Em um movimento surpreendente que sinaliza uma mudança na estratégia de defesa da Argentina, o ministro da Defesa, Luis Petri, anunciou na quinta-feira (18) que o país está buscando se tornar um dos "parceiros globais" da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Essa iniciativa marca um esforço renovado para fortalecer os laços com os Estados Unidos e a União Europeia, conforme relatado por agências de notícias internacionais.
Durante um encontro com o secretário-geral adjunto da OTAN, Mircea Geoană, o ministro Petri entregou uma carta expressando o interesse da Argentina em estreitar sua colaboração com a aliança de segurança ocidental. O anúncio oficial foi feito através da rede social X (Twitter), onde o ministro declarou: "Apresentei as propostas da Argentina para explorar questões de interesse comum, como a segurança marítima e o fortalecimento do diálogo estratégico de segurança. Continuaremos a trabalhar no fortalecimento da nossa relação com a OTAN".
Por sua vez, o secretário-geral adjunto da OTAN elogiou o papel da Argentina na América Latina e acolheu o pedido do país para explorar a possibilidade de se tornar um parceiro da aliança. Esse diálogo político entre a Argentina e a OTAN remonta ao início da década de 1990, e a contribuição de Buenos Aires para operações da OTAN em regiões como Bósnia e Herzegovina e Kosovo é reconhecida.
Enquanto isso, em um desenvolvimento paralelo, a Argentina assinou um acordo com a Dinamarca para adquirir 24 aeronaves F-16. O contrato, avaliado em cerca de US$ 300 milhões, foi concluído na Base Aérea Skrydstrup da Dinamarca em 16 de abril. Essa negociação bilateral também recebeu aprovação prévia de Washington, destacando uma cooperação crescente entre os dois países.
Esses novos caças F-16, substituirão os antigos A-4R Fightinghawk, são uma adição vital à Força Aérea Argentina, que busca modernizar sua frota com aeronaves de última geração. Espera-se que as primeiras entregas ocorram ainda este ano, com as aeronaves sendo atualizadas com capacidades comparáveis ao modelo F-16C Block 50/52.
Esses acontecimentos marcam uma nova fase nas relações da Argentina, com uma abordagem mais ampla e colaborativa, tanto em termos de segurança regional quanto global, se aproximando dos EUA.
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