Em 4 de novembro de 1979, uma crise diplomática começou no Irã, quando estudantes islâmicos militantes invadiram a Embaixada dos Estados Unidos em Teerã, tomando 66 funcionários norte-americanos como reféns. Enquanto a maioria ficou cativa por 444 dias, seis diplomatas conseguiram escapar e se abrigar na Embaixada Canadense. O resgate desses seis, conhecido como "Operação Argo", tornou-se uma das missões mais ousadas e inacreditáveis da história da CIA.
A situação exigia uma resposta urgente de Washington. Tony Mendez, especialista em operações secretas da CIA, foi designado para exfiltrar os seis diplomatas, passando-os como membros de uma equipe de filmagem canadense. O plano, ousado e criativo, envolveu a criação de uma falsa produtora de filmes, a "Studio Six Productions", com a ajuda de profissionais de Hollywood. Utilizando um roteiro fictício e arte de cenários do artista Jack Kirby, a equipe de resgate conseguiu fazer os diplomatas se passarem por cineastas explorando locações no Irã.
Com passaportes falsos fornecidos pelo governo canadense e todos os detalhes meticulosamente planejados, Mendez e outro agente da CIA entraram em Teerã e, após dois dias de preparação intensa, conduziram os diplomatas ao Aeroporto de Mehrabad. Após momentos de tensão e um atraso inesperado no voo, o grupo embarcou em um avião da Swissair, finalmente escapando do Irã.
O sucesso da missão foi comemorado como uma vitória do trabalho conjunto entre EUA e Canadá, embora o papel da CIA tenha permanecido em segredo até 1997. Décadas depois, a operação foi imortalizada no filme "Argo" (2012), dirigido por Ben Affleck, que também retratou Tony Mendez. A história real, de uma missão impossível que virou realidade, continua a inspirar gerações de oficiais de inteligência e cinéfilos ao redor do mundo.
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Com CIA
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