domingo, 3 de março de 2024

Senado dos EUA Mantém Venda de Caças F-16 para Türkiye Após Intensa Oposição

Na tarde da última quinta-feira (29), o Senado dos Estados Unidos decidiu, por uma margem significativa, manter a venda de caças F-16 e kits de modernização à Türkiye, em um negócio avaliado em US$ 23 bilhões. A votação foi resultado de um esforço liderado pelo governo do presidente Joe Biden, que aprovou a transação após a Türkiye ter endossado a adesão da Suécia à aliança da OTAN.

Com um placar de 79 votos contra 13, o Senado rejeitou uma resolução de desaprovação apresentada pelo senador republicano Rand Paul, que argumentou veementemente contra o acordo. Paul denunciou o histórico de comportamento questionável do governo turco e alertou para os perigos de incentivar suas ações com uma venda tão substancial de equipamentos militares.

Antes da votação, o senador Rand Paul expressou sua preocupação com o que ele descreveu como o "mau comportamento" da Türkiye e questionou a sabedoria de avançar com a venda. Em contrapartida, os defensores da transação destacaram a importância de manter a palavra dada a um aliado estratégico da OTAN, enfatizando os interesses de segurança nacional dos Estados Unidos na região.

A administração Biden formalizou a intenção de prosseguir com a venda em 26 de janeiro, logo após a Türkiye ter concluído o processo de ratificação da adesão da Suécia à OTAN. Esta transação, que inclui 40 caças F-16 da Lockheed Martin e kits de modernização, foi inicialmente solicitada pela Türkiye em outubro de 2021. No entanto, disputas políticas e questões de segurança internacional atrasaram o processo por meses.

A Lei de Controle da Exportação de Armas dos EUA concede ao Congresso o poder de bloquear grandes vendas de armas, mediante a aprovação de uma resolução de desaprovação tanto no Senado quanto na Câmara dos Representantes. Apesar de existir há mais de meio século, nenhuma resolução desse tipo conseguiu sobreviver a um veto presidencial.

O contexto geopolítico que envolve a adesão da Suécia à OTAN, após a invasão russa à Ucrânia em fevereiro de 2022, adicionou uma camada adicional de complexidade às negociações. Enquanto a Finlândia teve sua adesão à aliança confirmada no ano passado, a candidatura da Suécia foi retida pela Türkiye e pela Hungria, requerendo aprovação unânime dos membros da OTAN.

O resultado da votação no Senado dos EUA reflete não apenas os interesses estratégicos dos Estados Unidos na região, mas também as dinâmicas geopolíticas em jogo, especialmente diante das tensões crescentes entre a Rússia e os países europeus. O debate sobre a venda de armamento militar continuará a desempenhar um papel central nas discussões sobre segurança internacional e alianças estratégicas nos próximos meses.


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com Reuters

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