Neste domingo (28), o Exército Sul-Coreano relatou que a Coreia do Norte efetuou múltiplos disparos de mísseis de cruzeiro, em meio a uma escalada de tensões entre os dois países vizinhos da Península Coreana.
De acordo com o comunicado emitido pelo Estado-Maior sul-coreano, os mísseis foram detectados nas proximidades das águas próximas à cidade de Sinpo, na Coreia do Norte, às 08h, horário local.
Ao contrário dos mísseis balísticos, cuja trajetória se dá principalmente no espaço, os testes de mísseis de cruzeiro, que voam na atmosfera, não estão sujeitos às avaliações impostas à Coreia do Norte pela ONU.
Este lançamento surge apenas quatro dias após Pyongyang ter lançado mísseis de cruzeiro em direção ao Mar Amarelo, alegando ser uma nova geração de mísseis estratégicos, denominados Pulhwasal-3-31, o que intensificou a preocupação sobre sua capacidade nuclear.
A agência de notícias oficial da Coreia do Norte, KCNA, afirmou que o teste fazia parte de um "processo de atualização constante do sistema de armas e de uma atividade regular e obrigatória", e garantiu que não representava ameaça à segurança dos países vizinhos.
A tensão entre Pyongyang e Seul tem crescido nos últimos meses, com ambos os países renegando acordos históricos em 2018 para evitar incidentes militares e aumentar a transparência nas fronteiras. Serviços secretos sul-coreanos e americanos estão monitorando de perto os movimentos e atividades da Coreia do Norte.
Apesar dos recentes disparos, autoridades de Washington e Seul afirmam não ter visto sinais de que Pyongyang esteja planejando uma ação militar iminente. Vale ressaltar que a Coreia do Norte realizou o primeiro teste de um míssil de cruzeiro com possível capacidade de ataque nuclear em setembro de 2021.
Além disso, neste mês, o país afirmou ter realizado testes de um sistema subaquático de armas nucleares, conhecido como drones Haeil-5-23, na costa leste do país, embora os dados sobre esses testes não tenham sido especificados e não puderam ser verificados de forma independente.
A situação na Península Coreana permanece volátil, com a comunidade internacional observando de perto os desdobramentos e buscando meios de reduzir as tensões e evitar um potencial conflito regional de consequências imprevisíveis.
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