terça-feira, 28 de abril de 2020

Um F-16 da USAF bombardeou acidentalmente o Japão


Um F-16 Fighting Falcon da Força Aérea dos EUA (USAF) lançou por engano uma bomba sobre propriedades particulares próximas de um campo de exercícios no Japão. A USAF divulgou o relatório do acidente no início desta semana, embora o incidente teria ocorrido em 6 de novembro de 2019. O relatório explica que um erro do piloto fez com que a bomba guiada a laser GBU-12 atingisse o local errado, a quilômetros de distância do alvo real.


O F-16CM pertencente ao 14th Fighter Squadron estava realizando uma missão de treinamento no campo de tiro em Draughon, localizado a aproximadamente 24 quilômetros da base do caça na Base Aérea de Misawa. O piloto acidentalmente lançou a GBU-12 totalmente fora do alvo,  pelo menos a cerca de 5,5km do ponto de lançamento planejado. A bomba caiu sobre uma area habitada, porém, sem resultar em perdas humanas ou danos materiais, não detonando e nem atingindo nenhuma propriedade.
A GBU-12 Paveway II é uma bomba de 500 libras equipada com um buscador a laser e aletas de controle que guiam a bomba até o alvo. A aeronave lançadora, outra aeronave, drone ou unidade no solo “marca” o alvo com designador laser. Uma vez que a bomba é lançada, o buscador detecta a energia do laser refletida no alvo e direciona a arma ate o impacto contra o alvo iluminado.

Bombas guiadas a laser como o Paveway II são consideradas "bombas inteligentes", mas são tão inteligentes quanto os dados de direcionamento. Nesse caso, o relatório explica que o piloto estava realizando uma missão de supressão noturna da defesa aérea inimiga (SEAD) e foi liberado para lançar uma GBU-12 inerte (não explosivo). Devido às nuvens dispersas no nível de 6.000 a 8.000 pés, o piloto foi incapaz de ver o alvo. O piloto pediu a outra aeronave que fazia parte da formação de três aeronaves para transmitir as coordenadas alvo, a outra aeronave o fez. Infelizmente, o piloto aparentemente se equivocou e liberou a bomba em um conjunto diferente de coordenadas.


O relatório culpa “atenção canalizada, mudança de clima e erro técnico” pelo lançamento incorreto. O piloto acreditava que, se uma das outras aeronaves em seu envelope de ataque pudesse ver o alvo, seria seguro lançar a bomba. Infelizmente, desconhecido por todos os envolvidos, o piloto agiu com base em dados incorretos.
Segundo a USAF, a aeronave e o piloto foram ambos imediatamente groundeados após o incidente. O piloto foi desqualificado, tendo que realizar novamente o treinamento no manuseio de armas e recebeu instruções para informar todos os outros pilotos de Misawa "sobre a sequência de eventos que antecederam o acidente para evitar um incidente semelhante".

Incidentes como esses acontecem periodicamente, mas são particularmente perturbadores quando ocorrem em bases no exterior, onde os governos locais são sensíveis à presença de tropas estrangeiras em seu território. Posteriormente, o governo japonês emitiu uma nota de "protesto" pelo incidente ocorrido no exercício da USAF, e ficou particularmente irritado por não ter sido informado até o dia seguinte. Em um incidente em março de 2018, outro F-16 baseado em Misawa, ejetou dois tanques suplementares de combustível em um lago depois que seu motor pegou fogo. Tais incidentes geram uma grande dor de cabeça para ambos governos.

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Com agências

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