No último dia 20 de fevereiro, o Comandante do 4º Distrito Naval, Vice-Almirante Antônio Capistrano de Freitas Filho, recebeu a Vice-Governadora do Pará, Hana Ghassan Tuma, para discutir o processo de recuperação da icônica Corveta-Museu “Solimões”. Localizada no Complexo Feliz Lusitânia, no bairro da Cidade Velha, em Belém (PA), o navio-museu é um símbolo histórico da região Norte e está prestes a completar 70 anos em novembro deste ano.
O encontro entre as autoridades teve como principal pauta a restauração da Corveta, que desde 2004 recebe visitantes após um convênio entre a Marinha do Brasil e a Secretaria de Estado de Cultura. Com uma média anual de 30 mil visitantes, a Corveta-Museu Solimões é um dos pontos turísticos mais importantes da região.
Desde dezembro de 2019, o navio encontra-se na Base Naval de Val de Cães, onde vem passando por um processo de recuperação estrutural e restabelecimento de suas condições gerais. As obras, viabilizadas por recursos do Comando de Operações Navais e uma emenda ao orçamento proposta pelo Senador Jader Barbalho, visam garantir que a Corveta retorne ao seu esplendor original.
Apesar dos avanços nas obras, ainda há pendências a serem solucionadas, especialmente na área de exposição e convivência com visitantes. Nesse sentido, a Marinha solicitou o apoio da Vice-Governadora para as últimas reformas necessárias, tornando a Corveta apta a receber o público novamente.
O Vice-Almirante Capistrano destacou a importância cultural e histórica da Corveta-Museu “Solimões” para Belém, ressaltando que o retorno do navio ao píer da Casa das Onze Janelas será um presente para os paraenses.
O exemplo de outras grandes cidades do mundo, como Nova Iorque, Rio de Janeiro e Baltimore, que possuem navios de guerra requalificados como museus, mostra a relevância desses espaços culturais flutuantes na preservação da história marítima e na celebração da vocação para a navegação de seus povos.
A Marinha, em conjunto com o Governo do Estado do Pará, tem como objetivo prontificar a Corveta a tempo de receber visitantes durante a festa do Círio de Nazaré, em outubro deste ano, e ser uma atração especial para as milhares de pessoas que estarão no Pará durante a COP-30, programada para novembro de 2025, em Belém.
A Corveta-Museu Solimões tem uma história rica e diversificada. Construída pelo estaleiro N.V. Werf Gust V/fa A.F. Smulders, de Roterdã, nos Países Baixos, foi lançada ao mar em 24 de novembro de 1954. Desde então, desempenhou diversas missões, incluindo varredura, minagem, patrulha costeira, socorro marítimo, transporte de tropas e ações de assistência cívico-social na Amazônia.
Com sua Mostra de Desarmamento em 2003, a Corveta Solimões deixou o serviço ativo da Marinha, mas seu legado permanece vivo na memória dos paraenses e de todos aqueles que reconhecem sua importância histórica e cultural.
A restauração da Corveta-Museu “Solimões” representa não apenas a preservação de um patrimônio naval, mas também o resgate de uma parte significativa da história do Pará e do Brasil. Com sua reabertura, Belém fortalece sua posição como um polo cultural e turístico de destaque na região Norte do país.
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com Marinha do Brasil
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