sábado, 8 de fevereiro de 2020

Espanha demonstra interesse em programa Corveta de Patrulha Europeia

A Espanha deve se juntar a Itália e França, assim como fez a Grécia, que ingressou no programa que visa conceber uma nova classe de corvetas para atender as necessidades europeias.
O Programa fruto da "Naviris", joint venture naval criada em 2019 pelas gigantes europeias, Fincantieri da Itália e a francesa Naval Group, tem por objetivo desenvolver a nova classe de corvetas que deverão apresentar um deslocamento de 3.000 toneladas. O novo navio deverá ter concepção modular, buscando atender os requisitos da marinha italiana e francesa, sendo capaz de desempenhar o papel primário de patrulha e vigilância marítima, com papel secundário de realizar missões de guerra antisubmarino (ASW) e antisuperfície (ASuW).
A Corveta de Patrulha Europeia, como esta sendo chamado o programa que já reúne quatro membros da UE, se insere na chamada Cooperação Estruturada Permanente (PESCO), que se trata de uma lista de programas de defesa europeus, o qual oferece aos países membros opções para planejar e reduzir as lacunas de suas capacidades de defesa de maneira colaborativa.
O programa da nova corveta que vem sendo concebido no âmbito da PESCO, é coordenado pela Itália, com a França como parceira, porém, nas últimas semanas a Grécia se juntou ao programa, após negociações entre as marinhas dos países envolvidos no programa. A Espanha ao que tudo indica deve ser o próximo país a ingressar no programa de desenvolvimento e construção dos novos navios, tendo demonstrado interesse após apresentação formal do programa à Navantia.
Segundo a PESCO, a UE declara que o objetivo é projetar e desenvolver um protótipo para nova classe de navios, denominada “European Patrol Corvette” (EPC), que pode integrar vários sistemas, com conceito modular, se mostra bastante flexível, sendo capaz de realizar um grande número de tarefas e missões.
A adição de novos parceiros é fundamental para obter financiamento especial da UE. Os programas no âmbito do PESCO são candidatos ao financiamento pelo Fundo Europeu de Defesa, mas só podem obter essa vantagem se congregarem mais de dois membros como parceiros no programa.
A Naviris espera que o fundo da UE emita um Pedido de Proposta para projetos este ano, com propostas a serem submetidas a análise em 2021 e que as decisões sobre a alocação de fundos sejam tomadas no mesmo ano.
A obtenção do financiamento da UE, será de suma importância para garantir o desenvolvimento do conceito modular do navio, o que irá permitir que ele atenda aos requisitos específicos de cada marinha, oferecendo uma arquitetura que torna o projeto uma atraente opção, com baixos custos para customização e especialização do navio de acordo com o desejado pelas marinhas que o adotem em suas esquadras, possuindo uma versão básica da qual podem derivar diversas variantes avançadas do projeto.
Embora o financiamento da UE represente um grande impulso ao programa, a corveta deverá seguir o seu desenvolvimento mesmo que seja recusado o financiamento, sendo uma necessidade urgente tanto para a Itália, como para França. Tendo em vista que ambos necessitam substituir os vetustos navios das classes "Cassiopea", "Minerva" e  "Commandante" na Itália, e a classe "Floréal" francesa, representando um total estimado de quatorze à quinze novos navios, isso sem considerar a demanda oriunda da marinha grega e se confirmada a espanhola.

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com agências
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