terça-feira, 9 de abril de 2019

Piloto holandês atinge sua própria aeronave!


Um piloto de F-16 holandês conseguiu um feito raro, conseguindo atingir a sua própria aeronave com um disparo do seu canhão Vulcan durante um exercício de tiro real.

O fato ocorreu durante um exercício de treinamento envolvendo duas aeronaves F-16 que sobrevoavam a ilha de Vlieland em 21 de janeiro, o piloto abriu fogo com seu canhão Vulcan e após realizar uma manobra de mergulho e recuperação foi atingido por seus próprios projéteis, causando danos ao motor e a fuselagem de sua aeronave.

O piloto não se feriu no incidente, tendo realizado todos procedimentos de emergência e pousando em segurança na Base Aérea de Leeuwardem.

Curiosamente em outro dia 21, mas desta vez em setembro de 1956, o piloto de testes da Grumman, Tom Attridge, enquanto realizava um voo de testes de rotina, foi misteriosamente atingido por projéteis que atravessaram a fuselagem e o canopy de sua aeronave, forçando-o a realizar um pouso de emergência, a aeronave foi “abatida” enquanto sobrevoava os limites de uma zona para ensaios em voo nos EUA, muito distante de qualquer área de conflito.

Attridge estava voando uma missão para avaliar o novo sistema de armas do F-11F Tiger, onde disparou uma série de rajadas com seus canhões de 20mm, após os disparos Attridge aumentou o ângulo de descida e realizou novos disparos. Foi então que após aproximadamente um minuto após a primeira rajada, sua aeronave foi surpreendentemente atingida por seus próprios projéteis, conforme concluiu as investigações posteriores ao ocorrido.

O feito repetido em 21 de janeiro pelo piloto holandês é considerado "um em um milhão", mas há uma explicação cientifica para o ocorrido.

Segundo uma matéria publicada explicando o ocorrido em 1956, onde o piloto norte americano abateu sua própria aeronave, basta um pouco de matemática elementar para entender o que aconteceu. O F-11F Tiger disparou seus projéteis de 20mm á 13.000 pés (4.000 m) e foi atingido quando estava voando á 7.000 pés (2.100 m). Sabemos que os projéteis saíram dos canhões a mais de 2.000 km/h e que o F-11F estava em voo supersônico, a aproximadamente 1.300 km/h. 

Fonte: Aeromagazine
Assim, ao serem disparadas a velocidade dos projéteis era muito superior à do F-11F, o que significa que não havia nenhuma maneira das trajetórias se cruzarem. Porém, agora vamos a explicação pela física. Depois de alguns quilômetros os projéteis diminuem significativamente sua velocidade por seu deslocamento em um fluído, no caso o ar, que realiza uma elevada resistência. O avião continuava na mesma velocidade, graças ao uso de um motor, o que os projéteis evidentemente não dispunham, viajando apenas pela energia cinética, ou seja, a energia do disparo.

Assim, ao manter sua trajetória de mergulho o avião encontrou os projéteis, que possivelmente estavam nesse momento na mesma velocidade (ou até mais devagar) que o F-11F. Talvez seja mais fácil ganhar na loteria, mas o piloto Tom Attridge estava na frente das balas que havia disparado segundos antes, o que possivelmente também aconteceu no caso do F-16 holandês.

Realmente um feito que não acontece qualquer dia, tanto que só temos dois relatos da ocorrência deste tipo de caso. Algo que é muito incomum ocorrer, mas como já está demonstrado, não é impossível ocorrer.


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com pesquisa em várias fontes

Colaborou: Joaquim Guerreiro
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