sexta-feira, 9 de agosto de 2024

FAB Intensifica Vigilância Aérea e Registra Mais de 4 mil Interceptações nos Últimos 5 Anos

A Força Aérea Brasileira (FAB), através do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), tem reforçado sua presença no espaço aéreo nacional com operações de monitoramento contínuo e ações de inteligência cada vez mais sofisticadas. Esse esforço incessante visa proteger a soberania do Brasil e assegurar que o território aéreo esteja sob vigilância constante, 24 horas por dia. Utilizando uma combinação de radares terrestres, satélites de última geração e aeronaves especializadas, a FAB tem atuado de forma incisiva para detectar e neutralizar tráfegos aéreos ilícitos, garantindo a segurança do país contra ameaças potenciais.

Em 2024, até o início de julho, a FAB já havia interceptado 207 aeronaves suspeitas, seguindo uma tendência de redução nos números de interceptações em comparação com os anos anteriores. Em 2023, foram 404 aeronaves interceptadas, uma queda significativa em relação a 2022, quando esse número foi de 435. A redução é ainda mais expressiva quando comparada aos 1.147 casos registrados em 2021 e aos 984 em 2020. Desde 2019, quando houve 843 interceptações, a FAB tem intensificado o uso de tecnologias avançadas e estratégias de inteligência para mitigar a necessidade de intervenções diretas, resultando em uma diminuição consistente das operações de interceptação.

O Coronel Aviador Leonardo Venancio Mangrich, Vice-Chefe do Centro Conjunto de Operações Aeroespaciais (CCOA) do COMAE, aponta que essa redução nas interceptações é um claro indicativo da eficiência das ações preventivas conduzidas pela FAB. "Temos utilizado uma ampla gama de meios tecnológicos e informações provenientes de diversos órgãos de segurança pública e fiscalização para identificar e agir contra tráfegos aéreos ilícitos de maneira preventiva. Ao focarmos em pontos estratégicos e utilizarmos dados de inteligência, estamos conseguindo diminuir a necessidade de interceptações, o que mostra que o trabalho preventivo está sendo extremamente efetivo", destaca o Coronel Mangrich.

A FAB tem se apoiado em plataformas tecnológicas de alta precisão para garantir a vigilância eficaz do espaço aéreo brasileiro. Um dos recursos mais valiosos nesse esforço é a aeronave E-99, de fabricação nacional, equipada com sistemas avançados de controle e alarme em voo. Essas aeronaves, que operam integradas a uma rede de sensores e satélites, são cruciais para a coleta de dados em tempo real e para a realização de análises detalhadas das ameaças. O uso de Inteligência Artificial (IA) tem sido particularmente significativo, permitindo à FAB otimizar suas operações de vigilância e reduzir o número de interceptações sem comprometer a segurança nacional.

No entanto, a queda nas interceptações não reflete uma diminuição dos esforços da FAB. Pelo contrário, ela ilustra o sucesso das estratégias preventivas e de dissuasão adotadas nos últimos anos. A integração das operações de inteligência com os sistemas de defesa aérea tem possibilitado à FAB identificar e neutralizar potenciais ameaças antes mesmo que elas exijam uma resposta mais agressiva. "A presença constante e estratégica das aeronaves E-99, aliada ao uso de IA, permitiu uma redução significativa no número de aeronaves interceptadas. Essa queda é um reflexo direto da eficácia das ações preventivas", observa o Coronel Mangrich.

O processo de interceptação, quando necessário, segue um protocolo rigoroso, começando com a detecção de uma aeronave não identificada ou suspeita dentro da Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA). Controladores de tráfego aéreo, tanto civis quanto militares, tentam estabelecer contato com a aeronave para determinar sua identidade e intenções. Se não houver resposta ou se a resposta for insatisfatória, caças interceptadores são enviados para identificar visualmente a aeronave. Caso a aeronave persista em comportamento suspeito, um tiro de aviso é realizado—a última medida antes de uma possível detenção em voo.

A interoperabilidade entre os sistemas civil e militar é um dos pilares para a eficácia das operações da FAB. Muitas vezes, são os controladores de tráfego aéreo civil os primeiros a detectar uma possível ameaça, coordenando imediatamente com os Centros de Operações Militares (COPM) dos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA). Esse sistema integrado permite uma resposta rápida e coordenada, essencial para minimizar o tempo de reação e garantir o sucesso das interceptações.

O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) desempenha um papel central no planejamento e execução dessas ações. Como responsável pelo controle aeroespacial, o COMAE conduz as operações necessárias para a identificação, coerção ou detenção de tráfegos aéreos ilícitos no território nacional. A combinação de tecnologia avançada, inteligência estratégica e um sistema integrado de defesa tem garantido que a FAB mantenha a soberania do espaço aéreo brasileiro, agindo de forma decisiva contra qualquer ameaça.

Essa contínua vigilância e prontidão refletem o compromisso da FAB em proteger o Brasil e assegurar que o espaço aéreo nacional esteja seguro contra qualquer tipo de incursão ilícita. As operações em curso são uma demonstração clara da capacidade da Força Aérea Brasileira de adaptar-se às novas ameaças e de utilizar a tecnologia de maneira eficaz para preservar a soberania e a segurança do país.


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com FAB

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