terça-feira, 29 de janeiro de 2013

China cada vez mais próximo de ser super potência



Há algumas décadas se nos referíssemos á China como sendo forte candidata á se tornar uma super potência, muitos iriam rir ou nos julgar loucos. Mas a verdade deste novo século é bem diferente, enquanto as grandes potências européias e a super potência americana estagnaram na última década do século XX e mergulharam em uma grande crise econômica no principio do século XXI, os chineses deram largos passos para se tornar uma potencia econômica e preparando-se para se tornar uma potencia militar e espacial.
Na última década assistimos ao despontar da potencia econômica chinesa, que saiu da produção de baixo custo de produtos simples de preço irrisório que inundaram as lojas de vários países, como por exemplo, no Brasil ficou conhecido como a febre do R$1,99, onde produtos extremamente abaixo dos preços de mercado, embora com qualidade inferior, tomaram os mercados mundiais. A partir daí a China conseguiu se capitalizar e entrar no jogo das exportações, acumulando um enorme superávit com seus produtos de baixo custo e tecnologia, passou a estabelecer políticas internas que atraíram empresas de setores de tecnologia de várias nações desenvolvidas, principalmente pela numerosa mão de obra disponível e os baixíssimos custos desta em relação aos países de origem destas empresas.
Com este cenário, passamos a ver com mais freqüência produtos de renomadas marcas com a descrição “Made in China”, desde simples peças de carro á Iphones e outros produtos de alta tecnologia, criando assim uma importante capacitação daquela indústria que antes era fraca e muito atrasada, vimos a China das bicicletas experimentar o avanço em todos os campos, desde a mudança em seus centros urbanos, como na qualidade de vida das populações de suas metrópoles.
 
Porém, o passo mais importante foi dado ao não se contentarem em se tornar simples montadores, foram criados grandes centros de pesquisa e desenvolvimento, onde em grande parte foi adotada a engenharia reversa, o que rendeu a China o título de maior produtora de produtos piratas, ou como alguns chamam “genéricos”, rendendo não só muitos processos contra as empresas que faziam uso desta pratica, mas também levantando dúvidas quanto a qualidade dos seus produtos. 
Nada escapou da sede chinesa por absorver conhecimento e capacidade tecnológica, até mesmo a indústria aeronáutica russa sofreu a clonagem de um de seus principais caças modernos de exportação da família Sukhoy.
Em paralelo a todo esse desenvolvimento, assistimos uma China dinâmica muito mais próxima do mundo, distante da política econômica isolada típica do comunismo, cada dia se mostrou mais próxima ao capitalismo do ponto de vista econômico, investindo não só em seu parque industrial e mercado imobiliário, mas ousando na compra de títulos estrangeiros de alta liquides, passando a ser um dos mais importantes credores do ocidente.
A China passou a fazer parte do grupo denominado BRICs, termos desenvolvido para denominar as quatro maiores economias emergentes, grupo do qual fazem parte Brasil, Rússia, Índia e a China. Onde encontrou um papel de maior importância na agenda internacional, atingindo um novo patamar no cenário internacional que passou a migrar da hegemonia norte americana que vinha desde a queda da União Soviética na década de 90, pondo fim á bipolaridade, e hoje mais uma vez passando por uma mudança radical, onde o mundo tem se tornado multipolar, sendo inseridos novos players ao tabuleiro geopolítico, dentre os membros do BRICs, a China e o Brasil se tornaram as economias mais robustas e estáveis, sendo um importante fator na economia mundial, embora a mesma ainda gire ao redor da cambaleante economia americana e européia.
No campo militar a China ainda esta longe de ser uma super potência á curto prazo,mas diante do aumento contínuo do orçamento de defesa daquele país, é previsível que dentro de no máximo duas décadas tenhamos uma China capaz de ser comparada militarmente aos EUA.
Ao analisarmos os saltos apresentados no campo militar nas duas últimas décadas, vemos uma China galopando de maneira consistente e continua em busca de possuir um arsenal moderno e capaz de prover não só a defesa de sua vasta extensão territorial, mas de projetar poder em áreas cada vez mais distantes de sua zona de influência na Ásia.  Dentre os importantes passos podemos citar o desenvolvimento de seu próprio caça de quinta geração, a aquisição de seu primeiro Navio Aeródromo e o adestramento de sua marinha no uso daquela arma, estreitando laços com outros países para adquirir conhecimento sobre o mesmo, incluindo aí um estreitamento de relações militares com o Brasil no intuito de adestrar seus marinheiros na utilização do navio aeródromo.
Há poucos dias foi anunciado um ousado programa de lançamentos de satélites e sondas, que se bem sucedidos irá superar as super potências espaciais EUA e Rússia, sendo um importante marco na mudança do status chinês no cenário geopolítico mundial.
Os olhos do mundo inteiro acompanham de perto o crescimento chinês e criam várias vias de estudo para a futura posição mundial em relação a nova China e seus interesses, apesar de alguns especialistas em política e economia não acreditarem que o dragão chinês possa sustentar essa enorme taxa de crescimento e desenvolvimento por muito tempo. A nós resta esperar pelos próximos capítulos da história.
Autor: Angelo D. Nicolaci – Editor do site GeoPolítica Brasil, estudante de Relações Internacionais e pesquisador sobre o tema geopolítica mundial.
Fonte: GeoPolítica Brasil
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