Na última sexta-feira , o Navio Polar (NPo) "Almirante Maximiano" alcançou um feito histórico ao cruzar o Círculo Polar Antártico, uma marca raramente atingida devido às condições extremas da região. Este marco inédito marca um avanço significativo para as pesquisas científicas e reafirma o compromisso da Marinha do Brasil com o desenvolvimento e a preservação do continente branco.
Localizado aproximadamente na latitude 66°33′48.9’’Sul, o Círculo Polar Antártico é uma linha imaginária que delimita a área ao redor do Polo Sul, onde o sol não se põe no solstício de dezembro e não nasce no solstício de junho. Cruzá-lo representa um desafio monumental, considerando as condições climáticas e geográficas adversas da região.
O Comandante do NPo "Almirante Maximiano", Capitão de Mar e Guerra Dieferson Ramos Pinheiro, enfatizou a importância desse feito, especialmente após cinco meses de comissão. Ele destacou o estímulo que representou para toda a tripulação e pesquisadores, bem como a inspiração que trouxe para a comunidade científica brasileira.
A operação em que o NPo "Almirante Maximiano" está envolvido é parte integrante do Programa Antártico Brasileiro, conhecido como OPERANTAR. Dividida em atividades logísticas e de pesquisa, a OPERANTAR desempenha um papel fundamental na organização de materiais, equipamentos e gêneros necessários para o funcionamento da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) e para o desenvolvimento dos projetos científicos.
A parte de pesquisa da OPERANTAR ocorre durante o verão antártico, entre os meses de outubro e março, e é conduzida em diferentes locais, incluindo bordo dos navios da Marinha do Brasil, na EACF, em acampamentos isolados e em estações estrangeiras, por meio de acordos de cooperação entre os países.
Os projetos de pesquisa são selecionados e divulgados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e abordam uma ampla gama de questões científicas relevantes para a região. A coleta de amostras e a realização de experimentos científicos são conduzidas com base em protocolos rigorosos, visando contribuir para o avanço do conhecimento sobre a Antártica e seus impactos globais.
O NPo "Almirante Maximiano" continua sua jornada no continente branco, com retorno previsto para o Brasil em abril deste ano. Este marco não apenas reforça o compromisso do Brasil com a pesquisa antártica, mas também destaca a importância da cooperação internacional na exploração e preservação desse ambiente único em nosso planeta.
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