sábado, 20 de agosto de 2016

A polêmica envolvendo militares no pódio

Desde que o Brasil ganhou a primeira medalha na Rio 2016, já começaram a questionar a saudação á bandeira. Alguns chegaram a especular que o atleta Felipe Wu seria punido pelo COI por prestar continência a bandeira no pódio ao receber sua medalha. Algo que não ocorreu e que posteriormente recebeu permissão do COI, uma vez que o ato de prestar continência não se refere á alusão política ou comercial, mas sim um simbolo de respeito a nossa pátria.


Os atletas militares brasileiros tem cumprido bem com sua missão de representar nossa pátria nos jogos olímpicos Rio 2016, basta observar os números, veremos que a grande maioria de medalhistas são oriundos dos programas de treinamento promovido pelas nossas forças armadas, e isso não deve ser motivo de mimimi, mas sim de orgulho, pois são nossos atletas, nossos militares e principalmente nossos compatriotas, deve-se ter respeito e reconhecimento pelo trabalho destes atletas.

Hoje li um artigo do Estadão pelo Notimp,  o qual tratava da reclamação da reclamação de marqueteiros quanto ao gesto dos atletas militares, onde tais pessoas dizem que o gesto dos militares é uma propaganda das forças armadas brasileiras, e ainda defendendo que nos jogos é proibido marketing. Essa é uma polêmica de segunda categoria ao meu ver. Pois eu como cidadão brasileiro que tenho orgulho de meu verde loiro pavilhão, mesmo na minha atual condição de civil, tendo sido em um passado não tão longínquo militar, aprendi que prestar continência a bandeira é um ato de respeito e reconhecimento á nossa pátria e nação. Isso é questão de caráter e respeito, é questão de valores, valores que infelizmente temos visto entrar em extinção em nossa nação.

leia aqui um trecho da materia do Estadão:

"Na madrugada de ontem, o Centro de Comunicação Social da Marinha, em Brasília, disparou nota para ressaltar que a dupla de sargentos Alison Cerutti e Bruno Schmidt tinha conquistado medalha de ouro no vôlei de praia. Pouco antes, no pódio, Alison prestou continência de forma rápida em meio à euforia da torcida. Ele e o companheiro de esporte recebem R$ 3.200 cada por mês desde que foram “alistados”, há três anos, pelo Programa de Alto Rendimento de Atletas da pasta da Defesa.
Alison não pode evidenciar as marcas de outros patrocinadores, como Banco do Brasil, Embratel, Oakley e Red Bull. “Vou sugerir à nossa equipe que divulgue um release para enaltecer conquistas dos nossos ‘bancários’”, disse, em tom de ironia, um representante do marketing esportivo do Banco do Brasil, que patrocina boa parte do vôlei e do vôlei de praia no País.
Em entrevista ao Estado, Alison não teve meias palavras para falar do patrocínio. “Eu e o Bruno somos terceiros sargentos da Marinha. Eu sou milico. Então, presto continência, o COI aceitando ou não”, afirmou. “Esse é meu papel, represento o meu País, visto a minha bandeira e sou um bravo zulu”, completou. “Pertenço a isso e nunca vou esconder.” Alison virou “milico” depois de levar a prata em Londres-2012 em parceria com Emanuel.
A postura de Alison foi a mesma de outros atletas militares, como Felipe Wu (prata no tiro esportivo), Arthur Nory (bronze na ginástica artística), Rafael Silva (bronze no judô), Arthur Zanetti (prata na ginástica), Thiago Braz (ouro no salto com vara) e Kahena Kunze e Martine Grael (ouro na vela). As judocas Rafaela Silva e Mayra Aguiar (ouro e bronze) foram as únicas patrocinadas pelas Forças Armadas que não bateram continência, um gesto facultativo. Rafaela chegou a confidenciar que teve medo de perder a medalha.
Zanetti, campeão olímpico em argolas em Londres-2012, tornou-se sargento a um mês dos Jogos do Rio. O técnico dele, Marcos Goto, reagiu à decisão de Zanetti de prestar continência: “Quem dá treino para os atletas sou eu, não os militares”. Dos 465 atletas da delegação brasileira nesta Olimpíada, 165 recebem o patrocínio do Ministério da Defesa.
O boxeador baiano Robson Conceição afirmou que só recebeu medalha de ouro por ser do quadro da Marinha. “Em certo momento eu estive afastado da Confederação Brasileira de Boxe e foi a Marinha quem me deu apoio. Minha continência sempre será prestada”, disse. Para Felipe Wu, medalhista na categoria pistola de ar de 10 metros, virar sargento do Exército garantiu a acesso a armas de precisão e restritas às Forças Armadas."

O importante é que nossos atletas militares fizeram bonito e defenderam nossa pátria de uma vergonhosa atuação no quintal de casa, pois se não fossem estes atletas apoiados pelas forças armadas que investiram em seu treinamento e os incentivou a atingir o alto padrão que atingiram, hoje estaríamos nos lamuriando de uma pífia campanha olímpica.
Continência é sinal de respeito e reconhecimento, ato que deveria ser ensinado nas escolas, assim como deveria voltar a ser padrão nas instituições de ensino público o hasteamento da bandeira nacional, entoação do nosso hino e principalmente, ensinar aos nossos brasileirinhos valores!!!

Por Angelo Nicolaci - Editor do GBN, Jornalista, especialista em Geopolítica, graduando em Relações Internacionais pela UCAM.

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