e continuarão até o final de 2031. O contrato, assinado em dezembro de 2021 e formalizado em 2022, prevê a aquisição de 80 aeronaves Rafale F4, tornando os Emirados Árabes Unidos o primeiro cliente de exportação da variante mais avançada do caça.  

Modernização da Frota e Impacto Geopolítico

Os novos Rafale F4 substituirão os veteranos Dassault Mirage 2000-9, garantindo a continuidade da modernização da força aérea do país. Atualmente, os Emirados operam uma frota diversificada que inclui tanto caças franceses quanto americanos, como os F-16E/F Fighting Falcon Block 60.  

O cenário geopolítico pode influenciar ainda mais essa modernização. Um possível retorno de Donald Trump à presidência dos EUA poderia reabrir negociações para a venda do F-35A Lightning II da Lockheed Martin aos Emirados Árabes, reforçando a capacidade aérea do país e criando um mix estratégico entre os caças Rafale e F-35.  

Atualmente, a Dassault Aviation acumula encomendas para 220 jatos Rafale, sendo mais de 36% destinados aos Emirados Árabes Unidos, reforçando a presença da fabricante francesa no cenário global da aviação militar.


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Com Dassault Aviation

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Alemanha Confirma Aquisição do Patria 6x6 no Âmbito do Programa CAVS e Desenvolvimento de Variante Porta-Morteiros

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A Alemanha oficializou sua adesão ao programa multinacional Common Armoured Vehicle System (CAVS), um passo estratégico rumo à aquisição em série de novos veículos blindados. O programa, liderado pela empresa finlandesa Patria, é voltado para o desenvolvimento e implantação do blindado Patria 6×6.  

Com essa decisão, a Alemanha se torna a quarta nação a ingressar no Acordo-Quadro do CAVS, ao lado de Finlândia, Letônia e Suécia. O país vinha se aproximando gradualmente do programa desde 2022, passando pela assinatura de um Acordo Técnico em 2023 e um acordo de pesquisa e desenvolvimento em 2024, culminando agora na sua participação plena.  

O Ministério da Defesa alemão pretende substituir seus antigos blindados Fuchs pelo Patria 6×6, aumentando a mobilidade e proteção das tropas. Além disso, o país trabalhará em estreita cooperação com a indústria local, garantindo que os veículos sejam fabricados em território alemão por meio de parcerias com empresas como KNDS, FFG e JWT. No entanto, a aquisição em série ainda depende de aprovação parlamentar.  

A Comissão Europeia reconheceu a relevância do CAVS e concedeu €60 milhões em financiamento por meio do instrumento EDIRPA, impulsionando a cooperação multinacional entre os países membros do programa. Esse apoio financeiro reforça a colaboração europeia em defesa e fortalece as capacidades da OTAN.  

Alemanha Desenvolverá Variante de Morteiro do Patria 6x6 

A Alemanha assinou um acordo com a empresa finlandesa Patria para o desenvolvimento e qualificação de variantes de morteiros dentro do programa CAVS. O pacote de trabalho, avaliado em aproximadamente €50 milhões, envolve a criação de versões do Patria 6×6 equipadas com o sistema de morteiro de torre NEMO de 120 mm, além de variantes de comando e controle.  

Essas novas versões serão integradas aos sistemas da Bundeswehr e passarão por testes rigorosos para atender aos requisitos operacionais das forças armadas alemãs. O projeto será conduzido em cooperação com a indústria de defesa alemã, incluindo KNDS, FFG e JWT, garantindo produção local e suporte logístico eficiente.  

O acordo fortalece ainda mais a interoperabilidade dentro do CAVS e pode beneficiar outros países-membros do programa, ampliando as capacidades do Patria 6×6 como um veículo modular e versátil.

Interoperabilidade e Benefícios do Programa

O CAVS permite que os países-membros adquiram veículos blindados modernos de forma rápida e econômica, beneficiando-se da produção compartilhada, padronização de equipamentos e gestão do ciclo de vida dos veículos. A integração dos blindados 6×6 em forças militares europeias amplia a interoperabilidade entre as nações aliadas, garantindo maior eficiência logística e operacional.  

Desde seu lançamento em 2020 como uma parceria entre Finlândia e Letônia, o CAVS já entregou veículos para Finlândia, Suécia e Letônia. Até o momento, cerca de 700 unidades foram encomendadas, incluindo um novo lote de veículos C2 para a Letônia em 2024.  

Hugo Vanbockryck, vice-presidente sênior da Market Area Europe na Patria, destacou que a adesão da Alemanha ao programa reforça a segurança do fornecimento e a cooperação industrial entre países aliados. Já o Ministro da Defesa da Finlândia, Antti Häkkänen, enfatizou o papel do CAVS na integração da defesa europeia e na expansão do mercado para o blindado Patria 6×6.  

Com a entrada da Alemanha, o CAVS ganha ainda mais força como um modelo de cooperação em defesa, consolidando a produção e operação conjunta de veículos blindados modernos dentro da Europa.


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Com Patria

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Thales Fornecerá Centenas de Sonobóias SonoFlash para a Marinha Francesa

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A Thales assinou um contrato com a Direção Geral de Armamento da França (DGA) para o fornecimento de várias centenas de sonobóias SonoFlash à Marinha Francesa. O acordo fortalece as ambições estratégicas do país na guerra antissubmarina, aprimorando a capacidade de detecção e rastreamento de ameaças subaquáticas.  

Desenvolvida e fabricada na França com a participação de pequenas e médias empresas (PMEs) locais, a sonobóia SonoFlash combina modos de sonar ativo e passivo. Equipada com um emissor de baixa frequência e um receptor altamente direcional, ela proporciona uma detecção subaquática precisa, sendo um recurso essencial para operações navais.  

O sistema pode ser lançado a partir de aeronaves de patrulha marítima, como o ATL2, e helicópteros NH90, ampliando o alcance da Marinha Francesa na vigilância e rastreamento de submarinos. Além disso, sua interoperabilidade com o sonar de imersão FLASH da Thales e os sonares de conjunto rebocado CAPTAS aumenta a eficácia das missões antissubmarinas.  

A Thales também integrou avançados sistemas de comunicação para garantir que os dados coletados pelo SonoFlash sejam transmitidos em tempo real para navios de superfície, aeronaves e centros de suporte acústico equipados com sistemas de processamento de sonobóias. Essa conectividade permite uma resposta coordenada e eficiente contra ameaças submarinas.  

Ao combinar a tecnologia SonoFlash com o sonar de imersão FLASH, as plataformas aéreas poderão realizar buscas mais amplas e responder de forma mais eficaz às manobras evasivas de submarinos inimigos, aumentando significativamente a eficiência operacional da defesa marítima francesa.  

Sébastien Guérémy, vice-presidente de atividades de sistemas subaquáticos da Thales, destacou a importância do contrato e a expertise global da empresa no setor. “Por meio da sonobóia SonoFlash e dos sonares CAPTAS e FLASH, a Thales tem orgulho de contribuir para o desenvolvimento da guerra antissubmarina francesa. A excelência das nossas soluções é reconhecida mundialmente e está a serviço da Marinha Francesa em um contexto de tensões renovadas no mar”, afirmou.  

Este novo contrato reforça a capacidade da França de manter a superioridade operacional em um ambiente naval cada vez mais desafiador, garantindo proteção e vigilância eficazes contra ameaças subaquáticas.


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Com Thales

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Airbus Helicopters e Guarda Costeira dos EUA Estendem Suporte aos MH-65 Dolphin até 2037

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A Airbus Helicopters assinou um Memorando de Entendimento (MOU) com a Guarda Costeira dos Estados Unidos (USCG) para garantir o suporte contínuo à frota de helicópteros MH-65 Dolphin até 2037. O acordo abrange manutenção, fornecimento de peças de reposição e assistência técnica, assegurando a prontidão operacional dessas aeronaves essenciais para missões críticas.  

Além do suporte logístico, a Airbus Helicopters fornecerá serviços de modernização da frota e engenharia, prolongando a vida útil e aprimorando o desempenho dos MH-65. Essas aeronaves desempenham um papel vital em operações de busca e salvamento, aplicação da lei e resposta a desastres, sendo um dos principais ativos da aviação da USCG há mais de quatro décadas.  

Bart Reijnen, presidente da Airbus Helicopters nos EUA e chefe da região da América do Norte, destacou a importância da parceria, afirmando que a manutenção contínua dos MH-65 é essencial para que a Guarda Costeira continue protegendo as costas e salvando vidas.  

Com essa colaboração estendida, a Airbus Helicopters e a Guarda Costeira dos EUA reforçam seu compromisso em manter altos níveis de capacidade operacional, garantindo que os MH-65 continuem cumprindo suas missões estratégicas com eficiência e segurança.


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Com Airbus Helicópters 

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PROSUB: Submarino Tonelero (S 42) Realiza Imersão Dinâmica com Sucesso

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Em mais um avanço do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), a Itaguaí Construções Navais (ICN) alcançou, ontem (30), um importante marco com a realização da imersão dinâmica do Submarino Tonelero (S 42), o terceiro submarino de propulsão diesel-elétrica a ser desenvolvido no Brasil.

A imersão dinâmica, um teste crucial para validar a capacidade operacional do submarino, tem como principais objetivos a avaliação da ocultação, a permanência e a recarga de baterias no mar, além da análise do funcionamento da guarita de salvamento e do controle atmosférico interno. Este procedimento representa um passo importante para a indústria nacional e prepara a ICN para desafios ainda maiores nas etapas seguintes do projeto.

Durante a imersão dinâmica, o submarino utiliza sua propulsão e lemes horizontais, em conjunto com o seu casco hidrodinâmico, para vencer a resistência e o atrito com a água, permitindo ao submarino submergir sem depender dos tanques de lastro. Para garantir a precisão e a segurança da manobra, a ICN conduziu diversos testes preparatórios, com o apoio da Marinha do Brasil e do Centro de Instrução e Adestramento Almirante Áttila Monteiro Aché (CIAMA), que realizou uma rigorosa inspeção de segurança.

Com o sucesso da primeira imersão dinâmica, o próximo passo será a Imersão em Grande Profundidade (IGP), que avaliará a resistência do casco do submarino às pressões de profundidades operacionais máximas e o funcionamento dos sistemas críticos para a segurança e eficiência da embarcação.

A previsão para a entrega do Submarino Tonelero à Marinha do Brasil é para o segundo semestre de 2025, consolidando ainda mais o desenvolvimento da indústria de defesa nacional e a autonomia do Brasil na produção de submarinos de última geração.

A realização da imersão dinâmica do Tonelero é mais um exemplo do compromisso do Brasil com a modernização de suas forças armadas, que buscam constante inovação tecnológica e excelência operacional.


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quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Venda de Navios da Marinha Real para o Brasil: Um Negócio Questionável para o Reino Unido?

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O governo britânico enfrenta críticas intensas após a revelação de que está oferecendo dois navios de assalto anfíbio da Marinha Real para a Marinha do Brasil por apenas £20 milhões, um valor considerado irrealmente baixo diante dos custos recentes de manutenção dos navios.

Os navios HMS Albion e HMS Bulwark, aposentados no ano passado como parte de um plano mais amplo de cortes orçamentários do Ministério da Defesa britânico, podem ser vendidos por um preço significativamente inferior ao montante investido em sua manutenção nas últimas décadas. De acordo com fontes do "Mail on Sunday", o governo britânico está propondo a venda dos dois navios por um valor que corresponde a cerca de um décimo do que foi gasto em reparos e atualizações, com o Ministério da Defesa admitindo que £132,7 milhões foram gastos em reformas desses navios desde 2010.

Apesar do governo justificar a venda como parte de uma revisão estratégica de defesa, que visa reavaliar e reduzir os custos militares, o negócio foi rapidamente criticado como financeiramente imprudente. A defesa britânica, que havia investido milhares de libras nas embarcações nos últimos anos, estaria oferecendo esses meios a um preço extremamente baixo, na verdade "simbólico".

Mark Francois foi um dos principais críticos, descrevendo a ideia de desativar e vender esses navios como "militarmente ignorante". Segundo ele, a venda das embarcações, que representam uma força essencial para a projeção do poder naval britânico, põe em risco a capacidade operacional do Reino Unido no futuro. "Estamos falando de navios versáteis que podem ser usados para evacuações, entrega de ajuda humanitária e, claro, para operações de combate", afirmou Francois. "A venda desses navios por um preço tão baixo coloca em questão a seriedade do plano de defesa."

Uma Oportunidade para Marinha do Brasil

Por outro lado, a hipotética oferta dos navios por £20 milhões pode representar uma grande oportunidade para a Marinha do Brasil, que atualmente busca novos meios para reforçar sua esquadra e suprir a necessidade de meios de superfície capazes de desempenhar múltiplas funções. A aquisição do HMS Albion e do HMS Bulwark, dois modernos navios de assalto anfíbio da classe Albion, permitiria ao Brasil não apenas expandir sua capacidade de realizar operações de projeção anfíbia, mas também fortalecer sua presença naval no Atlântico Sul e sua prontidão para missões de interesse estratégico.

Vale destacar que em 2018, a Marinha do Brasil firmou outro grande negócio de oportunidade ao adquirir o ex-HMS Ocean, que foi incorporado à Marinha do Brasil como NAM Atlântico. Hoje, ele é o principal navio da Marinha do Brasil e representa um grande salto em capacidades operacionais, ampliando a capacidade de projeção de poder e resposta da Força Naval. A aquisição do HMS Albion e do HMS Bulwark poderia seguir essa mesma lógica, pois ambos os navios possuem sistemas compatíveis com o NAM Atlântico, tendo operado juntos na Royal Navy. Essa compatibilidade poderia facilitar a integração dos novos meios à esquadra brasileira, reduzindo custos logísticos e operacionais.

Esses navios são projetados para transporte e desembarque de tropas, veículos blindados e equipamentos, sendo essenciais para operações expedicionárias, evacuação de civis em áreas de crise e assistência humanitária em caso de desastres naturais, como ocorreu no início de maio do ano passado no Rio Grande do Sul, quando a Marinha enviou ajuda com seus principais meios. Além disso, sua capacidade de operar embarcações de desembarque tornaria a Marinha do Brasil mais eficiente na projeção de poder em regiões costeiras de difícil acesso.

Outro ponto relevante é a interoperabilidade com forças aliadas. A adoção de plataformas já em uso por marinhas da OTAN facilitaria a integração do Brasil em operações conjuntas, tanto no âmbito da cooperação internacional quanto em missões de paz no âmbito da ONU. Além disso, essa aquisição representaria um salto qualitativo na capacidade expedicionária da Força Naval, permitindo que o Corpo de Fuzileiros Navais atuasse de forma mais eficiente em missões de pronta resposta, proteção de interesses marítimos e defesa da soberania.

Por fim, a compra dos HMS Albion e HMS Bulwark poderia ser uma solução com atraente custo-benefício para suprir a lacuna deixada pela baixa disponibilidade de meios de superfície na esquadra brasileira, garantindo maior flexibilidade operacional sem a necessidade de desenvolver um projeto do zero ou aguardar a construção de novos navios. No entanto, essa possibilidade depende de fatores como o custo da aquisição, modernizações necessárias e a viabilidade de manter esses navios em operação dentro do orçamento da Marinha do Brasil.

A principal crítica ao negócio é a falta de visão estratégica no que tange ao longo prazo, tanto para o Reino Unido quanto para o Brasil. No caso britânico, a venda do HMS Albion e do HMS Bulwark pode gerar uma escassez de capacidades críticas de projeção anfíbia, afetando sua capacidade de resposta em futuras operações de grande escala. Analistas de defesa apontam que a perda desses ativos pode enfraquecer a flexibilidade estratégica do Reino Unido.

Para a Marinha do Brasil, a aquisição desses navios poderia, em um cenário ideal, fortalecer as capacidades de projeção anfíbia e oferecer soluções rápidas para missões expedicionárias e de ajuda humanitária. No entanto, obstáculos consideráveis existem. O orçamento de defesa, que é significativamente limitado, pode ser um impeditivo para a concretização dessa aquisição. O país enfrenta dificuldades em alocar recursos suficientes para novos projetos, como a continuidade do Programa de Submarinos (PROSUB) e a construção das Fragatas Classe Tamandaré (PFCT), que já exigem grande parte do orçamento disponível. Além disso, a necessidade de realizar modernizações nestes navios, bem como garantir sua manutenção em longo prazo, coloca mais pressão sobre os recursos escassos da Marinha. Diante desse cenário, a compra dos navios dependeria de uma análise detalhada da viabilidade financeira e da alocação de recursos dentro do já apertado planejamento orçamentário de defesa brasileiro.


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com Mail on Sunday

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Crise na República Democrática do Congo: Santos Cruz defende sanções e uso da força contra rebeldes do M23

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A instabilidade política e de segurança na República Democrática do Congo (RDC) atingiu um novo nível crítico com a recente ofensiva do grupo rebelde M23, que tomou a cidade de Goma. Para o general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-comandante das forças de paz da ONU no país entre 2013 e 2015, a situação é uma "catástrofe anunciada" e exige medidas imediatas por parte da comunidade internacional.  

Segundo Santos Cruz, a violência no leste do Congo está diretamente ligada à exploração ilegal de minerais, como ouro e coltan, essenciais para a indústria global de eletrônicos. O general destaca que "qualquer justificativa nos comunicados dos interessados é para encobrir o interesse principal, que é a ocupação da região extremamente rica do leste do Congo".  

A representante especial do secretário-geral da ONU na RDC, Bintou Keita, confirmou que o M23 lucra cerca de US$ 300 mil por mês com a venda ilegal desses minerais. O tráfico e contrabando desses recursos são facilitados por redes de falsificação e lavagem de documentos, permitindo sua exportação para mercados internacionais.  

Disputa entre RDC e Ruanda intensifica a crise

A crise ganhou contornos diplomáticos ainda mais graves quando Ruanda e a RDC passaram a trocar acusações no Conselho de Segurança da ONU. A ministra das Relações Exteriores congolesa, Thérèse Kayikwamba Wagner, afirmou que Ruanda está promovendo uma "atrocidade" ao apoiar o M23 e pediu uma resposta urgente da comunidade internacional.  

Já o representante de Ruanda nas Nações Unidas rebateu as acusações e afirmou que seu país é quem está sob ameaça, acusando a RDC de tentar "terceirizar a solução" do conflito ao apoiar mercenários.  

A escalada da violência já forçou mais de 400 mil congoleses a fugirem de suas casas, de acordo com dados da ONU. Além disso, no último fim de semana, três boinas-azuis da ONU – dois sul-africanos e um uruguaio – foram mortos em um ataque do M23, enquanto outros 11 ficaram feridos.  

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou as mortes e a tomada de Goma, alertando que a instabilidade na RDC ameaça toda a região dos Grandes Lagos. O Conselho de Segurança da ONU exigiu que o M23 reverta sua expansão territorial imediatamente.  

Santos Cruz defende ação imediata da ONU

Para Santos Cruz, o momento de apelos já passou e medidas concretas precisam ser adotadas. Ele argumenta que a crise só será resolvida com sanções severas contra os responsáveis e, se necessário, o uso da força militar para expulsar os rebeldes e penalizar seus patrocinadores.  

"O Conselho de Segurança da ONU deve agir imediatamente. Hoje, com o estado em que a situação chegou, não há mais espaço para uma solução militar intensa, é necessária uma solução política. Isso pode ser feito aplicando o máximo de sanções possíveis sobre as lideranças irresponsáveis que conduzem e apoiam esses movimentos, sejam elas de qualquer nível", declarou o general.  

Comandante das forças de paz da ONU na RDC entre 2013 e 2015, Santos Cruz liderou a ofensiva que conseguiu repelir o M23 em uma tentativa anterior de tomada do leste congolês. Ele também foi autor do "Relatório Santos Cruz", que avalia atos de violência contra tropas da ONU em missões de paz ao redor do mundo.  

Diante da escalada do conflito, a ONU enfrenta o desafio de equilibrar a necessidade de proteger a população civil, conter o avanço dos rebeldes e garantir que medidas políticas e econômicas eficazes sejam adotadas para frear a crise. A posição firme de Santos Cruz reforça a urgência de uma resposta internacional coordenada antes que a situação se deteriore ainda mais.

Desafios para o General Mesquita Gomes na MONUSCO 

O General de Exército Ulisses de Mesquita Gomes, com uma vasta experiência de 35 anos em crises internacionais e operações de manutenção da paz, assume agora a responsabilidade de comandar a Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO). Esta missão é uma das maiores operações de paz da ONU, com aproximadamente 14 mil capacetes azuis espalhados pela RDC.  

Entre os principais desafios que o General Mesquita Gomes enfrentará, destaca-se a complexidade do ambiente de segurança na RDC, marcado pela presença de diversos grupos rebeldes, como o M23, e a constante ameaça de violência contra civis e forças de paz. A missão enfrentará não apenas confrontos armados, mas também a tarefa de lidar com a escassez de recursos, as dificuldades logísticas e a proteção das populações vulneráveis, especialmente em áreas remotas e de difícil acesso, como o leste do Congo.  

Outro desafio será o equilíbrio entre a ação militar e a busca por soluções políticas. O General Mesquita Gomes terá de coordenar esforços com as autoridades congolesas, países vizinhos e a comunidade internacional, ao mesmo tempo em que lidera uma força de paz em um cenário altamente polarizado e com interesses geopolíticos complexos. A missão não pode se limitar à segurança física, mas também deve focar em iniciativas de reconciliação e apoio ao desenvolvimento das comunidades afetadas pela guerra.  

A coordenação com outras agências da ONU, ONGs e organizações humanitárias será crucial para garantir que a missão cumpra seu mandato de forma eficaz. Além disso, a presença de forças de paz sob comando brasileiro no contexto da MONUSCO exigirá uma abordagem diplomática sensível, considerando as relações entre o Brasil e os países envolvidos no conflito.  

Diante desses desafios, o General Ulisses de Mesquita Gomes terá que demonstrar sua habilidade em gestão de crises e seu compromisso com os valores de paz e segurança da ONU, sendo fundamental para a continuidade da estabilidade e segurança na região.


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Com ONU

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quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Hürjet: A Evolução do Treinador Avançado/LCA e Suas Perspectivas no Mercado Global

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A TAI (Turkish Aerospace Industries) deu mais um passo significativo no desenvolvimento do Hürjet, com a modificação do seu segundo protótipo para incorporar novas capacidades e aproximar o Advanced Trainer/Light Combat Aircraft (Treinador Avançado/Aeronave de Combate Leve) da maturidade. As atualizações recentes refletem um foco maior no desempenho de combate, transformando a aeronave em uma plataforma mais versátil e robusta para diversas missões, além de seu papel como treinador avançado.

As modificações no design do Hürjet resultaram em uma aeronave mais voltada para o combate, com mudanças notáveis em sua configuração. O alcance foi reduzido para 1967km, mas a taxa de subida aumentou consideravelmente, passando de 39.000 pés por minuto para impressionantes 48.500 pés por minuto. Esta melhoria reflete um desempenho de voo típico de aeronaves de combate, permitindo ao Hürjet executar curvas mais fechadas, com uma sustentação de até 6,3 G, comparado aos 5,5 G da versão anterior.

Além disso, a capacidade de carga útil do Hürjet foi ampliada para 3.400kg, representando um aumento de 25% em relação à versão anterior. O design das asas também foi ajustado, reduzindo a área para 25 metros quadrados, o que contribui para a maior taxa de subida. A aeronave agora incorpora um novo radome maior para acomodar o radar MURAD AESA da Aselsan, que será integrado à configuração LCA, a configuração de combate da aeronave.

Essas mudanças, em conjunto com a melhoria nas características de voo, indicam que a TAI está se preparando para a versão armada do Hürjet, com foco na execução de missões de apoio aéreo aproximado e patrulha aérea, funções típicas de um caça. Também está em andamento o desenvolvimento de um derivado naval do Hürjet, projetado para operar no futuro porta-aviões MUGEM com capacidade STOBAR (Short Takeoff But Arrested Recovery).

O Mercado Global e Oportunidades de Exportação

O Hürjet tem ganhado atenção internacional, com a TAI buscando expandir suas exportações. A aeronave foi oferecida em concorrências internacionais, como a da Malásia, onde competiu com o KAI FA-50, e recebeu atenção significativa da Espanha, que pretende substituir seus F-5. Recentemente, a TAI realizou um voo de demonstração na Espanha, um passo importante para firmar parcerias com países europeus.

O sucesso do Hürjet na exportação pode abrir portas para uma maior participação no mercado global de aeronaves de treinamento e combate leve, que continua a crescer. Países desenvolvidos estão buscando treinadores avançados para preparar seus pilotos para operar aeronaves modernas como o F-35, Eurofighter e Rafale, enquanto nações com orçamentos mais restritos buscam aeronaves de combate mais acessíveis, mas com desempenho de alto nível.

Potencial opção para a Força Aérea Brasileira?

O Hürjet, com suas capacidades avançadas de treinamento e combate, se apresenta como uma excelente opção para a Força Aérea Brasileira (FAB). A aeronave, que está sendo desenvolvida com foco em desempenho para missões de combate, poderia preencher uma lacuna no inventário da FAB, oferecendo uma plataforma eficaz para treinamento avançado de pilotos e cumprir missões de combate, sendo um substituto em potencial para os veteranos F-5EM/FM e o AMX A-1.

Além disso, a brasileira AKAER tem desempenhado um papel relevante no desenvolvimento do Hürjet, colaborando com a Turkish Aerospace Industries na criação dessa aeronave inovadora. Com o histórico de parcerias de sucesso e a expertise da AKAER no programa Gripen, o Hürjet surge como uma opção interessante para a FAB, seja como uma plataforma de treinamento avançado ou como uma aeronave de combate leve para missões específicas.

O Hürjet é uma aeronave que evolui rapidamente para se tornar uma plataforma de combate leve altamente capaz, com forte potencial no mercado global. Com o apoio da AKAER no desenvolvimento, essa aeronave pode se consolidar como uma opção estratégica para a Força Aérea Brasileira, oferecendo uma alternativa eficiente e de custo-benefício atrativo para o treinamento de pilotos e a realização de missões de combate em substituição aos vetustos F-5EM e AMX.


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Hungria Declara Capacidade Operacional Inicial para o KF41 Lynx

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As Forças Terrestres Húngaras anunciaram que o primeiro batalhão equipado com os veículos blindados de combate de infantaria (VBCI, ou IFV no inglês) KF41 Lynx atingiu a Capacidade Operacional Inicial (IOC). O marco foi divulgado durante a International Armoured Vehicles Conference 2025 (IAV 2025), realizada em Farnborough, Reino Unido.

O 1º Batalhão de Granadeiros da MH Kinizsi Pál, parte da 30ª Brigada de Infantaria Mecanizada, será a primeira unidade a operar os KF41 Lynx. Até o momento, o batalhão recebeu 45 veículos, sendo 25 produzidos na Alemanha e 20 montados na Hungria.

Os exercícios de certificação da unidade ocorrerão em breve e contarão com a colaboração da 1ª Brigada Blindada MH Klapka György, equipada com carros de combate Leopard 2A7HU e obuseiros autopropulsados PzH 2000. Essa integração reforça a interoperabilidade das forças blindadas e mecanizadas da Hungria.

Expansão do Programa KF41 Lynx

A 30ª Brigada de Infantaria Mecanizada, estabelecida em janeiro de 2023, contará com três batalhões mecanizados equipados com o KF41 Lynx, substituindo gradativamente os antigos blindados de transporte de pessoal BTR-80.

A Hungria firmou o contrato para a aquisição dos Lynx em agosto de 2020, em um acordo de € 2 bilhões. O pacote inclui sete variantes do veículo, desde modelos de combate e comando até versões de reconhecimento, controle de incêndio, evacuação médica e treinamento de motoristas. Além disso, nove veículos de suporte baseados no Leopard 2 fazem parte da compra.

Do total de veículos, 46 foram fabricados na Alemanha, enquanto os demais estão sendo montados na fábrica da Rheinmetall em Zalaegerszeg, na Hungria. As entregas começaram em outubro de 2022, com o primeiro Lynx montado localmente finalizado em dezembro de 2023. A entrega completa da frota está prevista para 2030.

Testes e Possível Expansão

Os testes iniciais do KF41 Lynx identificaram alguns problemas, que a Rheinmetall afirmou ter resolvido. Além da versão padrão, a Hungria estuda adquirir uma variante de defesa aérea equipada com o módulo de armas Skyranger 30, expandindo as capacidades defensivas do exército húngaro.

O programa KF41 Lynx representa um passo significativo na modernização das Forças Terrestres Húngaras, reforçando sua capacidade de defesa e interoperabilidade com outras forças da OTAN.


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com Rheinmetall 

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Airbus Helicopters Registra 455 Pedidos em 2024 com Forte Crescimento no Setor de Defesa

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A Airbus Helicopters registrou um desempenho notável em 2024, consolidando sua liderança global no setor de asas rotativas. Com 455 pedidos brutos (450 líquidos) e 361 aeronaves entregues, a empresa alcançou uma participação preliminar de 57% no mercado civil e parapúblico. No entanto, o grande destaque do ano foi o fortalecimento da presença da Airbus no setor de defesa e segurança, com contratos estratégicos e avanços tecnológicos significativos.

“O crescimento de quase 10% na entrada de pedidos pelo segundo ano consecutivo demonstra a estabilidade do nosso desempenho em um ambiente global complexo”, afirmou Bruno Even, CEO da Airbus Helicopters.

Expansão no Mercado de Defesa

O programa Super Puma teve um forte desempenho no segmento militar e parapúblico, garantindo 58 pedidos de importantes forças de segurança e defesa. Entre os principais clientes estão a Bundespolizei da Alemanha, a Guarda Costeira do Japão e os Ministérios da Defesa da Holanda e da Romênia, que confiaram na robustez e versatilidade desse helicóptero para diversas missões.

Outro marco importante foi o avanço do programa NH90. Em 2024, a Airbus Helicopters lançou uma atualização abrangente (Bloco 1) e iniciou os testes de voo da configuração Padrão 2 destinada às Forças Especiais da França. Além disso, a Força Aérea Espanhola recebeu sua primeira unidade na configuração Padrão 3, ampliando ainda mais a presença do NH90 no cenário militar europeu.

O sucesso do H145 e H145M no setor de defesa também merece destaque. Novos contratos foram firmados com a Força Aérea de Brunei, o Ministério da Defesa da Bélgica, a Força Aérea da Indonésia, o Comando de Aviação da Polícia do Bahrein e o Ministério da Defesa da Irlanda, demonstrando a crescente demanda global por helicópteros militares versáteis e confiáveis.

Suporte a Operações Militares e Humanitárias

Os helicópteros da Airbus continuaram a desempenhar um papel essencial em operações militares e humanitárias ao longo do ano. O Lakota, da Guarda Nacional dos EUA, foi empregado nos esforços de socorro após o furacão Helene, enquanto os H135 e NH90 atuaram no resgate de vítimas das enchentes em Valência, Espanha.

Além disso, a empresa investiu fortemente em tecnologias voltadas ao combate e reconhecimento. O sistema Flexrotor foi incorporado ao portfólio de UAS, expandindo as capacidades da Airbus em aeronaves não tripuladas. A integração entre plataformas tripuladas e não tripuladas também avançou, com testes conduzidos entre o VSR700 e o H130, reforçando a aposta da empresa em operações coordenadas e maior autonomia operacional para forças militares.

Outro avanço estratégico foi o lançamento de estudos conceituais para o desenvolvimento do Rotorcraft de Próxima Geração Europeu, um programa voltado à criação de helicópteros militares avançados para futuras missões de combate e suporte.

Expansão Global e Compromisso com a Sustentabilidade

A Airbus Helicopters também fortaleceu sua presença global no setor de defesa. A empresa celebrou 40 anos de sua instalação em Fort Erie, Canadá, o que será fundamental para a entrega de 19 H135 ao primeiro cliente de defesa canadense. No Reino Unido, a Airbus comemorou 50 anos de operação e inaugurou uma nova unidade em Oxford. Além disso, uma linha de montagem final do H125 será estabelecida na Índia em parceria com a TATA, reforçando sua presença no mercado asiático.

Em linha com as metas de sustentabilidade, a Airbus aumentou o uso de combustível de aviação sustentável (SAF) para quase 20% em voos de teste e treinamento em Marignane, Albacete e Donauwörth, expandindo essa prática também para sua instalação em Oxford, Reino Unido.

Perspectivas para 2025

Com um ano marcado por contratos militares estratégicos, inovações tecnológicas e crescimento contínuo no mercado de defesa, a Airbus Helicopters se prepara para um futuro promissor. Os resultados financeiros anuais de 2024 serão divulgados em 20 de fevereiro de 2025, consolidando um ciclo de crescimento sustentado e ampliação da influência da empresa no setor militar global.


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com Airbus Helicopters

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Royal Navy Planeja Substituir Helicópteros AEW "Crowsnest" por VANT "Vixen"

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A Marinha Real Britânica (Royal Navy) está planejando uma significativa modernização de suas capacidades aéreas para operações embarcadas. De acordo com informações do UK Defence Journal, a frota de helicópteros AW101 Merlin equipados com o sistema Crowsnest AEW&C (Alerta Aéreo Antecipado e Controle) será substituída pelo VANT Vixen a partir da década de 2030.

O Vixen faz parte de uma nova família de drones projetados para operar a bordo dos porta-aviões britânicos, realizando missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (ISR), Alerta Aéreo Antecipado (AEW), ataque e até combate ar-ar. A Marinha Real destaca que o Vixen terá um tamanho mais compacto do que os caças F-35B STOVL, permitindo maior flexibilidade no convés dos porta-aviões da Classe Queen Elizabeth.

O "Crowsnest" deverá ser substituído pelo VANT Vixen como plataforma AEW

Uma das questões em aberto é o método de lançamento e recuperação da aeronave. O Vixen pode adotar um sistema de decolagem curta com recuperação por gancho de parada (Short-Takeoff but Arrested Landing - STOBAR). Entretanto, a possibilidade de uma decolagem assistida por catapulta também está sendo considerada.

A General Atomics tem demonstrado grande interesse em fornecer uma versão reduzida de seu sistema eletromagnético de lançamento de aeronaves (EMALS) para os porta-aviões britânicos. Esse conceito já foi apresentado em diversas ocasiões às autoridades do Reino Unido.

Entre as soluções apresentadas, destaca-se uma mini-catapulta para o lançamento de VANTs como o Gambit 2, de forma similar à possível operação do Vixen a bordo dos navios-aeródromo da Classe Queen Elizabeth.

O uso de catapultas permitiria que o Vixen decolasse com maior carga útil e sem ocupar a pista do porta-aviões, ao contrário da tradicional decolagem por rampa (ski-jump). No entanto, o ski-jump permanece uma opção atrativa devido à sua simplicidade e menor custo operacional.

Evolução tecnológica

A substituição dos helicópteros AW101 Crowsnest pelo VANT Vixen marca uma evolução na doutrina de alerta aéreo antecipado da Marinha Real, alinhando-se à crescente adoção de veículos aéreos não tripulados (VANTs) em missões críticas.

Caso a integração do Vixen seja bem-sucedida, a Marinha Real poderá contar com um sistema aéreo mais flexível, de menor custo operacional e capaz de operar continuamente a partir dos seus porta-aviões, reforçando a defesa da frota e ampliando o alcance das operações navais do Reino Unido no futuro.


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com Royal Navy

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