Putin Adverte sobre Possível Uso de Armas Nucleares pela Rússia e Ameaça Posicionar Mísseis Mais Próximos do Ocidente

O presidente russo, Vladimir Putin, lançou um aviso contundente ao Ocidente nesta quarta-feira, afirmando que o erro de presumir que Moscou nunca usaria armas nucleares poderia levar a consequências desastrosas. Durante uma reunião com editores seniores de agências de notícias internacionais na torre comercial Lakhta Center em São Petersburgo, Putin destacou que a doutrina nuclear da Rússia permite o uso dessas armas se a integridade territorial ou a soberania do país estiverem ameaçadas.

"Ao contrário do que o Ocidente presume, a Rússia não descarta o uso de armas nucleares em certas circunstâncias", afirmou Putin, enfatizando que tais ações não devem ser encaradas superficialmente.

A declaração surge em meio a tensões crescentes entre a Rússia e o Ocidente, exacerbadas pela invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia em 2022, considerada o pior colapso nas relações bilaterais desde a crise dos mísseis cubanos em 1962. Putin rejeitou as alegações de que a Rússia poderia atacar a OTAN, mas alertou sobre as consequências de ataques ocidentais à Rússia.

Além disso, Putin expressou preocupação com as decisões ocidentais de permitir que a Ucrânia utilize mísseis cada vez mais poderosos contra o território russo. Ele sugeriu que a Rússia poderia responder instalando mísseis convencionais mais perto do Ocidente, em uma possível escalada das tensões.

As tensões entre a Rússia e o Ocidente intensificaram-se ainda mais desde a declaração de Putin, com líderes ocidentais e a Ucrânia minimizando as advertências russas sobre o risco de uma guerra mais ampla. No entanto, ambos os lados alertaram repetidamente sobre a possibilidade de a Rússia atacar um membro da OTAN, o que poderia desencadear um conflito de proporções globais.

Enquanto o mundo observa atentamente os desdobramentos, a incerteza e a preocupação com o futuro das relações internacionais estão no centro das atenções. Putin concluiu sua declaração, fazendo um apelo para que o Ocidente não veja a Rússia como uma ameaça, pois isso só levaria a mais danos mútuos.

Como a situação evoluirá a partir daqui, permanece incerto, mas a advertência de Putin ecoa como um lembrete sombrio das complexidades e perigos que cercam as relações geopolíticas mundiais no século XXI.

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com Reuters