Nesta quinta-feira (8), a Alemanha tomou medidas decisivas para proteger as rotas marítimas no Mar Vermelho, enviando a fragata de defesa aérea "Hessen" como parte da missão internacional EUNAVFOR ASPIDES da União Europeia. A missão, agendada para ser lançada no meio de fevereiro, tem como objetivo salvaguardar os navios mercantes de possíveis ataques de rebeldes Houthis do Iêmen, apoiados pelo Irã.
Os Houthis, que controlam uma parte significativa do Iêmen, têm realizado ataques que levaram muitos navios mercantes desviar suas rotas. A situação, marcada como efeito dos confrontos entre Israel e o Hamas em Gaza, levou a um impacto nos abastecimentos e interrupções na produção de diversas indústrias. Mais de 90% de todos os bens destinados à Europa e à Alemanha chegam por via marítima, tornando essencial a proteção dessas rotas de comércio.
O vice-almirante Jan Christian Kaack da marinha alemã, destacou a importância das rotas marítimas livres para a indústria e a capacidade de defesa. Ele ressaltou que a situação no Mar Vermelho já causou estrangulamentos no abastecimento e obrigou algumas empresas a parar a produção.
Diferentemente de outras iniciativas lideradas pelos Estados Unidos, a missão da UE, denominada Aspides, conta com a participação de países europeus como França, Grécia e Itália. A missão inicialmente terá três navios sob o comando da UE, encarregados de proteger navios mercantes e interceptar ataques, sem a participação em operações contra os Houthis em terra.
A fragata alemã "Hessen", especializada em defesa aérea, partiu de seu porto em Wilhelmshaven, no Mar do Norte, em direção ao Mar Vermelho. No entanto, sua participação na missão está sujeita à aprovação parlamentar nacional e a um mandato da UE, esperados até o final de fevereiro. Equipada com radares capazes de detectar alvos a até 400 km e mísseis para abater ameaças como mísseis balísticos e drones em um alcance superior a 160 km, a "Hessen" desempenhará um papel crucial na proteção das rotas marítimas no Mar Vermelho.
"A expectativa é enfrentar o espectro completo de ataques diretos e indiretos, desde mísseis balísticos de longo alcance até drones e embarcações controladas remotamente em modo kamikaze", afirmou Kaack, sublinhando os desafios enfrentados pela fragata durante sua missão.
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