terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Taurus apresenta portfólio ao Corpo de Fuzileiros Navais


O CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs, e o Diretor Comercial da Divisão Militar & Exportação, Henrique de Moraes Gomes, estiveram no Comando do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) para uma reunião estratégica com o Comandante-Geral, Almirante de Esquadra (FN) Carlos Chagas Viana Braga e o Contra-Almirante (FNCláudio Lopes de Araujo Leite, Comandante de Material de Fuzileiros Navais.

O encontro teve como objetivo apresentar o portfólio Taurus Military Products, discutir soluções integradas para defesa e avaliar possíveis sinergias com as necessidades atuais e futuras do CFN.

CFN e o ciclo natural de modernização de armamentos

O Corpo de Fuzileiros Navais opera tradicionalmente com o M16A2, fuzil padrão da Força há décadas e cuja plataforma AR-15 se tornou sinônimo de confiabilidade, modularidade e ampla disponibilidade logística. O M16A2 foi fundamental em diversas fases e permanece plenamente operacional, mas seu ciclo de vida já aponta para a necessidade de uma transição planejada.

O CFN realizou aquisições pontuais de armamento adicional, incluindo a recente autorização para compra de 140 carabinas M4, como forma de complementar a dotação existente e avaliar configurações mais modernas. Nada disso configura, até o momento, um processo formal de substituição do M16A2, porém demonstra que a Força mantém ativa a análise de plataformas mais atuais dentro do mesmo ecossistema AR.


Taurus T4: uma alternativa nacional dentro da mesma doutrina

Nesse contexto, a visita da Taurus ganha relevância técnica. O Taurus T4, fabricado no Brasil e derivado da mesma família de plataforma AR do M4/M16, é compatível com a doutrina atual do CFN, tanto em ergonomia quanto em manutenção e acessórios. Entre seus pontos fortes:

  • Mecânica baseada no sistema AR, já dominado pelos Fuzileiros.

  • Modularidade, permitindo múltiplas configurações de acordo com missão e unidade.

  • Cadeia logística nacional, reduzindo dependência externa e custos de ciclo de vida.

  • Integração com acessórios já usados pelo CFN, como miras ópticas, lanterna e empunhaduras.

Embora não exista qualquer indicação oficial de que o CFN esteja prestes a substituir seu arsenal de M16A2, é natural que plataformas contemporâneas, como o T4, sejam consideradas em estudos de médio prazo, especialmente diante da busca constante por maior interoperabilidade com forças amigas e otimização logística.

Diálogo estratégico, não decisão

A visita ao ComGer-CFN deixa claro que o encontro teve caráter estratégico, e não de deliberação. O Corpo de Fuzileiros Navais segue cultivando um diálogo permanente com a indústria nacional, mantendo portas abertas para soluções que possam fortalecer suas capacidades no longo prazo.

Do outro lado da mesa, a Taurus buscou se posicionar como fornecedora de um pacote completo de sistemas, apto a atender às demandas típicas de uma força anfíbia: operações terrestres, ações expedicionárias e emprego em ambientes complexos. O clima foi de interesse mútuo, uma troca de visões sobre o futuro, e não de anúncios imediatos ou substituições já definidas.

Num cenário internacional em que os ciclos de modernização se aceleram e novas plataformas surgem a cada ano, o CFN demonstra prudência: avalia alternativas, observa tendências e absorve conhecimento, mas sem abrir mão da doutrina consolidada que sustenta sua operacionalidade. Essa postura revela uma força que busca evoluir com responsabilidade, combinando capacidade militar, autonomia industrial e coerência estratégica.


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