A mais recente campanha de ensaios em voo da aeronave F-39E Gripen, matrícula FAB 4100, dedicada a testes no Brasil, revelou avanços notáveis no InfraRed Search and Track (IRST), um sensor passivo de detecção de alvo de longa distância. A simulação de combate aéreo ocorreu em Anápolis (GO), onde dois caças F-39E Gripen e um F-5 foram empregados para testar a eficácia do IRST em identificar e rastrear alvos.
A aeronave de testes, pilotada pelo experiente piloto de provas da Saab, Jonas Jakobsson, teve a missão crucial de localizar outras duas aeronaves utilizando o avançado sistema IRST. No decorrer dos três voos, que variaram entre 1 hora e 1 hora e meia, os pilotos envolvidos demonstraram o desempenho notável da tecnologia.
A campanha de ensaios contou com a participação de dois caças, sendo um segundo Gripen conduzido pelo Tenente-Coronel Cristiano de Oliveira Perez, piloto de provas do Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV) da Força Aérea Brasileira (FAB), e um F-5 sob o comando do Coronel Bettega, também piloto de testes do IPEV.
Profissionais brasileiros, além de representantes da Saab e da Embraer, estiveram integralmente envolvidos na campanha de ensaios, com engenheiros suecos da Saab acompanhando de perto cada etapa do processo.
O chefe do Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC) no Brasil, Martin Leijonhufvud, destacou a importância dos testes, afirmando: "O objetivo dos testes foi garantir que o sistema é capaz de localizar ameaças dentro das especificações previstas e fazem parte da campanha global de ensaios do Gripen E para todas as aeronaves do modelo, não só as da FAB".
O piloto sueco Jonas Jakobsson compartilhou suas impressões, enfatizando a colaboração entre os caças durante a simulação de combate. Ele destacou a importância de testar não apenas a capacidade de detecção do IRST, mas também a resolução da imagem obtida, fundamental para que os pilotos possam entender a natureza e quantidade de ameaças e, assim, planejar suas ações de maneira eficaz.
O IRST, localizado na parte dianteira do caça, revelou sua capacidade de detectar e identificar alvos a longas distâncias por meio de suas assinaturas infravermelhas, utilizando o calor emitido pelos objetos. Este sistema versátil é projetado para identificar diversos tipos de objetos em diferentes ambientes, seja aeronaves em voo, embarcações no mar ou viaturas em terra.
Com o sucesso dos testes em Anápolis, a FAB e seus parceiros internacionais reforçam a confiança no avançado sistema IRST, consolidando ainda mais a posição do F-39 Gripen como uma das aeronaves de combate mais tecnologicamente avançadas do mundo.
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