A Marinha Britânica, outrora reconhecida como a "rainha dos oceanos", agora enfrenta desafios significativos em relação aos seus porta-aviões. Recentemente, o HMS Queen Elizabeth abortou sua participação nas manobras do exercício "Steadfast Defender" devido a problemas técnicos, e agora seu substituto nesta missão, o HMS Prince of Wales, também enfrenta contratempos.
Na semana passada, o HMS Queen Elizabeth pouco tempo antes de partir de sua base em Portsmouth, foi retirado das manobras do Steadfast Defender devido a problemas com o sistema de propulsão, conforme noticiamos aqui no GBN Defense. Com a impossibilidade de envio do HMS Queen Elizabeth, o mesmo foi substituído pelo HMS Prince of Wales, que, por sua vez, adiou sua participação nos exercícios da OTAN devido a um "pequeno vazamento" de combustível identificado durante uma verificação de rotina na noite anterior à partida, de acordo com informações do The Times britânico.
O Ministério da Defesa britânico assegurou que o HMS Prince of Wales deixará em breve o porto de Portsmouth, dependendo das condições meteorológicas, apesar do pequeno problema técnico. Entretanto, a embarcação já havia enfrentado problemas técnicos em 2022, quando cancelou sua participação em manobras conjuntas com os EUA devido a complicações durante sua viagem, ficando "encostado" por dois meses.
Programado para se tornar o capitânia do Reino Unido no final de 2024, o HMS Prince of Wales enfrentou uma história operacional conturbada desde sua declaração total de operacionalidade em outubro de 2021. Participando de exercícios internacionais, assumindo funções importantes na OTAN e enfrentando reparos significativos em 2022, o porta-aviões parece ter sido marcado por uma série de desafios operacionais.
O contra-almirante Steve Moorhouse, confirmou danos significativos no eixo e no hélice do HMS Prince of Wales em agosto de 2022, após problemas mecânicos durante exercícios na costa sul do Reino Unido. Após meses de reparos, inicialmente programados para serem concluídos na primavera de 2023, o Secretário de Estado da Defesa negou que o navio estivesse sendo canibalizado e retirado de serviço, assegurando que retornaria ao serviço até o outono de 2023, o que de fato ocorreu. Porém, são recorrentes as panes e problemas técnicos em ambos os porta aviões britânicos, o que levanta dúvidas sobre o projeto dos mesmos e a qualidade empregada em sua construção.
Enquanto o Ministério da Defesa em Londres garante que o HMS Queen Elizabeth pode responder a "situações de emergência", a substituição pelo HMS Prince of Wales nos exercícios da OTAN é considerada uma medida de precaução. A contínua saga de desafios técnicos enfrentados pelos porta-aviões britânicos levanta questões sobre a confiabilidade e a prontidão da Marinha Britânica em manter sua Esquadra operacional nos mares globais.
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