Nos últimos meses, o grupo Houthi do Iêmen intensificou ataques contra navios mercantes no extremo sul do Mar Vermelho, desencadeando uma série de preocupações no cenário global. A motivação declarada do grupo, alinhado com o Irã, é apoiar os palestinos em meio aos conflitos entre Israel e o Hamas. Essa escalada de hostilidades impactou diretamente as operações no Canal de Suez, uma via vital para o comércio internacional.
Como resposta aos ataques, várias companhias marítimas optaram por desviar suas rotas, evitando o Canal de Suez e escolhendo contornar a ponta sul da África pelo Cabo da Boa Esperança. Essa mudança não apenas adicionou custos significativos às viagens dos navios, mas também resultou no aumento dos preços do petróleo e dos prêmios de seguro contra riscos de guerra.
O Canal de Suez com seus 192 km, representa a rota marítima mais rápida entre a Ásia e a Europa, sendo crucial para o comércio global de petróleo. Cerca de 9,2 milhões de barris de petróleo por dia cruzam a região, correspondendo a aproximadamente 9% da demanda global, atravessando o canal, de acordo com dados.
Além disso, 4% das importações globais de GNL em 2023, estimadas em 391 milhões de toneladas métricas, passaram pelo canal. A interrupção dessas atividades impacta não apenas o comércio internacional, mas também a economia egípcia, que arrecada receitas significativas por meio dos pedágios pagos pelos armadores.
Desde 19 de novembro, os Houthi redirecionaram 55 navios pelo Cabo da Boa Esperança, enquanto mais de 2.000 passaram pelo Canal de Suez. Empresas de transporte, incluindo a MSC, a maior companhia marítima de contêineres do mundo, anunciaram a evasão da rota, e a BP interrompeu temporariamente os trânsitos pelo Mar Vermelho, seguidas pela Hapag-Lloyd, Maersk entre outros armadores.
A situação atual no Mar Vermelho não é apenas uma questão de segurança marítima, mas também levanta preocupações sobre o acesso a uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo. A comunidade internacional está atenta a esses desenvolvimentos, buscando soluções diplomáticas para garantir a estabilidade na região e a segurança do transporte marítimo global.
Porém, ao que tudo indica, uma resposta militar se faz necessária no Iêmen, afim de garantir a segurança da navegação e combatendo as atividades do grupo Houthi.
GBN Defense - A informação começa aqui
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