sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Biden vai congelar retirada de tropas dos EUA da Alemanha

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pretende congelar o plano iniciado por seu antecessor, Donald Trump, para reduzir a presença de tropas americanas na Alemanha.

"Hoje [Biden] anunciará (...) uma revisão da situação das forças globais e, enquanto essa revisão estiver pendente, congelará qualquer redistribuição de tropas da Alemanha", disse o assessor de segurança nacional do novo governo, Jake Sullivan.

Trump, que manteve frias relações com Berlim, disse em junho que queria reduzir em grande medida o número de militares na Alemanha, de aproximadamente 35 mil para cerca de 25 mil. "A Alemanha está em dívida, está em dívida há anos e deve bilhões de dólares à Otan, e tem que pagar", afirmou em um discurso.

Em diversas ocasiões, o presidente americano acusou a Alemanha de se beneficiar da presença militar americana em seu território sem oferecer contrapartidas, como um aumento de seus gastos em defesa para acima de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. A marca atual alemã é de cerca de 1,4% do PIB em defesa.

Posteriormente, o Pentágono afirmou que a retirada envolveria cerca de 12 mil soldados, com o repatriamento de 6.400 deles para os Estados Unidos, enquanto os outros 5.600 se reposicionariam em outros países da Otan.

A decisão de Trump foi vinculada à sua tensa relação com a Alemanha e a União Europeia por questões comerciais, mas gerou preocupações de que estava enfraquecendo a segurança dos países ocidentais com relação à Rússia. O plano gerou críticas na Europa mas também entre especialistas militares nos EUA.

Ao todo, os EUA mantêm aproximadamente 34.500 militares na Alemanha, que abriga mais soldados americanos do que qualquer outro país europeu. A presença militar dos EUA no território alemão é um legado da ocupação pelos Aliados após a Segunda Guerra Mundial.

Apesar da diminuição da presença militar americana na Europa desde o fim da Guerra Fria – em 1962, os EUA tinham 274.119 soldados estacionados no país –, a Alemanha permanece como um centro estratégico para as forças do Pentágono.

A base americana em Stuttgart é usada para as missões na Europa e na África, enquanto a de Ramstein tem papel fundamental no envio de soldados e equipamentos para o Iraque e o Afeganistão. O hospital militar americano em Landstuhl, próximo a Ramstein, é o maior desse tipo fora dos EUA.


Fonte: Deutsch Welle

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