sábado, 20 de dezembro de 2025

Corpo de Fuzileiros Navais consolida pioneirismo com a ativação do Esquadrão de Drones Táticos de Esclarecimento e Ataque

A Marinha do Brasil deu um passo decisivo rumo à modernização do seu poder de combate ao ativar, no dia 12 de dezembro, o Esquadrão de Drones Táticos de Esclarecimento e Ataque no âmbito do Batalhão de Combate Aéreo, localizado no Complexo Naval da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. A nova unidade reforça o protagonismo histórico do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) como força pioneira na incorporação de conceitos, doutrinas e tecnologias inovadoras no cenário militar brasileiro.

A ativação do Esquadrão representa não apenas a criação de uma nova estrutura organizacional, mas a consolidação de um salto conceitual e tecnológico que posiciona os Fuzileiros Navais na vanguarda do emprego de sistemas aéreos remotamente pilotados com capacidades de esclarecimento e ataque. Trata-se de um movimento alinhado às práticas adotadas pelas Forças Armadas mais modernas do mundo e orientado para o enfrentamento de ameaças contemporâneas cada vez mais assimétricas, difusas e tecnologicamente sofisticadas.

Para o Comandante de Operações Navais, Almirante de Esquadra Claudio Henrique Mello de Almeida, a iniciativa reafirma a necessidade permanente de evolução da Força. Segundo ele, não se trata de um simples ajuste estrutural, mas da busca por uma vanguarda tecnológica e doutrinária capaz de atender às exigências do combate moderno. O domínio de técnicas, procedimentos e conceitos inovadores é, segundo o Almirante, condição essencial para combater e vencer em ambientes operacionais cada vez mais complexos.

O pioneirismo do CFN também foi destacado pelo Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, Almirante de Esquadra (FN) Carlos Chagas Vianna Braga. Para ele, o novo Esquadrão nasce com uma filosofia alinhada a um novo paradigma operacional, no qual o militar atua de forma integrada com máquinas, muitas vezes autônomas. Esse modelo, já amplamente observado em conflitos recentes, rompe com a lógica tradicional de simples operação de equipamentos e inaugura uma relação simbiótica entre combatente e tecnologia. De acordo com o Comandante-Geral, são soluções inovadoras, de implementação relativamente simples e baixo custo inicial, mas com enorme potencial de impacto futuro.

No mesmo sentido, o Comandante do Batalhão de Combate Aéreo, Capitão de Mar e Guerra (FN) Rodrigo Rodrigues Fonseca, ressaltou que a ativação do Esquadrão simboliza a consolidação de um conceito operacional avançado. Mais do que sensores ou plataformas, o novo componente integra tecnologia, informação e precisão, ampliando de forma significativa a capacidade de antecipar ameaças, proteger forças amigas e defender o território nacional.

O Esquadrão de Drones Táticos de Esclarecimento e Ataque se distingue pela filosofia que incorpora. O primeiro aspecto é a transição para uma força orientada por dados, capaz de coletar, processar e empregar informações em tempo real. Os drones de esclarecimento, equipados com sensores eletro-ópticos, infravermelhos e termais, ampliam a consciência situacional e permitem decisões mais rápidas, seguras e tecnicamente embasadas.

Outro ponto central é a ampliação da capacidade de produzir efeitos táticos de forma proporcional e precisa. A possibilidade de empregar plataformas de ataque controlado fortalece a postura dissuasória da Força, amplia o leque de opções operacionais e reduz a exposição de tropas em solo, tanto em cenários de conflito armado quanto em operações de apoio ao Estado.

O emprego dual dessas tecnologias também merece destaque. Além do uso militar, os drones podem ser empregados em missões humanitárias, como busca e salvamento, localização de pessoas desaparecidas, avaliação de danos e apoio à gestão de crises. Dessa forma, o Esquadrão contribui não apenas para a capacidade de combate, mas também para a proteção de vidas e a mitigação de riscos à população.

A ativação da nova unidade impacta diretamente a doutrina e o treinamento das tropas. O domínio dessas capacidades exige profissionais altamente especializados, incluindo operadores de sistemas remotos, analistas de dados, especialistas em integração de sensores e equipes de manutenção com elevado nível técnico. Nesse contexto, destacam-se iniciativas estruturantes como a Escola de Drones, que iniciará suas atividades no próximo ano no Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo (CIASC), e a Unidade Fabril Expedicionária (UFEx), do Centro Tecnológico do Corpo de Fuzileiros Navais (CTecCFN), capaz de fabricar componentes em campanha e prestar apoio industrial diretamente no terreno.

O impacto estratégico da iniciativa também se projeta no plano internacional. Ao operar sistemas de ponta, o Brasil amplia sua relevância em fóruns multilaterais de defesa e inovação, facilita a interoperabilidade com forças aliadas e cria oportunidades para cooperação técnica e industrial. Esse movimento fortalece a Base Industrial de Defesa e contribui para a autonomia tecnológica nacional.

Com a ativação do Esquadrão de Drones Táticos de Esclarecimento e Ataque, o Corpo de Fuzileiros Navais reafirma seu papel histórico como força pioneira, inovadora e adaptável. Abre-se, assim, um novo capítulo para os Fuzileiros Navais e para a Marinha do Brasil, guiado pela tecnologia, pela inovação e pelo compromisso permanente com a defesa da Nação.


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com Marinha do Brasil

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