segunda-feira, 3 de junho de 2024

Estônia: Sem Plano B em Face de uma Possível Queda da Ucrânia


A tensão na região do Báltico continua a crescer, com a Estônia alertando que não tem um "plano B" caso a Ucrânia seja dominada pela Rússia. Em uma entrevista a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, reiterou a determinação de seu país em apoiar a Ucrânia contra a agressão russa.

Desde a invasão russa há dois anos, as forças estonianas têm trabalhado em estreita colaboração com a OTAN, fortalecendo suas defesas e participando ativamente do esforço de guerra na Ucrânia. No entanto, com a situação atualmente desfavorável para Kiev, surgem preocupações sobre as consequências de uma possível vitória russa.

"A Ucrânia não está ganhando", afirma Kallas. "Mas nós, como membros da OTAN, não podemos nos dar ao luxo de pensar em um plano B. Nossa prioridade é apoiar a Ucrânia e impedir a expansão da influência russa em nossa região."

A Estônia tem desempenhado um papel proeminente no fornecimento de assistência à Ucrânia, doando mais de 1% do seu PIB para o esforço de guerra em Kiev. No entanto, apesar desses esforços, a situação permanece incerta, com a Rússia demonstrando uma determinação contínua em alcançar seus objetivos geopolíticos.


Kallas, conhecida por sua postura assertiva em relação à Rússia, defende a importância de uma resposta unificada da OTAN diante das ameaças russas. No entanto, sua abordagem não é sem críticas, tanto em casa quanto no exterior, com alguns questionando se suas políticas podem arrastar o Ocidente para um conflito direto com Moscou.

A ameaça representada pela Rússia não se limita apenas à força militar convencional. A Estônia também está alerta para os chamados "ataques híbridos", táticas insidiosas que visam minar a estabilidade e a segurança dos países ocidentais. Esses ataques incluem interferência eletrônica, desinformação e ameaças cibernéticas, representando um desafio significativo para a segurança regional.

Enquanto isso, na fronteira sul da Estônia, tropas britânicas lideram uma força de dissuasão da OTAN, visando conter qualquer possível agressão russa. No entanto, diante da escala dos desafios enfrentados pela Ucrânia, algumas questões persistem sobre a eficácia dessas medidas defensivas.

Apesar das incertezas, o brigadeiro Giles Harris, comandante das forças britânicas na Estônia, expressa confiança na capacidade da OTAN de repelir uma possível invasão russa. Ele enfatiza a importância da prontidão e da cooperação entre os aliados para garantir a segurança da região.

Enquanto a crise na Ucrânia continua a evoluir, a Estônia e seus aliados da OTAN permanecem vigilantes, determinados a resistir à agressão russa e preservar a estabilidade na região do Báltico. No entanto, a incerteza paira sobre o futuro, com as consequências de uma possível vitória russa na Ucrânia sendo motivo de preocupação para todos os envolvidos.


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com BBC
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