A aviação naval tem desempenhado um papel essencial na preservação da Amazônia, contribuindo de forma decisiva em operações como o combate ao garimpo ilegal, resgates e o enfrentamento de incêndios florestais. Um exemplo recente de sucesso é a segunda fase da Operação “Catrimani”, conduzida pelas Forças Armadas. Em quase seis meses de operação, já foram causados prejuízos de R$ 214 milhões às atividades de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, com apreensões e destruição de pistas e equipamentos.
Um dos pilares dessa missão tem sido a atuação dos helicópteros da Marinha do Brasil (MB), que permitem o acesso a áreas remotas, onde as vias terrestres são inexistentes ou intransitáveis. Segundo o Capitão de Corveta Fuzileiro Naval-Aviador Anderson de Oliveira Bragagnolo, Chefe do Departamento de Operações do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Norte (EsqdHU-41), os aviadores da Marinha têm colaborado não apenas no combate ao crime organizado, mas também em ações de desenvolvimento social, como projetos de infraestrutura e saúde em cidades isoladas da região.
Além disso, a aviação naval tem sido peça-chave no combate a incêndios na Amazônia. “No ano passado, atuamos tanto na reserva de Tapajós-Arapiuns, no Pará, quanto na reserva do lago Piratuba, no Amapá, no enfrentamento de incêndios florestais”, relembra o Capitão Bragagnolo. Essas missões são arriscadas, com visibilidade limitada pela fumaça, mas os pilotos estão altamente preparados para lidar com as adversidades e garantir o sucesso das operações.
O EsqdHU-41, conhecido como Esquadrão “Hipogrifo”, conta com helicópteros UH-15 “Super Cougar”, que são capazes de transportar grandes cargas e tropas de Fuzileiros Navais com rapidez e eficiência. As aeronaves são fundamentais para desembarques rápidos e recolhimento de tropas em áreas de difícil acesso, utilizando técnicas como rappel, fast rope e lançamento de paraquedistas. O esquadrão também realiza missões de busca e salvamento, estando à disposição 24 horas por dia para atender emergências no mar territorial.
Para o Capitão Bragagnolo, as missões na Amazônia, como a Operação “Catrimani”, apresentam desafios logísticos consideráveis. Sobrevoar áreas vastas de floresta, sem pontos de pouso alternativos, exige habilidade e comprometimento dos pilotos. “Dedicamos nossas vidas a cumprir as missões que recebemos, fazendo o nosso melhor pelo País”, afirma o oficial, destacando o espírito de dedicação da equipe.
A aviação naval não só apoia a segurança e o desenvolvimento da região amazônica, mas também reforça a prontidão das Forças Armadas em proteger o patrimônio nacional e preservar as riquezas naturais da Amazônia.
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Com Marinha do Brasil
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