Pela primeira vez desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o Japão restaurou um componente crucial de sua capacidade de projeção de poder naval com a entrega de seus três primeiros caças F-35B de decolagem curta e pouso vertical (STOVL). A aquisição marca um momento histórico, sinalizando o retorno do país à operação de caças embarcados e uma mudança significativa em sua estratégia de defesa.
As aeronaves foram entregues por pilotos do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos (USMC) à Base Aérea de Nyutabaru, na Ilha de Kyushu. Inicialmente baseadas nessa unidade, os F-35B terão a longo prazo como plataforma operacional os porta-aviões leves da classe Izumo, JS Izumo (DDH-183) e JS Kaga (DDH-184), atualmente em modernização para receber os caças, de acordo com o portal Japan-Forward.
A aquisição de 42 aeronaves F-35B faz parte de um esforço mais amplo das Forças de Autodefesa do Japão (JSDF) para superar a fragmentação histórica entre forças terrestres, aéreas e marítimas, buscando criar uma força conjunta mais coesa e letal. Uma força naval moderna, equipada com caças, é considerada essencial para proteger os territórios insulares do Japão, especialmente diante das ações cada vez mais assertivas da China nos Mares da China Oriental e Meridional.
O Japão já opera 40 F-35A e encomendou um total de 105 unidades, além dos 42 F-35B, tornando-se o maior operador do F-35 fora dos Estados Unidos. Com 147 aeronaves F-35 no total, o país fortalece sua posição como ator-chave na segurança do Indo-Pacífico, marcando quase 80 anos desde o fim da Segunda Guerra Mundial com um claro renascimento da projeção naval japonesa.
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