Inovação em Defesa: John Cockerill revela torre 1030 para combater Drones

Em resposta à crescente ameaça representada por drones durante conflitos armados, a John Cockerill Defense revelou a nova torre 1030 de 30 mm com emprego de munição airburst, destinada a combater VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados, ou popularmente drones). Esta revelação foi feita pelo diretor de marketing da empresa, Simon Haye.

A torre 1030 foi atualizada para incorporar uma capacidade Counter-Unmanned Aerial Systems (C-UAS), que inclui munição airburst de 30x173 mm e radares para detecção e rastreamento. Com um limite de elevação de até 70 graus, a torre possibilita o engajamento eficaz de VANTs que se aproximam do topo da viatura, oferecendo uma resposta eficiente a uma das ameaças mais frequentes enfrentadas pelos veículos blindados em conflitos contemporâneos.

A experiência adquirida durante a Guerra Russo-Ucraniana destacou a vulnerabilidade dos veículos blindados a pequenos drones, que representam uma ameaça significativa juntamente com os mísseis antitanque (ATGMs) e os lança-granadas (RPGs). Diante desse cenário, diversos fabricantes de sistemas de armas têm revisado seus projetos para integrar capacidades de autodefesa mais robustas.

As munições airburst para armas principais emergiram como uma solução eficaz, dada sua facilidade de integração e sua letalidade contra os drones, que são frágeis e difíceis de atingir com precisão. Além disso, sistemas de armas remotamente controlados (SARCs) também estão sendo adaptados para funcionar como C-UAS em curtas distâncias, como demonstrado pela utilização do SARC 7,62 mm pela FNSS em veículos blindados PARS ALPHA.

Em adição, alguns fabricantes estão explorando a instalação de bloqueadores em veículos para interromper os sinais de comunicação dos drones, como uma medida adicional de defesa. No entanto, a eficácia desses bloqueadores nem sempre é garantida, destacando a importância de adotar abordagens multifacetadas para enfrentar as ameaças representadas pelos VANTs.

É essencial reconhecer que tanto as medidas de eliminação direta quanto as de interrupção do ataque por interferência eletrônica devem ser empregadas em conjunto para maximizar a proteção dos veículos e das tropas. A integração da torre 1030 com capacidade de emprego da munição airburst representa um avanço significativo nesse sentido, demonstrando o compromisso contínuo da indústria de defesa em adaptar-se e responder às ameaças em constante evolução no campo de batalha moderno.

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