Nesta quinta-feira (8), o Exército dos Estados Unidos anunciou uma decisão surpreendente de abandonar o desenvolvimento da Future Attack Reconnaissance Aircraft (FARA), um ambicioso projeto para um helicóptero de reconhecimento de próxima geração. A decisão veio após um investimento substancial de aproximadamente 2 bilhões de dólares no programa.
Segundo o chefe do Estado-Maior do Exército, general Randy George, a mudança de curso foi motivada por uma "avaliação sóbria do campo de batalha moderno", especialmente evidenciada pelos acontecimentos recentes na Ucrânia. O Exército agora planeja redirecionar seus recursos para o desenvolvimento de aeronaves não tripuladas, reconhecendo a evolução das necessidades no campo militar.
O programa FARA foi iniciado em 2018, e dois anos depois, a escolha recaiu sobre projetos da Bell Textron e da Sikorsky, uma divisão da Lockheed Martin. A Sikorsky, em comunicado, expressou sua confiança na aeronave X2, projetada para o programa FARA, destacando suas características únicas de "velocidade, alcance e agilidade". A empresa afirmou estar desapontada com a decisão do Exército e aguardará um relatório para entender melhor os motivos por trás da escolha.
Além do abandono do FARA, o Exército anunciou a interrupção da produção da versão UH-60V do Black Hawk. A medida despertou preocupações e, em resposta, o deputado da Virgínia, Rob Wittman, vice-presidente republicano do Comitê de Serviços Armados da Câmara, anunciou a realização de uma audiência para discutir os planos de aviação do Exército.
A decisão do Exército dos EUA de descontinuar o desenvolvimento do FARA marca uma mudança significativa na estratégia militar, sinalizando uma maior ênfase nas tecnologias não tripuladas. A audiência proposta promete esclarecer as razões por trás dessa decisão e avaliar o impacto dessa mudança nas capacidades de reconhecimento e defesa dos EUA.
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