O ministro da defesa da Suécia, Pal Jonson, reiterou o compromisso de seu país em enviar aeronaves de combate Gripen para a Ucrânia, uma vez concluída a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). As declarações foram feitas durante uma entrevista à publicação Kyiv Independent, concedida em 16 de fevereiro, no contexto da Conferência de Segurança de Munique.
"Para tomarmos uma decisão, temos de ser membros de pleno direito da OTAN e fazer parte do Artigo 5. Esta é também uma decisão que tem de ser tomada em colaboração com outros", afirmou Jonson, ressaltando a necessidade de cooperação entre os membros da OTAN.
O ministro enfatizou a importância de fornecer apoio à Ucrânia, destacando a necessidade do país por caças de quarta e quinta gerações. "Se nós, de uma forma ou de outra, pudermos ajudar vocês (Ucrânia), estamos abertos a isso", afirmou Pal Jonson.
Atualmente, os esforços aliados estão concentrados no fornecimento de caças F-16 às tropas ucranianas, com Holanda, Dinamarca, Bélgica e Noruega comprometendo-se a doar algumas de suas aeronaves desse modelo.
"Se pudermos ajudar de alguma forma, ficaremos felizes em examinar essa possibilidade", acrescentou o ministro sueco.
Apesar de a Suécia ter solicitado a adesão à OTAN em 2022, logo após o início da invasão russa em grande escala na Ucrânia, o processo foi adiado por Hungria e Türkiye. Com a ratificação turca ocorrida no início deste ano, Budapeste permanece como o último obstáculo a ser superado.
Desde o início da invasão russa, a Ucrânia tem buscado o apoio do Ocidente para obter caças modernos que fortaleçam sua capacidade de controle do espaço aéreo. Além dos F-16, as autoridades ucranianas manifestaram interesse no Saab JAS-39 Gripen de fabricação sueca. Estocolmo afirmou anteriormente que consideraria fornecer tais aeronaves somente após a adesão à OTAN, indicando uma possível colaboração no fortalecimento da defesa aérea ucraniana.
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