A Marinha do Brasil firmou na última terça-feira (11) um acordo avaliado em 6,4 milhões de reais com a espanhola Ghenova, com objetivo de finalizar a construção dos dois navios patrulha (NPa) da Classe Macaé, os quais tiveram sua construção interrompida após a suspensão das atividades do Estaleiro EISA em 2015, o qual havia conquistado o contrato para construção de cinco navios da classe para Marinha do Brasil em 2009, avaliado em 260 milhões, porém, não concluiu a construção de nenhum dos navios contratados, sendo o NPa "Maracanã" o que teve a maior proporção do navio construída, enquanto o NPa "Mangaratiba" ficou muito longe da fase de conclusão, não possuindo nem ao menos o casco finalizado. A empresa espanhola Ghenova terá a tarefa de finalizar os dois navios inacabados.
Apresentando um histórico bem sucedido em diversos projetos de construção militar, A Ghenova possui capacidade de realizar todas as fases do programa.
Apresentando um histórico bem sucedido em diversos projetos de construção militar, A Ghenova possui capacidade de realizar todas as fases do programa.
Segundo Frederico Cupello, gerente da Ghenova no Brasil, o acordo é “Um marco, espécie de contrato guarda-chuva, que abrange trabalhos de engenharia de detalhamento para construção, reparos e modernização dos meios navais da Marinha, uma oportunidade muito importante para a companhia”, uma vez que permitirá novas contratações com a Marinha do Brasil. A duração prevista do contrato é de um ano com possibilidade de renovação por outros quatro. informou Cupello.
Dentre os projetos em que participaram no setor de defesa, consta a fragata espanhola "Cristóbal Colón", um LHD da Classe Canberra para a marinha australiana, o "BPE Juan Carlos I", navio aeródromo multipropósito da marinha espanhola, dentre vários projetos.
A Classe Macaé que possui até o momento dois exemplares operando com a Marinha do Brasil, os quais foram construídos pelo Estaleiro INACE, é baseado no projeto francês "Vigilante 400" do estaleiro Constructions Mécaniques de Normandie (CMN).
A Classe Macaé tem por finalidade cumprir com atividades de patrulha naval, inspeção naval, salvaguarda da vida humana no mar, fiscalização de poluição marítima e proteção dos campos de petróleo, além de contribuir para a segurança do tráfego marítimo nacional. Originalmente planejava-se construir 27 navios do tipo, porém, devido as restrições orçamentárias e necessidades de aperfeiçoamento do projeto, a Classe Macaé se limitará inicialmente a quatro navios.
Ficha técnica:
- Comprimento total: 55,6 m
- Boca máxima: 9,3 m
- Calado máximo: 2,5 m
- Deslocamento: 500 t
- Sistema de propulsão: 2 MCP MTU 16V 4000 M90
- Geração de energia: 3 Grupos diesel-geradores MTU
- Velocidade máxima: 21 nós
- Raio de ação a 15 nós: 2.500 MN
- Autonomia: 10 dias
- Tripulação: 4 Oficiais e 30 Praças
- Armamento: 01 Canhão 40mm L70 (AOS) e 02 Metralhadoras 20mm GAM B01-2
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