O Pentágono confirmou estar ciente dos relatos recentes que mencionam ataques a um navio de guerra norte-americano e a embarcações comerciais no Mar Vermelho, no último domingo. Enquanto isso, o grupo Houthi, proveniente do Iêmen, assumiu a autoria de ataques com drones e mísseis contra dois navios israelenses na mesma região.
De acordo com o Pentágono, informações detalhadas serão divulgadas assim que estiverem disponíveis. Os rebeldes Houthis do Iêmen afirmaram ter atacado os navios israelenses, Unity Explorer e Number 9, utilizando um drone armado e um míssil naval. Um porta-voz do grupo declarou que os navios foram alvejados após ignorarem advertências, sem fornecer mais detalhes sobre o incidente.
Em um comunicado divulgado, o porta-voz mencionou que os ataques foram uma resposta às demandas do povo iemenita e aos apelos das nações islâmicas em apoio aos palestinos. Contudo, um porta-voz militar israelense, contra-almirante Daniel Hagari, afirmou que os navios em questão não possuíam qualquer ligação com Israel.
"Houve danos significativos em um dos navios, colocando-o em risco iminente de afundamento, enquanto o outro sofreu danos leves", destacou Hagari em uma coletiva de imprensa realizada em Tel Aviv.
Este incidente é o mais recente de uma série de ataques registrados nas águas do Oriente Médio desde o início do conflito entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas, em 7 de outubro.
No mês anterior, um navio de carga vinculado a Israel foi capturado pelos Houthis, que são apoiados pelo Irã. Este grupo, que controla grande parte da costa do Mar Vermelho no Iêmen, já havia disparado mísseis balísticos e drones armados contra Israel, prometendo atacar mais navios ligados a Israel.
Em relação aos navios envolvidos, o graneleiro Unity Explorer, de bandeira das Bahamas, pertence à Unity Explorer Ltd e é administrado pela Dao Shipping Ltd, sediada em Londres, conforme dados do LSEG. Sua rota estava programada para chegar a Cingapura em 15 de dezembro.
Por outro lado, o Number 9, com destino ao porto de Suez, é um navio porta-contêineres com bandeira do Panamá, propriedade da Number 9 Shipping Ltd e administrado pela Bernhard Schulte Shipmanagement (BSM), com sede em Newcastle-upon-Tyne, no Reino Unido, segundo informações disponíveis.
A BSM informou à Reuters que o Number 9 continua navegando e não foram reportados feridos ou vazamento de materiais após o incidente. A embarcação foi atingida por um projétil durante a passagem pelo Estreito de Bab al-Mandab, afirmou a empresa.
Os proprietários e gestores do Unity Explorer não foram contatados imediatamente para comentários sobre o ocorrido.
A ABC News, citando uma fonte dos EUA, reportou que o USS Carney esteve envolvido em confrontos anteriores relacionados a ataques Houthi a navios comerciais. "Pelo menos em duas ocasiões, o Carney conseguiu interceptar com sucesso drones que seguiam em sua direção", relatou a fonte à ABC.
Empresas de segurança marítima e fontes anteriores haviam indicado que um graneleiro e um navio porta-contêineres foram atingidos por pelo menos dois drones enquanto navegavam no Mar Vermelho, conforme informações da Ambrey, empresa britânica de segurança marítima. A Ambrey alega que o navio porta-contêineres sofreu danos em um ataque de drone a aproximadamente 63 milhas a noroeste do porto de Hodeidah, no norte do Iêmen.
A agência britânica de Operações Comerciais Marítimas (UKMTO) também relatou ter recebido informações sobre um ataque de drones no estreito de Bab al-Mandab, no Mar Vermelho.
Na semana passada, um navio de guerra da Marinha dos EUA respondeu a um pedido de socorro de um navio-tanque no Golfo de Aden, após ter sido capturado por indivíduos armados.
Este contexto complexo de incidentes reflete a escalada das tensões na região, gerando preocupações sobre a segurança marítima e as repercussões dos confrontos entre os diferentes atores envolvidos. O Pentágono e outras autoridades continuam monitorando de perto a situação para fornecer informações atualizadas e relevantes sobre os desenvolvimentos nesse cenário delicado.
GBN Defense - A informação começa aqui
com informações da Agência Reuters e outras fontes
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