No último dia 30 de novembro, o governo japonês atingiu um marco significativo ao oficialmente receber o status de observador no Programa Europeu de Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas de Média Altitude e Longa Resistência (MALE RPAS), também conhecido como Eurodrone. Esta iniciativa é gerenciada pela Organização para Cooperação Conjunta de Armamento (OCCAR), que desempenha um papel fundamental na coordenação entre países europeus em projetos de defesa.
A cerimônia de apresentação da Carta de Aprovação, assinada pelo Vice-Almirante Stawitzki, Presidente do Conselho de Supervisores da OCCAR (BoS), ao Embaixador do Japão na Alemanha, Hidenao Yanagi, foi um testemunho do crescente interesse do Japão em colaborar com nações europeias em projetos-chave de defesa. Joachim Sucker, Diretor da OCCAR-EA, destacou a importância dessa cooperação e expressou apreço pelo envolvimento do Japão, ressaltando a positiva visão do Conselho sobre a iniciativa japonesa.
O Eurodrone, lançado em 2016, tem alcançado marcos significativos, culminando na formalização de um contrato abrangente em fevereiro de 2022. O projeto, que envolve a Airbus Defence and Space GmbH como contratante principal, juntamente com a Airbus Defence and Space SAU, Leonardo e Dassault como subcontratantes principais, visa o desenvolvimento, produção e suporte inicial em serviço para 20 sistemas.
O suporte financeiro concedido pela Comissão Europeia em 2021, no âmbito do Programa Europeu de Desenvolvimento Industrial de Defesa (EDIDP), fortaleceu o programa MALE RPAS. Após a conclusão bem-sucedida da Revisão Preliminar do Projeto (PDR) e da Revisão Crítica do Projeto (CDR), a produção do primeiro protótipo está programada para iniciar em 2024, com a entrega dos sistemas em série prevista para o final da década.
A expectativa é que o RPAS MALE Europeu desempenhe um papel crucial como facilitador para operações futuras, proporcionando capacidades de ponta às nações europeias. Além disso, antevê-se que se torne um pilar essencial no desenvolvimento do Sistema Aéreo de Combate Futuro (FCAS), melhorando as capacidades de combate colaborativo.
A inclusão do Japão como observador nesse programa não apenas solidifica laços internacionais, mas também destaca a importância estratégica de uma cooperação global na defesa. Este passo promissor reflete o compromisso mútuo em buscar avanços tecnológicos e estratégicos conjuntos, contribuindo para a segurança global.
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