Nesta segunda-feira (11), o Departamento de Comércio dos Estados Unidos revelou planos de alocar 35 milhões de dólares para a BAE Systems, com o objetivo de expandir significativamente a produção de chips semicondutores em New Hampshire. Esses chips desempenham um papel crucial nas aeronaves F-35 e satélites comerciais.
O anúncio marca o primeiro passo do programa "Chips for America", um programa de subsídios de 52,7 bilhões de dólares aprovado pelo Congresso em agosto de 2022. Esse programa visa aumentar a produção doméstica de chips nos EUA, buscando mitigar as preocupações sobre a dependência asiática nesse setor.
De acordo com o presidente Joe Biden, o Departamento de Comércio planeja conceder bilhões adicionais no próximo ano para impulsionar a fabricação de semicondutores e fortalecer a pesquisa e desenvolvimento nesse campo.
O aporte de 35 milhões à BAE Systems - Electronic Systems, uma divisão da BAE Systems, está destinado a apoiar a modernização das instalações da New Hampshire Microelectronics Center. Esse investimento se alinha com os esforços de fortalecimento da cadeia de produção nacional de semicondutores.
O Pentágono, que planeja investir 1,7 trilhões no programa F-35, e destacou a importância dos chips para aeronaves como os F-15 e F-35. Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, ressaltou a essencialidade desses componentes, afirmando a necessidade de evitar uma situação em que o país possa ser isolado em momentos críticos.
Para evitar que subsídios de chips sejam utilizados pela China, o Departamento de Comércio estabeleceu regras em setembro e tomou medidas em outubro para interromper os envios de chips avançados de inteligência artificial para o país asiático.
Empresas como Intel, Micron e GlobalFoundries estão entre as que buscam financiamento considerável por meio desse programa de chips, evidenciando o amplo interesse do setor privado.
Gina Raimondo, secretária de Comércio, expressou que o investimento na BAE é o primeiro de uma série de anúncios planejados. Raimondo espera um aumento no ritmo desses anúncios no primeiro semestre do próximo ano, visando reduzir custos futuros de chips.
Um funcionário do governo destacou que o projeto em New Hampshire tem potencial para reduzir pela metade o preço dos chips futuros, superando significativamente o custo de investimento inicial de 35 milhões.
Estes chips são componentes essenciais em sistemas de guerra eletrônica empregados nas aeronaves F-35 construídos pela Lockheed Martin.
A secretária Raimondo enfatizou que esse primeiro investimento em chips destaca que o programa "trata-se de segurança nacional", acrescentando que o objetivo é criar "uma indústria doméstica de fabricação de semicondutores próspera e duradoura".
O CEO da BAE Systems, Tom Arseneault, declarou em um comunicado que o financiamento impulsionará sua divisão de microeletrônicos, fundamentais para "clientes de defesa e aeroespaciais, desde aeronaves de próxima geração e satélites até GPS de emprego militar e comunicações seguras".
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com agências de notícias
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