quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Crise: Biden Reduz Encomenda de F-35 em 18% para Enfrentar Restrições Orçamentárias em 2025

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está avaliando cortar em 18% o número de aeronaves F-35 que o Pentágono planeja adquirir no próximo ano, de acordo com fontes informadas sobre a situação. A decisão foi impulsionada pela limitação do Congresso quanto ao tamanho do orçamento de defesa, forçando o governo a buscar economizar em vários programas.

A ordem do Pentágono à Lockheed Martin, responsável pela produção dos caças furtivos, reduzirá a encomenda para menos de 70, abaixo dos 83 originalmente planejados, resultando em uma economia estimada de US$ 1,6 bilhões em gastos com essas aeronaves.

Essa redução nas encomendas do F-35 pode impactar significativamente a Lockheed Martin, uma grande empresa de defesa que obtém cerca de um quarto de sua receita com o programa JSF. As ações da Lockheed caíram 2,6% após a divulgação da notícia pela Reuters.

A Lockheed Martin emitiu um comunicado afirmando que "espera trabalhar com a administração Biden e o Congresso" durante as negociações do orçamento do ano fiscal de 2025 nos próximos meses.

O orçamento total de defesa e segurança nacional de Biden está previsto para ser de 895 bilhões de dólares, obrigando cortes profundos em vários programas, atrasos em projetos existentes e a redução dos esforços para reabastecer armamentos esgotados em conflitos recentes, como na Ucrânia e em Israel.

Enquanto as negociações entre o secretário da Defesa, Lloyd Austin, e o Gabinete de Gestão e Orçamento da Casa Branca estão quase concluídas, o montante final pode sofrer alterações antes do anúncio oficial do pedido de orçamento em 11 de março, segundo as fontes.

No ano passado, o Pentágono tinha previsto a compra de 83 aeronaves furtivas F-35 da Lockheed Martin por US$ 9,8 bilhões. No entanto, o orçamento limitado para 2025, fixado em 1% acima do orçamento de 886 bilhões de dólares para 2024, resultará em uma redução de 30 bilhões de dólares, afetando também outros programas.

Entre os cortes sugeridos estão parte dos 2 bilhões de dólares destinados às defesas antimísseis para Guam, consideradas cruciais para dissuadir a China no Pacífico. Outros programas potencialmente afetados incluem as atualizações do sistema de defesa antimísseis no Alasca, conhecido como Ground Based Interceptors, e os mísseis SM3-1B fabricados pela RTX Corp para o sistema Aegis.

Além disso, a redução no orçamento pode impactar a fabricação de um porta-aviões pela Huntington Ingalls Industries Inc e submarinos da classe Virginia fabricados pela Huntington and General Dynamics Corp, de acordo com fontes do Congresso.

Os cortes propostos não são definitivos e devem desencadear debates no Capitólio, podendo resultar em um aumento no orçamento da defesa para mais de 900 bilhões de dólares no ano fiscal de 2025, conforme observadores do orçamento. Atualmente, os gastos com defesa representam cerca de metade do orçamento discricionário dos EUA.

O orçamento de 2024, que inclui 886 bilhões de dólares para a defesa, ainda aguarda aprovação no Congresso, e o governo dos EUA opera sob uma resolução contínua que limita os gastos aos níveis de 2023 até que um orçamento para 2024 seja aprovado. 


GBN Defense - A informação começa aqui

com Reuters

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