A Força Aérea Indiana (IAF) está se preparando para apresentar uma proposta governo a governo para a aquisição de 114 caças Rafale adicionais, no âmbito de seu programa MRFA (Multirole Fighter Aircraft), de acordo com reportagem do The Times of India. O caso de "Aceitação da Necessidade" deve ser submetido ao Conselho de Aquisição de Defesa (DAC) até outubro de 2025, com decisão final do governo prevista para os meses seguintes.
Segundo uma fonte do governo, “a IAF projetou uma necessidade urgente de Rafales adicionais para conter a redução no número de seus esquadrões de caça”. A urgência foi intensificada após a Operação Sindoor, realizada de 7 a 10 de maio de 2025, durante a qual caças Rafale realizaram ataques de longo alcance contra alvos paquistaneses. Islamabad alegou ter abatido seis aeronaves indianas, incluindo três Rafales, usando caças J-10 armados com mísseis PL-15, mas a Índia negou qualquer perda.
A IAF argumenta que uma compra direta G2G seria mais econômica e logisticamente viável do que um processo de licitação aberto. Atualmente, a Índia possui 36 Rafales em serviço, e as bases aéreas de Ambala e Hasimara estão preparadas para receber pelo menos um esquadrão adicional cada.
Um ponto central das negociações é o pedido da Índia de acesso ao código-fonte do Rafale, para permitir a integração de sistemas de armas nacionais. Fabricantes franceses, incluindo Dassault, Safran, Thales e MBDA, mantêm cautela, buscando proteger sua tecnologia proprietária.
A cooperação industrial franco-indiana vem se expandindo: em junho de 2025, a Dassault Aviation e a Tata Advanced Systems assinaram quatro acordos de transferência de produção para construir fuselagens do Rafale em Hyderabad, marcando a primeira vez que conjuntos completos serão fabricados fora da França. A unidade indiana produzirá seções dianteiras, centrais e traseiras, com início da produção previsto para o ano fiscal de 2028 e capacidade de até duas fuselagens por mês.
Além disso, a Índia negocia com a Safran o desenvolvimento conjunto de um motor de alto empuxo para a futura Aeronauta de Combate Média Avançada, com entrada em serviço prevista para 2035.
A Marinha Indiana também deverá receber 26 caças Rafale M embarcados no INS Vikrant a partir de 2028. Especialistas apontam que operar uma plataforma comum entre Força Aérea e Marinha simplificará o treinamento de pilotos, reduzirá custos de manutenção e otimizará o fornecimento de peças de reposição, fortalecendo a capacidade militar da Índia tanto em terra quanto no mar.
GBN Defense - A informação começa aqui
0 comentários:
Postar um comentário