Em um episódio que aumenta a tensão entre Estados Unidos e China, caças chineses foram despachados para interceptar e acompanhar uma aeronave de patrulha da Marinha dos Estados Unidos que sobrevoava o sensível Estreito de Taiwan nesta quarta-feira (6). A ação ocorreu apenas algumas semanas antes das eleições em Taiwan, país que Pequim reivindica soberania, enquanto os EUA e Taiwan afirmam que o Estreito é uma via navegável internacional.
A aeronave de patrulha e reconhecimento marítimo P-8A Poseidon, utilizado também em missões antissubmarinas, pertencente a 7ª Frota da Marinha dos EUA sobrevoou o estreito no espaço aéreo internacional, conforme afirmou a Marinha dos EUA. Em resposta, o governo chinês classificou o voo como "exagero público" e enviou caças para monitorar a aeronave norte-americana, declarando a intenção de "lidar com ela de acordo com a lei e os regulamentos".
Os Estados Unidos justificaram a ação, afirmando que o trânsito da aeronave pelo Estreito de Taiwan demonstra o compromisso com um Indo-Pacífico livre e aberto, conforme comunicado oficial. A 7ª Frota destacou que suas operações seguem as normas da lei internacional, voando, navegando e operando em áreas permitidas por estas regras.
Em resposta ao episódio, o Ministério da Defesa de Taiwan descreveu a situação como "normal", afirmando que suas forças monitoraram a aeronave dos EUA enquanto ela sobrevoava o estreito em direção ao sul.
Este não é o primeiro incidente do tipo. Em outubro, a China já havia enviado caças para monitorar um Poseidon que sobrevoou o estreito. A atual escalada ocorre em um momento crucial para Taiwan, que se prepara para as eleições presidenciais e parlamentares em 13 de janeiro, caracterizadas pela China como uma escolha entre guerra e paz.
A China tem intensificado sua atividade militar em torno de Taiwan nos últimos quatro anos, incluindo a realização de grandes jogos de guerra. O Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular reforçou em comunicado, a disposição das tropas em defender resolutamente a soberania e segurança nacionais, bem como a paz e estabilidade regionais.
O incidente reflete a complexidade das relações geopolíticas na região e reacende as preocupações sobre uma possível escalada de tensões, requerendo uma atenção cuidadosa da comunidade internacional para evitar a instabilidade na área.
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com agências de notícias
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