Na madrugada desta quarta-feira (10), a Polônia mobilizou suas aeronaves e ativou sistemas de defesa aérea em resposta a relatos de possíveis incursões de drones russos em seu território, em meio a ataques aéreos massivos na Ucrânia. O incidente ocorreu nas regiões ocidentais ucranianas de Volyn e Lviv, que fazem fronteira com a Polônia, membro da OTAN.
O Comando Operacional das Forças Armadas polonesas informou em comunicado que “aeronaves polonesas e aliadas estão operando em nosso espaço aéreo, enquanto os sistemas de defesa aérea terrestre e de reconhecimento por radar foram levados ao mais alto estado de prontidão”. O comando destacou ainda que todas as medidas necessárias para garantir a segurança do espaço aéreo foram acionadas, com tropas prontas para uma resposta imediata.
Em consequência dos alertas, o Aeroporto Internacional Chopin, em Varsóvia, foi temporariamente fechado. Um aviso aos aviadores publicado pela Administração Federal de Aviação dos EUA indicou que o fechamento se deu por “atividades militares não planejadas relacionadas à garantia da segurança do Estado”.
A Força Aérea da Ucrânia havia informado inicialmente em seu canal no Telegram que drones russos se dirigiam para a cidade polonesa de Zamosc, mas a publicação foi posteriormente retirada. Reportagens locais ucranianas mencionaram que pelo menos um drone se aproximava de Rzeszow, no sudeste da Polônia. Até o momento, não há confirmação oficial sobre a quantidade de drones que possam ter atravessado o território polonês, e agências internacionais como Reuters e CNN não puderam verificar de forma independente os relatos.
Paralelamente, mapas de rastreamento de voos mostraram aeronaves sobre Rzeszow, e informações nas redes sociais indicaram que os Estados Unidos teriam acionado jatos F-35 para patrulhar os céus poloneses, monitorando e dissuadindo possíveis incursões adicionais.
Em reação ao episódio, o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, anunciou o fechamento temporário de todas as passagens fronteiriças com Belarus, incluindo rotas ferroviárias, a partir da meia-noite desta quinta-feira. Segundo Tusk, as manobras militares próximas à fronteira polonesa refletem uma “doutrina militar muito agressiva” e exigem ação defensiva imediata.
O ministro do Interior, Marcin Kierwinski, acrescentou que a medida permanecerá enquanto houver qualquer ameaça à população. Países vizinhos da OTAN, como Lituânia e Letônia, também reforçaram a segurança nas fronteiras, acompanhando de perto a evolução das tensões.
O episódio aumenta a preocupação internacional sobre a escalada de conflitos nas fronteiras da Ucrânia, colocando a Polônia e seus aliados em alerta máximo para proteger seu espaço aéreo e garantir a segurança regional.
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