A Marinha e a Força Aérea dos Estados Unidos estão prestes a cancelar dois projetos de software de recursos humanos que custaram mais de US$ 800 milhões e levaram 12 anos para serem desenvolvidos. A medida visa abrir espaço para que novas empresas, como Salesforce e Palantir, disputem contratos semelhantes, segundo fontes familiarizadas com o processo.
Os projetos, destinados a modernizar folha de pagamento, gestão de ausências e outros sistemas de RH, estavam próximos da implantação. Um deles, liderado pela Accenture, incluía também a Força Espacial e previa economia anual de US$ 39 milhões. Outro, conduzido pela Nakupuna Companies para a Marinha, custou cerca de US$ 425 milhões e já havia sido aprovado em avaliações independentes.
Em maio de 2025, a Força Aérea impôs uma “pausa estratégica” de 90 dias, estudando alternativas como a plataforma Workday. Na Marinha, disputas contratuais internas também ameaçaram encerrar o projeto NP2, motivadas por duplicações parciais com a Pantheon Data.
Especialistas alertam que o cancelamento dos projetos pode gerar custos adicionais significativos para os contribuintes. “Estamos no Velho Oeste regulatório. O Pentágono terá que reembolsar as empresas pelos custos de liquidação e arcar com novos projetos”, afirmou Franklin Turner, advogado de contratos federais.
A Casa Branca defende a decisão como parte de um esforço para modernizar e agilizar a aquisição de tecnologia militar. Segundo a vice-secretária de imprensa Anna Kelly, o secretário de Defesa Hegseth busca “restaurar o foco nos combatentes do Departamento de Defesa e administrar melhor o dinheiro dos contribuintes”.
Embora a intenção seja fortalecer a prontidão militar, críticos destacam que o recomeço de projetos antigos expõe o Pentágono a duplicação de esforços, atrasos e desperdício de recursos. Até o momento, empresas envolvidas, incluindo Accenture, Salesforce, Palantir, Nakupuna e Workday, não comentaram publicamente.
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com Reuters
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