domingo, 9 de novembro de 2025

Marinha do Brasil realiza simulação de retomada de transatlântico como preparação para a COP30

A Marinha do Brasil realizou, no dia 7 de novembro, uma operação de simulação de retomada do transatlântico Costa Diadema, em Belém, como parte dos preparativos de segurança para a COP30. A atividade reforçou a capacidade de resposta da Força diante de possíveis cenários de crise envolvendo embarcações civis, especialmente diante do aumento da circulação de autoridades e turistas durante o evento.

O treinamento recriou a tomada do navio por um grupo hostil, exigindo uma ação rápida e coordenada das tropas de elite. A operação teve início com a aproximação de um helicóptero UH-15 Super Cougar, que manteve voo a aproximadamente sete metros do convés para permitir a infiltração dos militares por meio da técnica de descida rápida, o fast rope. Quatorze operadores desembarcaram sobre o navio e iniciaram a varredura em busca dos supostos invasores e de passageiros mantidos sob controle.

A ação foi conduzida por equipes dos Comandos Anfíbios e dos Mergulhadores de Combate, unidades especializadas em missões de alta complexidade no ambiente marítimo, como ações de comando, contraterrorismo, reconhecimento especial e resgate. Para tornar o cenário mais próximo de uma situação real, o exercício contou com a presença de figurantes como agentes perturbadores e reféns, aumentando o nível de exigência quanto à tomada de decisões, coordenação e neutralização de ameaças.

De acordo com o coordenador tático da atividade, Capitão-Tenente Victor Hugo, o exercício representou uma oportunidade ímpar pelo porte da embarcação e pela relevância do contexto. Ele destacou que o planejamento começou muito antes da execução e que, em um eventual episódio de crise, equipes de operações especiais podem ser o último recurso para restabelecer a segurança e a normalidade a bordo.

O helicóptero empregado, o UH-15 Super Cougar, é uma das aeronaves mais versáteis da Aviação Naval. Com capacidade de decolagem de até 11 toneladas e tripulação de cinco militares, pode atuar em um amplo espectro de missões, que inclui operações especiais, busca e salvamento, evacuação aeromédica, transporte logístico, combate a incêndios, resgate no mar e lançamento de paraquedistas. Sua flexibilidade torna o vetor um elemento fundamental para ações rápidas em ambientes sensíveis, como grandes eventos internacionais.

A simulação integra um conjunto mais amplo de medidas que a Marinha vem adotando para fortalecer a segurança na região amazônica durante a COP30. O exercício permitiu testar, em ambiente real, procedimentos de infiltração, varredura, resgate e neutralização de ameaças, contribuindo para manter a prontidão operacional e assegurar o elevado nível de proteção exigido por um evento de alcance global.


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com Marinha do Brasil


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