O Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), tradicionalmente reconhecido como a força expedicionária de pronta resposta da Marinha do Brasil, voltou a assumir um papel de vanguarda ao empregar pela primeira vez um drone kamikaze em exercício militar. O marco histórico ocorreu nesta terça-feira (10), durante a Operação Atlas, um dos mais relevantes treinamentos militares voltados para a proteção da Amazônia, realizado no Campo de Instrução de Formosa (GO).
O sistema, desenvolvido por militares do Batalhão de Combate Aéreo, representa mais que um simples incremento tecnológico: simboliza a entrada do CFN no seleto grupo de forças anfíbias do mundo que dominam e integram em suas doutrinas o conceito de drone suicida, tendência cada vez mais decisiva em cenários contemporâneos de conflito.
CFN como força de vanguarda
A introdução desse tipo de armamento pelo CFN reforça seu papel estratégico como ponta de lança da Marinha do Brasil, sempre na linha de frente da incorporação de novas tecnologias e métodos de combate. A capacidade de lançar operações expedicionárias, combinando meios terrestres, navais e aéreos, exige dos Fuzileiros Navais um arsenal moderno, versátil e capaz de enfrentar tanto ameaças convencionais quanto assimétricas.
O drone kamikaze que mede 1,64 m de envergadura, 65 cm de fuselagem, com alcance de 5 km e autonomia de 25 minutos, amplia o leque de opções para missões de ataque de precisão. Capaz de inutilizar veículos e aeronaves inimigas, a nova arma potencializa a eficiência do CFN em cenários de guerra irregular, operações em selva e combate a ilícitos transnacionais.
Operação Atlas e a modernização do arsenal
A Operação Atlas também incluiu testes de outros sistemas modernos, como o míssil antiaéreo Mistral e metralhadoras .50, além do lançamento programado de nove mísseis anticarro MAX 1.2 AC. Este último, com alcance de até 2 km, velocidade de 240 m/s e capacidade de perfurar mais de 300 mm de blindagem, reforça a aptidão do CFN para atuar contra alvos blindados e fortificados.
Esses avanços não apenas demonstram a capacidade de combate dos Fuzileiros, mas também consolidam sua imagem como o braço moderno, flexível e letal da Marinha, preparado para missões de defesa da soberania e proteção de áreas estratégicas como a Amazônia.
Relevância geopolítica e projeção de poder
O uso de drones kamikaze tem se mostrado decisivo em conflitos recentes, como na guerra da Ucrânia, onde desempenham papel central em ataques de precisão e saturação. Ao adotar essa tecnologia, o CFN se alinha às tendências da guerra moderna e projeta o Brasil para um patamar de maior relevância no cenário geopolítico, demonstrando capacidade de absorver, adaptar e aplicar tecnologias críticas para a defesa.
Na Amazônia, região vital para o futuro do país por sua biodiversidade e riquezas estratégicas, o emprego de vetores como o drone kamikaze amplia a capacidade de vigilância e dissuasão frente a ameaças externas e ilícitos transnacionais.
Força de pronta resposta
A experiência confirma a vocação do CFN como força de pronta resposta e ponta de lança da projeção de poder do Brasil. Assim como em missões internacionais de paz, em operações anfíbias ou no apoio a desastres naturais, os Fuzileiros Navais mostram que a combinação de tradição, preparo e inovação tecnológica é o caminho para manter sua relevância em um cenário de rápidas transformações na arte da guerra.
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com Marinha do Brasil
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