O Egito encontra-se atualmente em avançadas negociações com a Itália e os Estados Unidos para adquirir caças Eurofighter Typhoon e F-15, respectivamente. No entanto, o Cairo pode não receber um pacote completo que inclua mísseis ar-ar guiados, como o "Meteor BVR" e "AIM-120 AMRAAM", revelando uma estratégia para manter a superioridade militar israelense na região.
Nos últimos anos, o Egito e a Itália estiveram envolvidos em discussões para a compra de diversas armas, incluindo 24 aeronaves de combate Eurofighter Typhoon, no valor de 3 bilhões de dólares. Esses caças, produzidos pelo consórcio europeu formado por empresas do Reino Unido, Espanha, Itália e Alemanha, podem em breve se juntar à Força Aérea Egípcia, que já conta com 54 caças Rafale da francesa Dassault Aviation e outros modelos.
Contudo, Israel expressa preocupações específicas quanto à integração dos mísseis ar-ar de última geração, como o Meteor da MBDA, nos futuros Eurofighters egípcios, assim como nos F-15 e a possibilidade de empregar o AIM-120 AMRAAM. Esta medida visa preservar a superioridade militar israelense na região.
Embora o Egito continue pressionando a França para fornecer mísseis Meteor para seus Rafales, relatos indicam que as objeções de Israel impediram até agora essa incorporação. O temor israelense está relacionado à possível implicação desses mísseis na balança de poder em um eventual conflito armado entre os dois países.
Em 2022, os Estados Unidos expressaram a intenção de fornecer F-15 ao Egito, enquanto Israel, inicialmente, mostrou apoio a essa venda. Entretanto, dadas as tensões recentes devido ao conflito armado entre Tel Aviv e o Hamas, a posição de Israel pode ter se alterado.
Observadores acreditam que, mesmo que os EUA finalmente forneçam os caças F-15 ao Egito, é improvável que um pacote completo, incluindo os mísseis AIM-120 AMRAAM, seja oferecido. A relutância dos Estados Unidos em fornecer esses mísseis pode ser justificada pela oposição de Israel e pela necessidade de manter sua superioridade militar sobre os países vizinhos.
Essas negociações emergem em um contexto geopolítico tenso, onde a balança entre as aspirações de forças armadas regionais e a manutenção da estabilidade na região estão em jogo. O desfecho dessas negociações terá implicações significativas para a dinâmica de poder no Oriente Médio.
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