Macron convoca indústria de defesa francesa para "modo de economia de guerra" em apoio à Ucrânia

O presidente francês, Emmanuel Macron, em um pronunciamento na base naval de Cherbourg na última sexta-feira (19), instou as empresas francesas da indústria de defesa a acelerarem a transição para o "modo de economia de guerra". A medida visa atender de forma mais ágil às necessidades da Ucrânia no conflito em curso com a Rússia, noticiou a AFP.

Em seu discurso, Macron destacou a importância de continuar apoiando os ucranianos, afirmando que "não podemos deixar a Rússia pensar que pode vencer. Uma vitória russa seria o fim da segurança europeia". O presidente enfatizou que para alcançar esse objetivo, a França precisa de uma indústria de defesa operando em "modo de economia de guerra" com uma capacidade de produção mais rápida e robusta.

Macron fez uma crítica aos "anos de conforto" que permitiram à indústria de defesa manter um nível de qualidade elevado, mas ao custo de ser cara e com pouca inovação. Ele ressaltou que o cenário geopolítico atual não permite mais esse luxo, exigindo um aumento na produção de armas e munições.

"Peço a todos os diretores que se concentrem totalmente na produção e no fornecimento. Nunca devemos ficar satisfeitos com prazos de produção que se estendem por vários anos", ressaltou o líder francês.

Na semana passada, a França anunciou um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, incluindo 40 mísseis SCALP de longo alcance, 50 bombas AASM por mês durante um ano, aproximadamente 3.000 novos projéteis de calibre 155 mm por mês, para os quais a produção será triplicada, e 12 sistemas CAESAR adicionais do mesmo calibre.

A empresa Nexter, responsável pela produção, fornecerá mais 60 CAESAR à Ucrânia este ano. O governo francês também convidou seus aliados a adquirirem esses equipamentos e entregá-los diretamente a Kiev.

Essas medidas refletem o compromisso da França em fortalecer o apoio à Ucrânia e a urgência de uma indústria de defesa ágil para enfrentar os desafios atuais no cenário geopolítico internacional.

GBN Defense - A informação começa aqui

com agências de notícias