segunda-feira, 10 de novembro de 2025

COP30: Brasil Reforça Defesa do Espaço Aéreo em Belém com Sistema Antiaéreo RBS-70

A realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) mobiliza um amplo esquema de segurança no Pará, e a proteção do espaço aéreo é uma das prioridades. A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), coordena uma operação integrada que envolve sistemas de detecção, comando e controle, além do emprego de armamentos antiaéreos, entre eles o sistema de mísseis RBS-70, utilizado pelo Exército Brasileiro (EB).

A atuação conjunta da FAB e do EB tem como objetivo garantir a segurança da navegação aérea sobre a área do evento, especialmente na região da Cúpula dos Líderes. A operação segue os protocolos definidos pela Circular de Informação Aeronáutica (AIC-N 46/25), emitida pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), que estabelece regras específicas para pilotos e órgãos de controle de tráfego aéreo durante a conferência.

Segundo o Tenente-Coronel de Infantaria Douglas Gorchinsky Marques, responsável pela coordenação da defesa antiaérea da COP30, o emprego dos armamentos antiaéreos representa um diferencial estratégico dentro do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA). “Os armamentos antiaéreos representam um recurso valiosíssimo, pois possuem características que a diferem da aviação. As unidades antiaéreas podem permanecer por longos períodos no terreno, mantendo-se operacionais conforme a necessidade da missão”, destacou.

O oficial reforçou ainda que a coordenação centralizada pelo COMAE, sediado em Brasília, permite a supervisão e sincronização de todas as ações de defesa aérea e antiaérea. “Ter ambos os sistemas operando de forma sinérgica é valioso para a defesa aeroespacial do país”, completou.

RBS-70: a linha de frente da defesa antiaérea

De origem sueca, o sistema de mísseis antiaéreos RBS-70 é um dos principais meios empregados na proteção do espaço aéreo durante a COP30. Portátil e de alta precisão, pode neutralizar alvos como aeronaves, drones e mísseis a até 7 quilômetros de distância e 4 quilômetros de altitude. Guiado a laser, o equipamento integra o SISDABRA e é operado a partir do solo por equipes especializadas do Exército.

Além dos mísseis, a operação conta ainda com radares e postos de vigilância distribuídos em pontos estratégicos da capital paraense. Militares da Marinha do Brasil, do Exército e da Força Aérea atuam de forma interoperável, garantindo uma resposta ágil e integrada a eventuais violações do espaço aéreo.

“A disposição de mísseis antiaéreos, radares e postos de vigilância permite uma defesa robusta e coordenada para contribuir com a missão do COMAE”, afirmou o General de Brigada Marcos José Martins Coelho, Comandante da Defesa Antiaérea do Exército.

A COP30 reúne líderes mundiais, autoridades e milhares de participantes de diferentes países, reforçando a necessidade de um aparato de segurança de alto nível. A operação conduzida pelas Forças Armadas demonstra a capacidade do Brasil de atuar em eventos globais com recursos modernos e interoperabilidade entre as três Forças, um fator estratégico para a defesa nacional e para a proteção de grandes eventos internacionais sediados no país.


GBN Defense - A informação começa aqui

com FAB e Exército Brasileiro

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