A icônica Base Aérea de Istrana, localizada no norte da Itália, foi palco de uma cerimônia marcante, onde ALA 51 da Aeronautica Militare Italiana (AMI) oficialmente oficialmente se despediu das aeronaves de ataque AMX. Esta aeronave desenvolvida no âmbito de uma parceria entre a Itália e o Brasil, conhecida pelos italianos como A-11 "Ghibli", despede-se após um longo período de serviço dedicado às missões de ataque ao solo com a AMI.
O AMX, uma criação da Aeronautica Militare Italiana (Força Aérea Italiana), teve sua jornada iniciada nos primórdios da década de 1970. Naquela época, a busca por um substituto para os caças-bombardeiros F-104G e G.91, bem como para as aeronaves de reconhecimento, era premente. Em abril de 1989, o AMX foi oficialmente introduzido na Aeronautica Militare Italiana, inaugurando uma nova era em suas capacidades de combate.
O Comando de Materiais da AMI estabeleceu critérios claros durante o desenvolvimento do AMX. Era necessário uma aeronave mais econômica e de operação mais simples, capaz de fornecer Apoio Aéreo Aproximado (CAS) e realizar missões de interdição aérea com eficácia. Além disso, a versatilidade do AMX permitia sua utilização em operações de reconhecimento, especialmente em espaços aéreos com menor contestação.
O AMX é impulsionado por um turbofan Rolls-Royce SPEY 807 com 5.006kgf de empuxo, o que lhe confere a capacidade de operar em refgfime de velocidade subsônica, alcançando até Mach 0,85. Surpreendentemente ágil, a aeronave é capaz de decolar e pousar em pistas com pouco mais de 900 metros, entregando cargas úteis de até 3 toneladas (6.610 libras) a alvos situados a mais de 3.000km de distância, seguindo um perfil de ataque hi-lo-hi.
Além da variante de ataque, o consórcio AMX International também desenvolveu uma versão de treinamento com assentos em tandem, ampliando ainda mais as possibilidades de emprego da aeronave. Ao longo dos anos, foram fabricadas aproximadamente 200 unidades do AMX.
Os "Ghibli" italianos estiveram em operação em várias missões no exterior, tendo sido implantados pela Itália em cenários desafiadores, como no teatro de operações dos Balcãs, Líbia, Afeganistão e o Iraque, onde mostraram sua capacidade e precisão, sem que tenham sofrido nenhuma perda, ainda tendo participado de diversos exercícios no âmbito da OTAN.
Embora a Força Aérea Italiana tenha encerrado oficialmente o uso operacional do AMX, vale ressaltar que essa aeronave continua a desempenhar um papel fundamental em outros contextos. A Força Aérea Brasileira (FAB), mantém ainda um pequeno número de AMX (A-1) remanescentes da frota de 51 aeronaves em operação, destacando a relevância e a durabilidade deste ícone da aviação militar, o qual deverá se despedir em definitivo da vida ativa no próximo ano, quando a FAB deverá se despedir de seus A-1 remanescentes.
Com sua aposentadoria, o AMX deixa para trás um legado de serviço dedicado e missões cumpridas, honrando aqueles que o pilotaram e contribuíram para sua história. Enquanto a Força Aérea Italiana avança para novos horizontes, o AMX permanecerá como uma lembrança vívida de seu passado glorioso e de sua contribuição para a segurança e a defesa do país europeu.
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com AMI
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